segunda-feira, 28 de novembro de 2022

AS MODULAÇÕES DA PAZ NA UCRÂNIA

– Mais recentemente, temos assistido a intervenções de várias entidades apelando à obtenção de uma solução política para o conflito, todas admitindo a possibilidade da amputação territorial da Ucrânia.

Major-General Carlos Branco [*]

Foram precisos nove meses de guerra, a destruição de 50% das infraestruturas energéticas da Ucrânia, a ruína do seu tecido industrial, uma crise sem precedentes de refugiados (cerca de oito milhões) e de deslocados internos, a redução de 33,4% do seu PIB, mais de cinco milhões de desempregados, e centenas de milhares de vidas humanas ceifadas para se começar a falar de paz. Importa perceber a origem desta mudança discursiva.

Não terá sido alheia a esta alteração de “dinâmica”, as consequências que a guerra está a ter na Europa, causadas pelo efeito bumerangue das sanções impostas pela União Europeia (UE) à Rússia, entre outras a inflação galopante, a recessão económica, e a deterioração das condições de vida das populações, que começam a contestar as políticas dos seus governantes.

Como salientou Kristalina Georgieva, a diretora-geral do FMI, numa entrevista ao Washington Post, “a guerra parece estar a desencadear uma série de desenvolvimentos que podem ficar fora de controlo”. A probabilidade de fragmentação da economia mundial tornou-se elevada: “podemos estar a caminhar como sonâmbulos para um mundo que é mais pobre e menos seguro.” Segundo ela, a construção de barreiras económicas pelos EUA e pela UE para obterem objetivos geopolíticos podem fazer mais mal do que bem, referindo apenas o campo económico.

Contudo, o fator determinante na introdução da diplomacia na ação e no discurso político deve-se ao facto de Washington ter conseguido concretizar, com esta guerra, vários objetivos geoestratégicos de longa data.

Em primeiro lugar, inviabilizar um projeto europeu dotado de autonomia estratégica, passível de competir e rivalizar no futuro com Washington. Será difícil, nos tempos mais próximos, um dirigente europeu ter a coragem de afirmar que “os europeus têm de lutar pelo seu próprio futuro e destino”, nos termos em que esta afirmação foi feita pela então Chanceler Angela Merkel.

Em segundo lugar, obter a total submissão da Alemanha, o principal polo agregador desse tão almejado projeto europeu, em risco de perder a sua competitividade industrial conseguida, em grande parte, pelo recurso aos hidrocarbonetos russos baratos. Está presente na memória de todos a célebre conferência de imprensa em que Joe Biden disse diante de Olaf Scholtz que “ se a Rússia invadir a Ucrânia, o Nord Stream 2 deixará de existir”.

Em terceiro, consumar a rutura da Europa com a Rússia impedindo o aprofundamento da cooperação entre elas nos mais variados domínios, desde o económico ao tecnológico, fazendo com que Moscovo se afastasse da Europa e pivoteasse para leste e para os mercados asiáticos. Esse afastamento já se tinha iniciado há alguns anos, mas acelerou-se com a guerra. A destruição dos gasodutos ajudou a consumar esse movimento.

E, em quarto, o enfraquecimento da Rússia, através de um prolongado regime de sanções, contando para tal com o apoio incondicional da UE, objetivo menos conseguido do que os anteriores. Para além da guerra económica desencadeada à Rússia não ter tido até agora os efeitos esperados, está a ter um efeito desastroso para as economias europeias. Algumas das sanções impostas à Rússia poderão manter-se mesmo que exista um acordo de paz. Embora a secretária do Tesouro Janet Yellen admita que o conflito está a acabar, foi muito clara sobre esta matéria.

Como escreveu Timothy Ash, “os 5,6% do orçamento norte-americano de defesa utilizados para destruir quase metade da capacidade militar convencional da Rússia foram um investimento absolutamente incrível. A análise de custo-benefício do apoio dos EUA à Ucrânia é incontestável. Está a produzir vitórias em quase todos os campos.”

