quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Covid-19 | EUA quer fazer da China bode expiatório

Tomar China como bode expiatório é apenas ferramenta política dos EUA, diz observador

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Moscou, 7 set (Xinhua) -- Difamar a China em termos de origens da COVID-19 não passa de uma ferramenta para a luta política nos Estados Unidos, disse recentemente à agência de notícias Sputnik Heinz Dieterich, observador político alemão e diretor do Centro de Ciências de Transição da Universidade Metropolitana Autônoma na Cidade do México.

Há dois fatores importantes pelos quais a confusão sobre as origens da COVID-19 ainda está ganhando força em Washington, apontou ele.

"O sistema de governança dos EUA está perdendo a batalha global pela hegemonia de soft power contra a China", e tanto os republicanos quanto os democratas estão se preparando para uma grande luta no Congresso para as eleições de 2022, destacou Dieterich.

O professor acredita que, em ambos os casos, a teoria de que a COVID-19 se originou em um laboratório de Wuhan e o "tratamento inapropriado da China com a pandemia" é apenas uma ferramenta política.

Macau - Eleições | Campanha morna nas ruas e sem novidades

Eleições | Uma campanha morna nas ruas e sem novidades nos programas

Termina esta sexta-feira o período de campanha eleitoral para as eleições legislativas, que acontecem no domingo. Analistas consideram que os candidatos não trouxeram novos temas para a praça pública e que, num sistema político onde o Executivo domina, é difícil implementar ideias. Perante a desqualificação de deputados, torna-se difícil prever a composição da Assembleia Legislativa

Mais habitação, mais apoios sociais e financeiros para combater os efeitos nefastos na economia devido à pandemia da covid-19, um melhor sistema de trânsito e o modelo de gestão do novo hospital das ilhas. Estes têm sido os temas mais marcantes de uma campanha eleitoral que arrancou a 28 de Agosto e termina esta sexta-feira. Analistas ouvidos pelo HM defendem que os programas eleitorais das 14 listas candidatas revelaram-se pouco inovadores em termos de ideias para o território.

“Ouvi apenas o programa de duas listas, na rádio, que não falava de outra coisa a não ser do aumento dos subsídios. Portanto, pode ser um tema interessante entre os candidatos, que puxam o seu eleitorado pelos cifrões”, ironizou Leonel Alves, advogado e antigo deputado da Assembleia Legislativa (AL) durante 33 anos.

No entanto, o causídico alerta para o facto de os deputados terem pouca margem de manobra para mudar algo nesta área. “A Lei Básica diz-nos que tudo o que esteja relacionado com encargos financeiros e despesa pública depende da proposta do Chefe do Executivo. Portanto, quanto muito, um deputado pode fazer certas reivindicações. Parece que agora é geral usar este argumento do aumento dos subsídios para congregar votos.”

Austrália apoia Timor-Leste com médicos no combate covid-19

Austrália apoia Timor-Leste com médicos especialistas no combate à covid-19

DÍLI, 08 de setembro de 2021 (TATOLI) – O Governo da Austrália enviou oito médicos especialistas a Timor-Leste para apoiarem as equipas médicas timorenses na contenção do novo coronavírus.

“Os médicos especialistas incluem profissionais de logística que vão apoiar as nossas equipas durante 28 dias no combate à covid-19”, disse hoje o Embaixador da Austrália, Peter Roberts, no Aeroporto Internacional Nicolau Lobato, em Díli.

O embaixador explicou que fazem parte da equipa enfermeiros da área de emergência, paramédica, epidemiologista e logística de saúde.

A representante da equipa médica australiana, Ronlinn Taylor, agradeceu a oportunidade de vir a Timor-Leste e garantir a cooperação com as equipas de saúde timorenses.

Já a representante do gabinete do Primeiro-Ministro, Danina Coelho, agradeceu a presença da equipa dos médicos australianos em Timor-Leste como uma resposta ao pedido do Governo timorense devido ao aumento das infeções da covid-19 no país.

