sexta-feira, 23 de julho de 2021

Medina à frente enquanto Moedas se chega ao Chega, sem espanto…

Bom dia, com nuvens lá por cima (em Lisboa e arredores) e algum sol a atirar para o quentinho moderado. É verão. Neste Curto fica a saber sobre o tempo em Lisboa, a tal Lisboa capital que por si só dizem que é Portugal e que o resto é paisagem. Ainda bem, visto que está a ficar uma trampa de cidade e que ao menos nos valham as paisagens do restante país.

É exatamente essa Lisboa que o Curto traz à baila a propósito das eleições autárquicas. Filipe Garcia assentou nisso arraiais e destaca que Medina candidato a continuar na CML tem basta vantagem sobre o candidato Moedas do tenebroso Passos Coelho. Um Moedas preste a fazer aliança com o nazi-fascista Chega. Claro que sim, nem podia deixar de assim acontecer. Aliás, o PSD já foi e podia muito bem extinguir-se e mudar-se todinho para o Chega – ao menos assim sempre conseguiria maior transparência e honestidade sobre o que é e quem representa de facto. Vantagem: evitaria que tantos dos seus militantes e dos seus votantes deixassem de andar enganados já vai para umas quantas década. Mas… avancemos.

Se é verdade que Medina tem muito de não presta e que Lisboa está a transformar-se numa grande bosta, também é verdade que temos de escolher o melhor candidato entre os piores que se propõem a devastar e bostear ainda mais a cidade alfacinha. Por tal os lisboetas têm de engolir um elefante e votar em Medina. Simples.

Quem não percebeu o exposto ponha o dedo no ar. Ah! esse dedo é o teu, Moedas? Coitadinho!

Sem mais. Avancemos para o fim de semana e para o que o Expresso traz hoje para digerirmos sem apanharmos uma congestão. Vamos nessa.

Curtam e não esqueçam que o covid anda por aí à solta porque dá um jeitão matar mais uns quantos (milhares) da terceira idade, assim como os mais jovens que padeçam de fragilidades na saúde. Pois.

Bom dia.

MM | PG


Bom dia este é o seu Expresso Curto

A Lisboa de Moedas, os sacos azuis no Benfica e a esperança num verão melhor

Filipe Garcia | Expresso

Bom dia,

Nem mais, nem menos. Fossem hoje as eleições autárquicas e Fernando Medina seria reeleito presidente da câmara de Lisboa com a mesma percentagem obtida há quatro anos – 42%. E se a popularidade do autarca da capital parece imune às polémicas partilhas de dados de manifestantes ou à festa do título do Sporting, do lado da oposição o cenário também não sofre grandes revoluções – Moedas, com 31% das intenções de votos, fica-se pelo empate se somados os valores obtidos por Assunção Cristas (20,5%) e Teresa Leal Coelho (11,2%). Sinal de alfacinhas satisfeitos, de falta de vigor da oposição ou apenas valores de arranque de campanha? Os próximos meses di-lo-ão. Certo, nesta altura, parece ser que autarcas de Porto, Lisboa e Almada passam no teste covid.

Mas a sondagem às intenções de voto dos lisboetas está longe de ser o único motivo para ler a edição do Expresso, que hoje chega às bancas e que, naturalmente, pode assinar AQUI. Ora acompanhe-me.

Ainda pelas autárquicas, uma reportagem em Ponte Lima, terra não de uma ou duas, mas de três candidaturas com origens no CDS, uma história de Papas de CDS à bulha. Não zangados, mas nem por isso tão chegados como há uns meses, também lhe mostramos como diferem os diagnósticos ao Estado da Nação de Costa e Marcelo.

Pela política, um título suficientemente revelador- Militantes do Chega agridem homossexual em Viseu. Deixo aqui uma pequena, mas essencial, porção da história: ao Expresso, a direção nacional disse não conhecer o caso e recusou qualquer comentário. Por sua vez, a polícia já tem os agressores identificados.

Conhecido esta semana o relatório sobre os festejos em torno do título de campeão nacional do Sporting, fique a saber que nenhuma das entidades presentes nas reuniões preparatórios defendeu a proibição. Porém, nem é este o prato principal da ementa que lhe preparámos para este fim-de-semana. Depois da prisão de Luís Filipe Vieira, agora o Número três do Benfica é suspeito de fraude fiscal. Surpreso ou está entre os que dão como inevitável que os próximos meses sejam de embaraço para sócios e adeptos benfiquistas?

Mais que o desfiar do novelo em torno da presidência de Luís Filipe Vieira no Benfica, por cá outra inevitabilidade continuará a marcar os próximos meses. É verdade que 50% dos portugueses terão a vacinação completa no início da semana, mas as dúvidas ainda são muitas. Sobre os benefícios da vacinação dos 12 aos 15 anos, os médicos dividem-se, mas há peritos a defender que agosto já permite aligeirar as restrições. Certo é que a covid vai continuar por aí e que imunidade de grupo só deverá ser atingida em setembro.