A DÍVIDA ÉTICA E MORAL DE ÁFRICA PARA COM CUBA

Martinho Júnior, Luanda 

"Por um sentimento de dever para com a República de Cuba, um país irmão e amigo com o qual mantivemos, no passado e no presente, relações e outras que iremos tricotar no futuro, a Argélia decidiu aliviar as dificuldades que enfrenta a economia cubana, mediante a anulação dos juros da dívida cubana com a Argélia e o adiamento do pagamento dessas dívidas"

Presidente Tebboune afirma a solidariedade da Argélia com o povo cubano pelo levantamento do bloqueio econômico – https://www.aps.dz/algerie/147723-le-president-tebboune-affirme-la-solidarite-de-l-algerie-avec-le-peuple-cubain-pour-la-levee-du-blocus-economiqu

A MUDANÇA DE PARADIGMA NO SENTIDO DA MULTILATERALIDADE, OBRIGA ÁFRICA AO DEVER DE RECIPROCIDADE PARA COM A SOLIDARIEDADE CUBANA.

MEMÓRIA NO 6º ANIVERSÁRIO DO DESAPARECIMENTO FÍSICO DO COMANDANTE FIDEL.

Um dia Cuba Revolucionária e o seu povo heroico, sob a orientação do maior estadista contemporâneo que foi e é o Comandante Fidel de Castro Ruz, decidiu-se pela dignidade de pagar a dívida ética e moral para com África, algo inédito para toda a humanidade que implica um resgate Imenso (antropológico e histórico), do que foi feito contra os africanos pelos processos dominantes, durantes mais de 5 séculos…

Vencer o colonialismo institucional e o “apartheid” institucional são pedras basilares já alcançadas nessa esteira, um episódio num longo caminho que tem como obstáculos maiores correntes o neocolonialismo e o império da hegemonia unipolar, num momento em que se torna possível a opção da mudança de paradigma, numa via de multilateralidade emergente, cooperante e solidária.

Angola | DESPERDÍCIO E ESBANJAMENTO – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Cacuso é a cidade de Pungo-Andongo e das Pedras Negras. Território das barragens de Capanda e Laúca, que fornecem energia eléctrica a Angola. O comboio passa por ali, depois da estação de Lucala, no Cuanza Norte. No antigamente era uma vila pequena, com poucos habitantes. Hoje tem mais de 120 mil. Duas novas escolas recebem mais de 1200 alunos. O Instituto Superior Politécnico Cardeal D. Alexandre do Nascimento responde às necessidades da juventude da cidade que acaba o ensino médio. Em 2014, nasceu no município uma grande unidade agroindustrial que produz álcool e açúcar.

Uma cidade que cresceu tanto em tão pouco tempo precisa de quadros técnicos para acompanharem o crescimento. As autoridades nacionais lançaram o projecto “200 casas por município” exactamente para garantir alojamento digno a médicos, professores, enfermeiros e outros quadros técnicos, médios e superiores. A cidade de Cacuso foi contemplada. E lá estão, 124 moradias, todas com três quartos, portanto com capacidade para alojar uma família média ou três solteiros. Foram distribuídas, mas as pessoas contempladas, aos poucos abandonaram-nas porque nunca foi ligada a água e a luz.

Cacuso é o município de Angola mais electrificado! Sendo uma comunidade do rio Cuanza, água também não devia ser problema. Mas foi. No bairro existem dois grandes depósitos, instalados em duas plataformas bem elevadas, para a água chegar às habitações por gravidade. Estão em ruínas. Nos arrumamentos existem postes para a iluminação pública. Mas sem candeeiros. As 124 casas concluídas, habitadas e posteriormente abandonadas, foram vandalizadas e saqueadas. Quase todas ficaram sem portas e janelas. As chapas do telhado foram roubadas. Os tectos falsos também desapareceram. Nas ruas cresce o capim. O abandono é total. 

Apenas uma moradia continua ocupada, porque o morador arranjou um gerador e fez um reservatório para a água. Mas nem todos têm essa capacidade financeira. Como ninguém consegue viver sem água nem luz, 123 casas foram abandonadas. Hoje só restam as paredes porque até as louças sanitárias foram roubadas.

A senhora administradora de Cacuso disse hoje à TPA que em 2023 vai fazer tudo para que as ligações de água e luz às casas sejam feitas. Por favor, excelência, não faça isso. Vai torrar muito dinheiro. Porque quando as ligações domiciliárias ficarem concluídas, nem os mosquitos e as moscam beneficiam dessa obra. Todas as casas precisam de telhados, tectos, portas, janelas, louças sanitárias. E isso custa uma fortuna.  Quando esses “acabamentos” estiverem prontos, já as canalizações e as redes eléctricas foram saqueadas ou vandalizadas. E volta tudo à estaca zero.