Jornalista: Jesuína Xavier Editor: Zezito Silva

Indonésia desloca papuas em benefício de militares e políticos

Indonésia acusada de deslocar papuas em massa por causa de interesses em negócios

# Publicado em português do Brasil

As autoridades indonésias foram acusadas de adotar uma estratégia de envio de força militar para expulsar milhares de papuas de suas casas e abrir caminho para poderosos interesses comerciais.

A acusação vem do Movimento de Libertação Unido de Papua Ocidental (ULMWP) em um comunicado respondendo à notícia de que cerca de 2.400 refugiados internos foram deslocados de 19 aldeias após renovadas operações militares indonésias na regência de Maybrat.

A crise humanitária lá está sendo comparada a Nduga e Intan Jaya, onde mais de 50.000 habitantes da Papua Ocidental foram deslocados por operações militares nos últimos anos.

“Maybrat é um lugar tranquilo. A violência que estamos vendo agora é o resultado das tentativas do Estado indonésio de limpar a população local e agarrar o ouro e os minerais que estão sob a terra ”, disse o presidente interino da ULMWP, Benny Wenda.

“Venho afirmando há muito tempo que as operações militares da Indonésia não se tratam de 'soberania', mas de negócios.

“Agora, as próprias ONGs da Indonésia confirmaram isso. Novos relatórios de WALHI Papua, LBH Papua, KontraS, Greenpeace Indonésia e vários outros grupos observaram os vínculos profundos que generais aposentados da Indonésia, oficiais da Kopassus e chefes de inteligência têm com projetos de extração de recursos em Papua Ocidental.

“Líderes indonésios poderosos como Luhut Binsar Pandjaitan, Ministro dos Assuntos Marítimos, têm interesses diretos na concessão de ouro do Bloco Wabu em Intan Jaya, onde enormes operações militares expulsaram milhares de pessoas de suas casas.”

Incêndio em prisão indonésia faz 41 mortos - um é português

Incêndio em prisão indonésia faz 41 mortos, entre eles um português. MNE já está em contacto com a família

Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma morte de um cidadão português num incêndio que ocorreu na prisão de Tangerang, uma cidade a oeste da capital indonésia

Pelo menos 41 presos morreram, entre eles um cidadão português, e dezenas de outros ficaram feridos num incêndio que eclodiu durante a noite passada numa prisão indonésia superlotada na região de Jacarta, revelaram as autoridades.

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma a morte de um cidadão nacional na prisão de Tangerang, nas imediações de Jacarta", informou o Gabinete da Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas numa nota enviada ao Expresso. "A Embaixada de Portugal na Indonésia mantinha contacto regular com este nacional. Lamentamos profundamente a sua morte. Estão em curso diligências junto da respetiva família, para a prestação do apoio necessário nestas circunstâncias trágicas."

O ministro da Justiça da Indonésia, Yasonna Laoly, deu mais detalhes em conferência de imprensa: "O fogo espalhou-se rapidamente e não houve tempo suficiente para abrir algumas celas".

O responsável acrescentou que "40 pessoas morreram no local, outra morreu a caminho do hospital" e que foram identificados oito detidos gravemente feridos.

O ministro apontou ainda para a existência de 31 feridos ligeiros.

Segundo a agência France Presse, que cita o ministro da Justiça indonésio, um detido sul-africano e um português estão entre os mortos.

PROFECIAS

Anabela Fino* | opinião

No que diz respeito à comunicação social dominante começa a ser indispensável dizer duas coisas. Uma que - quase como sucedia no tempo do fascismo - se publicam há uma alta probabilidade de não ser verdade. Outra que por detrás do que noticiam muitas vezes se oculta outra coisa muito mais significativa. É o que se passa com o Afeganistão e com o jornalista Julian Assange, que cometeu o “crime” de revelar as barbaridades ali cometidas pela tropa dos EUA. 

Quanto mais se fala do Afeganistão mais se agiganta o que continua por dizer, o que deliberadamente se esconde ou omite, numa sucessão sem fim de equívocos e enganos que mais e mais nos afastam da verdade sobre as causas de (mais) uma tragédia que as televisões nos servem em capítulos entre as notícias do acidente, o furacão do dia e as transferências do futebol.

