Jornal de Angola | editorial
Lançando repto à sociedade, a Assembleia Nacional abriu as portas, ontem, para a auscultação das organizações da sociedade civil, em função da proposta de revisão pontual da Constituição.
Várias instituições estiveram
ontem representadas numa acção que, ao que se sabe, continua hoje, e vai,
seguramente, servir para reforçar os actos que precedem às discussões, por
parte dos parlamentares, até à aprovação final das propostas avançadas.
Depois de auscultar as instituições ligadas à Administração da Justiça,
segue-se, nesta semana os representantes da sociedade civil, numa altura em que
numerosas vozes convergem na ideia de que este é um dos importantes
desenvolvimentos do actual processo que deverá levar à revisão pontual da
Constituição.
Quando o Presidente da República lançou o repto à sociedade em geral e aos
parlamentares em particular, ganhou força a ideia de que o mais importante,
entre outros, seria o processo de recolha de contribuições, com a auscultação
que se seguiria. E, como ocorre na maior parte das vezes, os sectores que antes
contestavam, mesmo antes de se familiarizarem com o conteúdo das propostas, são
os que optam pela política da cadeira vazia nesta fase em que as eventuais
contribuições seriam vitais. Há abertura suficiente para que as mais
variadas organizações da sociedade civil contribuam livremente, dentro dos
marcos previstos, sem reservas para que ajudem a enriquecer o "produto
final" que, como sabemos e esperamos todos, vai impactar
significativamente na vida das pessoas, famílias e instituições do país.
Em todo o caso, vale sempre os presentes que, oportunamente, têm sido capazes de contribuir para melhorar o documento que todos pretendemos que seja de corresponder ao actual contexto que vivemos. Fazemos votos de que os diferentes participantes em todo este processo estejam a fazer melhor proveito dos desafios a que foram submetidos com esta iniciativa do Presidente da República.
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