A COP27 FOI DOMINADA PELOS LÓBIS DO FÓSSIL E A COP28 VAI SER PIOR

Dos 636 lóbistas dos combustíveis fósseis presentes em Sharm el-Sheik, 70 estavam ligados às empresas de gás e petróleo dos Emirados Árabes Unidos, o próximo anfitrião da Cimeira do Clima. No regresso do Egito, Joana Mortágua diz que o recorde vai ser batido na cimeira do Dubai.

A COP27 que terminou este domingo no Egito cedo chamou a atenção pela a presença redobrada de lóbistas e representantes da indústria dos combustíveis fósseis, que não terão sido alheios ao desfecho da cimeira: uma desilusão para quem esperava maior ambição para conter o auento da temperatura global.

O caso mais caricato terá sido a inscrição do CEO da petrolífera BP por parte da delegação da Mauritânia como seu delegado, a par de outros quatro altos funcionários da empresa. A empresa esclareceu que Bernard Looney e os restantes quadros da BP tinham sido convidados pela delegação da Mauritânia para uma reunião e a assinatura de um projeto de hidrogénio e essa era a razão para estarem inscritos e poderem ter acesso à "zona azul", a área reservada aos representantes governamentais e onde têm lugar as negociações. "De todos os lugares no mundo onde a BP poderia fechar um negócio com a Mauritânia, é difícil entender a razão para o fazer na COP27", reagiu à BBC(link is external) Alice Harrison, da ONG Global Witness, considerando "bizarro" que os executivos tivessem de integrar a delegação daquele país para assinarem um acordo comercial.

Ao todo, contabilizou a Global Witness, a Corporate Accountability e o Corporate Europe Observatory, a presença dos lóbistas do fóssil na COP27 aumentou 25% em relação à COP26 de Glasgow. Agora, o número destes lóbistas no Egito foi de 636 e ultrapassou a soma dos delegados dos dez países que mais sofreram o impacto das alterações climáticas, incluindo Moçambique, Paquistão ou Bangladesh.

Há algo a mudar na China enquanto a bola rola no Catar? (o adeus ao Bibota) - no Curto

João Pedro Barros, editor Online | Expresso (curto)

Bom dia,

Durante vários anos circularam teorias de que, com a crescente prosperidade, o povo chinês acabaria por exigir mais liberdade ao todo poderoso Partido Comunista. Em especial após a chegada de Xi Jinping ao poder, essas análises quase desapareceram. É muito provável que voltem a tornar-se mais populares após este fim de semana, em que protestos contra o Governo se espalharam por várias cidades da China e pelas redes sociais, apesar da máquina orwelliana montada pelo aparelho de Estado.

O combustível foi a morte de dez pessoas após um incêndio numbloco de apartamentos em Urumqi, na província chinesa de Xinjiang, alegadamente porque o socorro foi atrasado pela draconiana política “covid zero”, que Pequim continua a impor, quase três anos após o aparecimento do vírus.

Por enquanto, os “estragos” na aparente unidade chinesa ainda parecem reversíveis, provavelmente à força, mas é certo que se trata de um desafio completamente novo para o Presidente chinês, pouco mais de um mês depois de ter recebido carta branca para um inédito terceiro mandato, esmagando qualquer hipótese de dissidência com episódios como o da aparente saída à força do antecessor Hu Jintao do congresso realizado em Pequim.

Patrick Wintour, editor de diplomacia do “ Guardian”, apelida os protestos de “choque sísmico”. Esta madrugada, em Pequim, dois grupos de manifestantes, com cerca de 1000 pessoas, recusavam abandonar as ruas. Em Xangai, a polícia deteve duas pessoas. Se a política de “covid zero” parece ser o gatilho deste descontentamento, o grande receio para as autoridades chinesas é que ele alastre para outras temáticas. Palavras pouco comuns no léxico local, como “liberdade”, ou o pedido da saída de Xi Jinping e a queda do partido Comunista da China já se ouviram nas ruas da capital. Um jornalista da BBC foi "espancado e pontapeado pela polícia", antes de ser detido, em Xangai, ontem, enquanto cobria os protestos.

As restrições covid na China criaram uma espécie de chão comum para várias classes sociais se sentirem validadas a sair para a rua, analisa o “New York Times”: os trabalhadores migrantes enfrentam o desemprego e a fome, os estudantes universitários ficam retidos nos campus, os trabalhadores liberais e qualificados são impedidos de fazer viagens de negócios. O mundo está muito diferente, mas também foi isto que aconteceu em 1989 e terminou com o massacre de Tiananmen.

