segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Timor-Leste respondeu de forma "eficaz e decisiva" à pandemia

Timor-Leste conseguiu responder de forma "eficaz e decisiva" à pandemia, com medidas sanitárias, de proteção e de apoio económico que permitiram ao país ser um dos 26 livres da doença, disse hoje o chefe do Governo.

"O nosso Governo e o nosso Parlamento Nacional tomaram decisões ousadas e abrangentes, em tempo recorde. Protegemos as nossas fronteiras. O nosso povo uniu-se", disse o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, em Díli.

"Quando o nosso futuro coletivo foi posto em causa, conseguimos dar uma resposta conjunta e coordenada, que nos permitiu superar algumas das piores ameaças da pandemia. Por enquanto, de muitas formas, a vida continua normalmente", considerou.

Intervindo no arranque do debate na generalidade, o governante disse que o Governo mobilizou mais de 220 milhões de dólares (183,7 milhões de euros) para responder à covid-19, das quais 92 milhões de dólares (76,8 milhões de euros) para "medidas imediatas de resposta económica".

"Havia receios de que poderíamos ter entre 13.000 e 65.000 pessoas infetadas. O pior cenário projetava quase 12.000 mortes em Timor-Leste. Apesar destes receios, o nosso país conseguiu um dos melhores resultados sanitários, não só na nossa região, mas em todo o mundo. Até agora, apenas 30 pessoas foram infetadas e, neste momento, não temos nenhum caso ativo e estamos livres de transmissão comunitária. Timor-Leste é um dos únicos 26 países do mundo onde não se registaram mortes", afirmou.

Taur Matan Ruak relembrou a resposta em termos de gabinete de crise, do sistema de quarentena, testes, rastreios e localização e do reforço do sistema de saúde, incluindo o apoio adicional aos profissionais de saúde e trabalhadores da linha da frente.

Entre as medidas implementadas -- o Governo aprovou já um total de 18 leis e regulamentos "para garantir uma resposta oportuna à covid-19" -, destacou subsídios à eletricidade, o reforço das reservas alimentares de emergência, o apoio financeiro a cerca de 300 mil famílias, apoio a estudantes no estrangeiro e apoio a empresas para manterem o emprego.

Posteriormente, o Governo aprovou um Pacote de Recuperação Económica, com 71 medidas de curto e médio prazo, "a implementar entre 2021 e 2023", para "aumentar o emprego, garantir que todos os postos de trabalho são produtivos e dignos, estimular o investimento social público, na educação, saúde, habitação e proteção social e promover setores e áreas que contribuam para o crescimento económico".

"O custo total deste programa no OGE para 2021 será de 124 milhões de dólares [123,5 milhões de euros]", referiu.

Notícias ao Minuto | Lusa

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