Ainda da Sociedade, destaco outros três títulos,

As histórias nunca contadas dos atentados da Flama

Educação. Governos falharam no apoio às escolas em meios desfavorecidos

Juiz alvo de processo decide sobre Rui Pinto

No Internacional, três temas que não deve perder. Passaram dez anos desde o massacre, levado a cabo por um neonazi, de 77 pessoas, 69 das quais jovens de férias em Utoya (Noruega), damos conta de uma centena de negócios portugueses saqueados na África do Sul e ainda dos cuidados pedidos por Boris Johnson no momento em que oferece “liberdade” aos ingleses.
 

No nosso caderno de Economia, o principal destaque vai para a polémica taxa sobre os combustíveis e mostramos-lhe as contas e os porquês de Portugal ter dos preços mais caros da Europa - Taxa de carbono agrava combustíveis em €380 milhões – e ainda um desafio a que o setor já começou a fazer contas: é que o imposto sobre produtos petrolíferos vale 3,5 mil milhões por ano. Como será com os carros elétricos?

No final de uma semana em que a aviação esteve no centro das notícias, temos uma entrevista com Luís Miguel Ribeiro, presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil. No fim de um mandato de seis anos, defende um novo aeroporto em Lisboa e deixa um alerta - “Fim repentino da Groundforce criaria o caos” -, lembra que os “problemas de segurança em Lisboa começaram em 2019” e ainda que a ANA puxou sempre as taxas para os limites máximos.

Sobre a greve que marcou a semana e que ameaçava repetir-se, leia Groundforce: Governo põe TAP a pagar para evitar greve.

Esta semana temos novidades sobre a saga do Novo Banco. A primeira, sobre o Relatório da CPI ao Novo Banco que iliba Centeno e Estado na venda à Lone Star e ainda um trabalho sobre as quatro entidades a recusar dar respostas à Comissão de Inquérito ao Novo Banco.

E permita-me que lhe chame ainda à atenção para outros quatro temas.

2021 rumo ao melhor ano de sempre no Investimento Direto Estrangeiro

Habitação acessível ocupa edifícios militares devolutos

Funcionário do Fisco que denunciou isenção fiscal da EDP fica sob vigilância

Reportagem. Portugueses salvam o verão no Algarve

Na Revista, o destaque vai para a entrevista a Patrícia Mamona, uma das portuguesas com melhores hipóteses de regressar dos Jogos Olímpicos em Tóquio de medalha ao peito. “Acima da competição é preciso ter amor à pátria”, diz a campeã europeia de triplo salto em vésperas da sua terceira participação olímpica. E se durante o fim-de-semana os olhos prometem estar no Japão ainda lhe mostramos como a distância é mais curta do que parece – O Japão que há em nós. Sugestões em fim-de-semana Olímpico.

Distantes dos esforços dos atletas, temos dois ensaios. De Alberto Manguel, Não quero que a morte se esqueça de mim e de Francisco Louçã, A traição dos Liberais que, escreve, deixaram que a corrente política se transformasse numa “fantasmagoria que se adaptou ao conservadorismo”.

Pelas páginas da Revista ainda pode encontrar uma reportagem feita ao longo de seis meses num dos maiores matoudoros dos Estados Unidos e ainda Nuclear? Sim ou não, obrigado sobre os prós e os contras da fonte de energia mais polémica do Mundo.

Como habitualmente, não falta espaço à Cultura. Pode ler sobre a reabertura do museu da língua portuguesa em São Paulo, sobre os livros de Júlio Pomar, mas também sobre os vencedores e os derrotados na última edição do Festival de Cannes.

E não deixe ainda de espreitar,

David Diop, vencedor do International Booker Prize: “O problema da história é que não se detém nos indivíduos”

Jazz em Agosto 2021. Uma ideia de liberdade

“Todos os Poemas”, de Friedrich Hölderlin. Por Pedro Mexia

Na nossa Multimédia, recomendo-lhe que espreite todos os podcasts que temos para lhe oferecer – AQUI – mas deixo-lhe três dos nossos mais recentes episódios.

🎸 'Trabalhávamos muito, mas divertíamo-nos ainda mais' Rui Pregal da Cunha é o convidado desta semana do podcast Posto Emissor. O vocalista dos extintos Heróis do Mar, formados há precisamente 40 anos, fala sobre as aventuras e desventuras da juventude, as amizades com António Variações e Sétima Legião, mas também de um hipotético regresso aos palcos.

💉 Bastonário é favorável à vacinação de menores Miguel Guimarães considera que devemos respeitar a decisão que a DGS vier a tomar sobre a vacinação das crianças com idades entre os 12 e os 17 anos, mas cita um artigo de um médico britânico numa publicação da especialidade (British Medical Journal) em que fica claro que há mais benefícios do que riscos nesta opção. Um Expresso da Manhã a não perder.

👊 Tumultos, mortes e pilhagens: a primeira guerra interna na África do Sul que não é racial O alto representante da União Africana para a União Europeia Carlos Lopes analisa o conflito na África do Sul, depois de uma semana de violentos tumultos em que se hipotecaram milhões em prejuízos, foram mortas quase 300 pessoas e detidas 2500. Um episódio extra do África Agora porque é preciso perceber o que se passa.

Tenha um bom fim-de-semana e não deixe de nos seguir em EXPRESSO.

Gostou do Expresso Curto de hoje?

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