À hora de envio desta newsletter, nem o Governo nem os seus órgãos oficiais reagiram de forma clara, mas não é de esperar que Xi Jinping assista sentado a esta agitação interna, que pode enfraquecer a China no xadrez geopolítico. Curiosamente, uma das causas que deve estar a contribuir para este descontentamento é o evento que por estes dias faz parar o planeta: o Mundial de futebol. Como é que se explica que pessoas de todo o mundo, sem máscara, encham estádios no Médio Oriente, enquanto na China mal se pode transpor a soleira da porta?

Façamos então uma breve passagem pelo Catar, porque hoje Portugal até pode garantir um lugar nos oitavos de final, caso vença o Uruguai – o jogo é às 19h e passa na RTP 1 e na SportTV. Fernando Santos já garantiu que Pepe vai assumir o lugar do lesionado Danilo. No mesmo grupo H jogam Coreia do Sul e Gana (13h, Sport TV), enquanto no grupo G há um Camarões-Sérvia (10h, Sport TV) e um Brasil-Suíça (16h, TVI).

Nos jogos de ontem houve os seguintes resultados: Espanha-Alemanha (1-1) e Japão-Costa Rica (0-1), no grupo E, e Croácia-Canadá (4-1) e Bélgica-Marrocos (0-2), no grupo F. Após este último jogo, adeptos belgas e marroquinos confrontaram-se com a polícia nas ruas de Bruxelas.

Portugal | RAISPARTA, TANTA FALTA DE DECORO

Paulo Baldaia* | Diário de Notícias | opinião

Há uma evidente falta de decoro na forma como o poder socialista nos esfrega na cara a impunidade com que gere o dinheiro dos contribuintes. Para quem toda a espécie de populismo faz igualmente urticária, ter de comentar os casos que se sucedem causa grande desconforto. Só que calar não é opção, mais vale passar por populista. Na simplicidade possível, a descrição de apenas dois dos casos permite que cada um tire as suas conclusões.

No primeiro caso, trata-se da contratação de Ana Cristina Chéu, mulher do secretário de Estado das Infraestruturas, para consultora jurídica do Conselho de Administração da Autoridade de Mobilidade e Transportes, entidade presidida pela ex-ministra Ana Paula Vitorino:

a) Uma cidadã foi contratada como consultora de uma entidade reguladora;
b) A entidade reguladora cai na alçada do trabalho do seu marido;
c) A mesma entidade é presidida por uma ex-ministra do partido do governo;
d) O lugar foi conseguido por concurso com um júri presidido pela presidente da entidade;
e) A cidadã contratada foi chefe de gabinete da ex-ministra.

Portugal | A DESATENÇÃO DE CARLOS MOEDAS E A LISBOA QUE RESPIRA TRAMPA


Lisboa com níveis de poluição superiores ao tolerado pela OMS

Investigadores constataram que, no período de análise, os valores na cidade de Lisboa foram, em termos médios, de 71,08 µg/m3, "bem acima do patamar definido pela OMS", que é de 10 µg/m3.

Algumas zonas da cidade de Lisboa apresentam níveis de poluição superiores aos que são tolerados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), destacando-se o terminal de cruzeiros de Santa Apolónia e algumas ciclovias, segundo um estudo divulgado esta segunda-feira.

Os dados para este estudo, desenvolvido por investigadores dos centros de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte), Investigação em Ciências da Informação, Tecnologias e Arquitetura (ISTAR-IUL) e Recursos Naturais e Ambiente (CERENA), foram recolhidos por 80 sensores, entre agosto de 2021 e julho deste ano.

Numa nota divulgada pelos autores do estudo, é explicado que foi feita a análise dos valores de dióxido de azoto (N02) e de partículas suspensas PM10, concluindo-se que, em certas zonas da cidade de Lisboa, "excedem os parâmetros aceites" pela OMS.

"O terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, tal como as ciclovias em certas artérias da capital, são áreas com níveis de poluição elevados e prejudiciais à saúde. A investigação em curso corrobora, na sequência de estudos anteriores, o trânsito elevado e o transporte marítimo como fatores determinantes nas situações de poluição registadas no concelho de Lisboa", pode ler-se na nota.

Portugal | Com críticas a Marcelo, Ana Gomes atira: "FIFA é antro de corrupção"

Ana Gomes usou o seu habitual espaço de comentário na televisão para comentar a polémica em torno do Campeonato do Mundo de futebol no Qatar.

