Artur Queiroz*, Luanda
As potências coloniais e de uma forma geral a constelação de países ocidentais viverão para sempre com a mancha ignominiosa do esclavagismo, do colonialismo e do racismo acéfalo. Os autores desses crimes contra a Humanidade são países que ocuparam e submeteram povos livres em África, na Ásia e nas Américas. Venderam seres humanos como se fossem animais de açougue. Cometeram genocídios dos quais nunca mais o Homem se libertará. Destruíram culturas e modelos sociais que roçavam a perfeição. Espezinharam a liberdade com uma ferocidade inaudita.
O racismo é uma arma poderosa ao serviço das antigas e actuais potências coloniais. Tinha no regime de apartheid na África do Sul, a sua forma de governação. Sempre existiu nas colónias de todas as latitudes. Nos EUA, país que nasceu com os valores da Revolução Francesa (a terra da minha Mamã), existiu esse regime odioso até aos anos 60. Depois ficou de pé o modelo de Pretória, como amostra e ao mesmo tempo ameaça permanente para todo o continente africano. Não falo de estados de alma. Não é a minha opinião. É História Universal, Factos históricos.
Os portuguesinhos famintos que se atrevem a julgar Angola e os Angolanos, quando o fazem, estão loucos ou drogados. Deviam viver, até ao fim dos seus dias, espojados no chão por onde passam as filhas e os filhos de Angola, pedindo perdão. Pelo contrário, atrevem-se a dar-nos lições de bom comportamento e insultam ou caluniam os nossos líderes políticos. Com a ajuda preciosa dos Rafael Marques e outros bandidos da palavra que se vendem por um bago de jinguba.
Os angolanos derrubaram o
colonialismo. Nem tiveram tempo para saborear a histórica vitória. Foi-lhes
imposta, pelo regime racista de Pretória, uma guerra particularmente sangrenta
e destrutiva, que começou em 1974 e acabou em 2002,o ano
Na década de 50 nasceu o MPLA, fruto da fusão de várias organizações nacionalistas tradicionais. Até Setembro de 1974, conduziu a luta armada de libertação nacional. Venceu todos os obstáculos militares: Tropas portuguesas, tropas da FNLA, tropas da UNITA e as unidades especiais constituídas por angolanos que abandonaram a guerrilha, os TE, GE e Flechas, estes últimos criados pela PIDE/DGS e alimentados pela UNITA, quando Savimbi alugou as suas armas ao regime colonialista português.
O MPLA, fruto das suas
retumbantes vitórias na Frente Norte e na Frente Leste, tornou-se naturalmente
a vanguarda revolucionária do Povo Angolano. Em finais dos anos
O caminho vitorioso do movimento tinha de ser travado a todo o custo, pelas grandes potências. E pelo caminho surgiram dissidências, deserções, golpes mais ou menos armados, enxurradas de mentiras e calúnias contra a direcção e o seu programa revolucionário.