A França vai apoiar Moçambique na
luta contra o terrorismo
Numa conferência de imprensa de balanço da visita de trabalho a França, a convite do seu homólogo francês Emmanuel Mácron, o Presidente de Moçambique afirmou: "Teremos de embarcar num acordo porque nada se pode fazer legalmente sem que haja acordos".
Segundo Filipe Nyusi, Emmanuel
Mácron manifestou a abertura da França para apoiar Moçambique e a ajuda poderá
focar-se nas áreas humanitária e de formação militar face à violência armada
"Este acordo terá de ser feito e nós pedimos aos nossos amigos aqui [em Paris] para que ele seja prioritário", acrescentou.
Além de manter encontros com
quadros do Executivo francês, na sua visita Filipe Nyusi reuniu-se com a
direção da Total, a petrolífera francesa que lidera o megaprojeto para
exploração de gás em Afungi,
"Eles [a Total] pediram para
que haja mais comunicação, seja em momentos bons ou maus, para que não tenham
informações falsas. Eles dizem que há vezes que ficam em pânico por causa dos
seus trabalhadores [
Situação em Cabo Delgado
Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, com alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.
A mais recente incursão destes grupos ocorreu em 24 de março em Palma, a quase seis quilómetros do projeto de gás em construção, tendo provocado dezenas de mortos e feridos, sem balanço oficial anunciado.
As autoridades moçambicanas anunciaram controlar a vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.
Durante a visita a França, Filipe Nyusi também participou na Cimeira sobre Financiamento das Economias Africanas.
Deutsche Welle | Lusa
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