No meio do ruído gerado, perder o essencial é um risco bem real, sobretudo se não há particular interesse dos poderes instituídos em dar-lhe o devido destaque.

Veja-se o caso do jornalista e programador australiano Julian Assange, fundador da Wikileaks, que em 2010 teve a ousadia de divulgar mais de 750 000 documentos confidenciais dos Estados Unidos, entre os quais registos da guerra do Afeganistão e do Iraque, que revelam crimes cometidos pelos soldados norte-americanos. A veracidade dos documentos e o seu interesse público não foram postos em causa, mas Assange tornou-se de imediato no protagonista involuntário da saga «matem o mensageiro».

Júlio César estreia esta terça-feira na Boutique da Cultura

A peça adaptada e encenada por Manuel Jerónimo apresenta-se como um retrato dos tempos modernos. O populismo e as redes sociais são alguns dos motes da nova produção da Boutique da Cultura, em Lisboa.

Júlio César é uma «adaptação cómica da intemporal peça de Shakespeare, que tem muito a dizer sobre os tempos que vivemos», refere-se na apresentação do trabalho que estreia hoje, pelas 21h30, em Carnide.

«Depois de ganhar a batalha eleitoral, Júlio César entra em Roma aclamado pelo povo. Querem que se torne imperador vitalício. Mas há uma forte oposição. Brutus não quer que um único homem governe a nação e predispõe-se a tudo para impedir que Roma se torne uma ditadura. Mas o que fazer quando é o próprio povo que quer perder a liberdade? Pode matar-se aquele que o povo elegeu?», lê-se na sinopse. 

Portugal | Chega pode estar ilegal desde setembro de 2020

Atividade do Chega pode estar ilegal desde setembro de 2020. Partido já foi notificado

Fonte do partido confirmou à TSF que já foram notificados pelo Ministério Público

Chega confirmou, esta terça-feira, ter sido notificado pelo Ministério Público (MP) de alegadas irregularidades na convocatória para o Congresso de Évora, em setembro de 2020, que aprovou uma alteração dos estatutos do partido. Em causa estará a convocatória para o congresso, que não contemplava essa mesma alteração de estatutos.

O Ministério Público defende que todos os atos do partido desde então podem estar ilegais. A nova direção votada no congresso de maio, em Coimbra, poderá ficar sem efeito, assim como a comissão de ética e o novo conselho de jurisdição.

A informação foi inicialmente avançada pela TVI. Posteriormente, a TSF confirmou que o Chega já foi notificado pelo MP.

De acordo com a estação de Queluz, o MP terá pedido também ao Tribunal Constitucional para invalidar todos os atos do partido desde setembro de 2020, por considerar que a convocatória para o congresso em causa foi ilegal.

Se o Tribunal Constitucional considerar que as alegações do MP são válidas, André Ventura terá de convocar um congresso extraordinário do partido.

O partido informou que vai reagir na quarta-feira, numa conferência de imprensa, nos Açores.

Francisco Nascimento com Carolina Quaresma | TSF

Leia em Página GlobalChega "esconde" propósitos fascistas do seu programa

Portugal | CHICO ESPERTO* SALGADO ESTÁ DOENTINHO

Ricardo Salgado tem ”lapsos de memória” mas juízes recusam perícia à saúde mental

A defesa de Ricardo Salgado pediu uma perícia neurológica ao antigo banqueiro no âmbito do processo Operação Marquês, mas os juízes responsáveis pelo caso recusaram. O ex-presidente do BES garante que “tem vindo a sentir dificuldades e lapsos de memória e, ainda, desgaste emocional, físico e psicológico”.

A informação avançada pelo ‘Correio da Manhã’ dá conta que esta decisão consta de um despacho proferido na terça-feira pelo juiz Francisco Henriques.

Ricardo Salgado alega que os exames já realizados apontam para “um quadro clínico de demência, nomeadamente uma doença de Alzheimer”, no entanto, o coletivo de juízes considera que “a realização da perícia médico-legal requerida é desproporcional para a finalidade que pretende demonstrar”, revela a mesma fonte.

