Tudo indica que Portugal vai para a guerra a reboque dos conflitos criados pelos EUA. Aos cowboys norte americanos e à sua indústria armamentista, aos seus magnatas criminosos causar guerras é a sua forma de estar, é aquilo para que vivem… e morrem. E também causam a mortandade de imensos povos por todo o mundo. Os EUA, desde que foram criados, são o Império da Morte. Matam-se uns aos outros e, não saciados, entretêm-se invadindo outros países e matando outros povos. Fazendo permanentemente a guerra, causando permanentemente vítimas, torturando, saqueando e assassinando outros povos noutros países.
Os EUA são férteis em pretextos e causa de crises que conduzem à guerra, à mortandade e aos consequentes avultados lucros da sua indústria de armamento. Fértil também é em causar a morte dos seus próprios cidadãos que, em busca de superar as suas dificuldades sócio-financeiras, se voluntarizam para embarcar em guerras por todo o mundo, contra todos os povos. Num tempo de pretexto contra determinados países e povos, para logo noutro encontrarem pretexto para aniquilar aqueles que anunciaram ir ajudar e ou libertar. Os EUA são um Império da Guerra, predominam primordialmente por isso e arregimentam outros países e povos por via de uma invenção chamada NATO-OTAN, algo que em principio já nem devia ter razão de existir se o respeito entre países e povos fosse efetivo. Se a gula gananciosa dos EUA e de outros criminosos do complexo de armamento internacional não fosse tão sequioso de lucros escandalosos, criminosos.
Os EUA-NATO levam Portugal e a UE para a guerra que a todo o transe ambicionam causar. Lá vão os jovens militares portugueses arriscar a vida em prol de interesses do império guerreiro e criminoso que permanentemente prefere estar em guerra, criar crises que conduzam à guerra. É a eterna vida de cowboys do faroeste imbuídos de personalidades criminosos, usem bons fatos e gravatas ou revolveres de vilões à cintura… São eles, são esses, ponto, os poderosos criminosos mundiais por excelência. Do mundo, dos seus próprios cidadãos, que por via do espírito guerreiro e carências, perecem aos milhares, aos milhões, desde sempre. Esquecendo-se que "quem vai à guerra dá e leva" - e isso também serve para os militares portugueses mobilizados ao serviço da NATO, dos EUA, do sistemático desprezo pela vida dos povos.
A seguir, sobre Portugal na guerra com que tanto acenam, um excerto da peça publicada no Diário de Notícias (Artur Cassiano) com declarações de dois diplomatas portugueses. Aparentemente assimilados norte-americanos, talvez por uma questão de melhor sobrevivência, posses e bem-estar. Que verdades dirão? Com que objetivos e perspetivas? Que confiança devemos ter em tais exposições? (MM / PG)
"Ninguém vai mexer um dedo para defender Kiev"
A posição portuguesa é a que sempre foi: "previsível e limitada". Dois antigos diplomatas analisam, no DN, todos os cenários de uma crise que ameaça fragmentar a Europa.
ecidimos que, visto que fazemos parte de uma mesma entidade política - a União Europeia - e aqueles que fazem parte, como Portugal, (...) de uma mesma aliança político-militar, da NATO, que a resposta [a Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo que queria respostas separadas sobre a crise na Ucrânia] devia ser conjunta."
A explicação de Augusto Santos Silva, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, encaixa no que Francisco Seixas da Costa [antigo embaixador na ONU, na OSCE, na UNESCO, entre outras colocações] define como "um comportamento tradicional nestas questões da NATO".
"Nós temos um poder de delimitada capacidade, estamos sempre muito propensos a juntarmo-nos aos consensos", daí que a "posição portuguesa", explica, tenha acompanhado "basicamente aquilo que foi o consenso que se generalizou dentro da NATO, em particular naquele sentimento, que tem que ver com o artigo 5.º, de que é preciso reforçar alguns países da orla próxima das zonas de conflito no sentido de evitar que durante uma escalada alguma fronteira no quadro dos países NATO possa ser atacada ou posta em causa".
Para Seixas da Costa, "a posição do governo é uma posição normal, não diria que é seguidista, é uma posição até relativamente coerente com aquilo que são as posições tradicionais do Estado português. O governo fez o que tinha a fazer" porque "há países que se podem dar ao luxo de uma certa distância e de uma certa heterodoxia, mas Portugal não se pode dar ao luxo de heterodoxias".
Sem luxos diplomáticos, "a política externa e a política de defesa" vivem de uma "certa previsibilidade" um "bocado trágica que deriva de uma circunstância, que lamento ter constatado: que é a nossa fragilidade. Somos um país com grandes dependências no quadro internacional. Não somos, não temos as mãos completamente livres no plano internacional para atuar. Estamos limitados àquilo que são as condicionantes geopolíticas em que vivemos", explica.
Por outras palavras: "Portugal é um país alinhado com as maiorias, quer na NATO quer na União Europeia."
António Martins da Cruz, antigo embaixador de Portugal na NATO, entre várias colocações, sublinha a ideia de que o governo "não tem de assumir compromissos com a defesa da Ucrânia no caso de uma invasão russa, mas sim dar apoio aos países da NATO que são vizinhos da Ucrânia: a Polónia, a Roménia, os países bálticos e aí a NATO já decidiu tomar as medidas que sejam necessárias pelo que o empenho de Portugal está garantido".
E ainda que as "questões da Ucrânia não sejam uma prioridade da política externa portuguesa, Portugal sendo um país europeu, sendo membro da NATO e sendo membro da União Europeia (UE) está, e bem, a seguir a generalidade das posições assumidas na UE e como país da NATO está obviamente comprometido com as decisões".
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