Ana Gomes apontou criticas à deslocação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao Qatar, no âmbito do Mundial 2022, considerando que o discurso do chefe de Estado naquele país sobre direitos humanos deveria ter sido diferente. A antiga eurodeputada deixou ainda duras críticas à FIFA, referindo que o organismo é "um antro de corrupção".

No seu habitual espaço de comentário, na SIC Notícias, Ana Gomes começou por lembrar que os direitos humanos "são universais" e não se podem "esquecer onde quer que seja, no Qatar ou em Portugal".

"E não basta falar deles nos termos digamos em que, por exemplo, o Presidente da República foi falar no Qatar. Falou sobre direitos humanos em Portugal no Qatar, quando obviamente ali se punha era a questão dos direitos humanos no Qatar", apontou.

A comentadora considerou depois que o Mundial 2022 "está a chamar a atenção para os direitos humanos", e começa a fazer-se, "cada vez mais, a ligação entre direitos humanos e corrupção, e combate à corrupção".

Papel dos serviços de inteligência do Reino Unido no sequestro e assassinato de Foley

COM IMAGENS CHOCANTES DA EXECUÇÃO DE JAMES FOLEY PELO ISIS

William Van Wagenen | The Cradle

Uma investigação sobre o conluio britânico e americano com os grupos terroristas que sequestraram e assassinaram reféns ocidentais na Síria.

#Traduzido em português do Brasil

Em 19 de agosto de 2014, o ISIS divulgou um vídeo da decapitação do jornalista americano James Foley , que foi sequestrado pela organização terrorista em 2012 enquanto fazia uma reportagem sobre o conflito na Síria. 

A chocante execução de Foley tornou-se uma das notícias mais amplamente seguidas da guerra síria. O assassino de Foley, Mohammed Emwazi , popularmente conhecido como “Jihadi John” pela mídia ocidental,  era um britânico nascido no Kuwait do oeste de Londres. No vídeo da execução de Foley, pode-se ouvir o inconfundível sotaque londrino de Emwazi .  

No entanto, o que é menos conhecido sobre o notório membro do ISIS, é que ele viajou para a Síria como parte de um “funil do terror” estabelecido pela inteligência britânica e sequestrou Foley enquanto lutava por um grupo armado conhecido como Katibat al -Muhajireen – ou o Brigada de Emigrantes –  que contava com apoio direto da inteligência britânica. Muitos membros do al - Muhajireen , incluindo Emwazi , ajudaram a estabelecer as bases para a ascensão do ISIS ao se juntar ao grupo terrorista com sua criação em abril de 2013. 

Além disso, durante um período de cativeiro de Foley, ele foi mantido em uma prisão controlada conjuntamente por outro grupo armado, Liwa al-Tawhid, ou a Brigada do Monoteísmo, que operava sob a égide do Exército Sírio Livre (FSA) e recebia ajuda diretamente da inteligência dos EUA. . Parte disso incluiu armas sendo vendidas para o ISIS, inclusive para o líder do grupo que detinha James Foley.

Em outras palavras, embora o assassinato de James Foley tenha ocorrido nos desertos de Raqqa,  sem dúvida começou em lugares mais familiares, ou seja, Londres e Washington.

OCUPAÇÃO ILEGAL DE ISRAEL NA CISJORDÂNIA CONTINUA A AUMENTAR

Israel ratifica construção de centenas de unidades de colonos na Cisjordânia

News Desk | em The Cradle

As unidades serão construídas no assentamento Efrat, que envolve o deslocamento ilegal de centenas de palestinos na zona sul da cidade de Belém

#Traduzido em português do Brasil

De acordo com o Centro de Informações Palestinos (PIC), as autoridades israelenses ratificaram planos para construir centenas de novas unidades de colonos na Cisjordânia central ocupada, apesar da resistência das comunidades palestina e internacional.

Relatórios locais revelaram que as unidades seriam construídas no assentamento Efrat, que envolve o deslocamento ilegal de centenas de palestinos no sul da cidade de Belém.

A PIC informa que o plano de construção inclui a implantação do novo assentamento, que terá 7.000 unidades em Belém.

No final do mês passado, Israel anunciou que está tentando confiscar 616.000 metros quadrados de terras da Cisjordânia dos palestinos, violando o direito internacional . Todos os assentamentos israelenses  nos territórios palestinos são considerados ilegais.

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