Os advogados de defesa questionam se “a doença poderá afetar o interrogatório de Ricardo Salgado, caso este decida prestar declaração em tribunal”, sendo que este garante “sentir dificuldades e lapsos de memória e, ainda, desgaste emocional, físico e psicológico”.

O homem-forte do BES não necessita de comparecer para já em tribunal, nem é obrigado a falar.

Executive Digest

*Que ou quem se acha muito esperto ou mais esperto do que os outros;  Que ou quem age de modo oportunista e, por vezes, desonesto, desrespeitando regras em proveito próprio.

O Fundo Ambiental é para proteger os lucros das elétricas?

PORTUGAL

Mariana Mortágua* | Jornal de Notícias | opinião

A subida do custo da eletricidade está imparável. O preço no mercado grossista já é o triplo do que se verificava em 2019 e não se pode dizer que a luz fosse barata nessa altura.

Não tarda, o choque chegará às faturas de todos os consumidores, com aumentos que poderão atingir dez euros mensais, de acordo com a imprensa especializada.

Prevê-se que esta pressão para a alta de preços do gás e das emissões de carbono venha para ficar, em resultado das penalizações necessárias no combate às alterações climáticas.

Mas isso não quer dizer que a sobrecarga dos consumidores seja inevitável. Há muitos lucros excessivos no setor e as elétricas podem e devem ser chamadas a fazer sacrifícios. Não faz sentido creditar aos consumidores a transição energética, enquanto se mantiverem as absurdas taxas de rentabilidade das grandes produtoras, protegidas tanto por Bruxelas como pelo Governo em Lisboa.

Ameaças de Bolsonaro vão motivar pedido de impeachment?

Supremo está indignado com ameaças de Bolsonaro, que podem motivar pedido de impeachment

# Publicado em português do Brasi

A indignação foi demonstrada durante reunião dos ministros do STF após os discursos de Jair Bolsonaro nas manifestações antidemocráticas do 7 de Setembro. Fux deve dizer que descumprimento de decisões do Tribunal podem motivar pedido de impeachment

247 - Foi com indignação que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) receberam as ameaças feitas por Jair Bolsonaro contra a Corte durante os atos de 7 de setembro.

A resposta será dada na tarde desta quarta-feira (8), quando no início da sessão o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, fará um pronunciamento para rechaçar os ataques de Jair Bolsonaro. 

Segundo O Globo, Fux vai rebater o aviso dado por Bolsonaro de que não cumprirá qualquer determinação judicial proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que o investigam no STF. O presidente da Suprema Corte vai deixar claro que, caso de fato desrespeite decisão do Supremo, seja de qual ministro for, Bolsonaro vai incorrer em crime de responsabilidade - o que pode motivar um pedido de impeachment.

A decisão dos ministros de se pronunciarem de forma coletiva e institucional via discurso de Fux foi tomada conjuntamente numa reunião virtual com dez dos 11 integrantes do tribunal - apenas Dias Toffolli não compareceu. Todos os magistrados deram suas opiniões em pouco mais de uma hora de conversa. Durante a reunião, palavras como "absurdo", "golpista", "fascista" foram usadas para classificar os discursos de Bolsonaro. 

Brasil 247

Brasil | Golpe fracassa mas Bolsonaro não desiste

Golpe fracassa mas Bolsonaro, isolado, amplia discurso golpista

# Publicado em português do Brasil

Em seu breve discurso, em cima de um carro de som na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro  afirmou que pretende reunir o Conselho da República, nesta quarta-feira, para avaliar uma eventual intervenção federal ou a necessidade de se impor o estado de defesa ou o estado de sítio ao Brasil.

Muito longe do que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) imaginava da manifestação forte o suficiente para garantir um golpe de Estado, com invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF) apoiada por policiais militares, armados até os dentes, os protestos convocados para este 7 de Setembro não passaram de um aglomerado de gente confusa quanto ao país que desejam, sem máscara ou distanciamento social. Um movimento inofensivo às instituições, apesar dos rosnados impressos em faixas e cartazes, muitos em inglês, contra a democracia brasileira.

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