sexta-feira, 2 de junho de 2023

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) PODE DESTRUIR E MATAR SEM SE FARTAR?

Drone comandado por Inteligência Artificial "mata" o operador durante simulacro

Durante um teste realizado pelos militares dos Estados Unidos, um drone foi contra as ordens do responsável e disparou contra ele. Nenhuma pessoa foi realmente ferida, mas o simulacro trouxe algumas preocupações sobre a Inteligência Artificial.

O incidente foi divulgado no mês passado, pelo coronel Tucker "Cinco" Hamilton, chefe de testes e operações de Inteligência Artificial da Força Aérea dos Estados Unidos, durante um encontro sobre tecnologia e os futuros combates aéreos, que se realizou em Londres, avança o "The Guardian".

De acordo com os relatos de Hamilton, durante o teste, o drone recebeu ordens para "destruir os sistemas de defesa aérea do inimigo", porém, quando o operador o alertou para "não matar certos indivíduos", o drone viu o agente como uma ameaça que o impedia de concretizar o objetivo e acabou por disparar contra ele.

Além disso, quando o responsável o alertou de que ao matá-lo perderia pontos, o aparelho destruiu a torre de comunicação para que ninguém interferisse na sua missão, informa o "The Guardian".

O coronel deixou um alerta acerca da confiança excessiva na Inteligência Artificial, visto que, apesar de tudo, continuam a ser sistemas "fáceis de manipular e muito frágeis".

Após a divulgação desta ocorrência, a porta-voz da Força Aérea dos EUA, Ann Stefanek, "negou que tal simulação tivesse ocorrido", relata o jornal britânico.

"O Departamento da Força Aérea não realizou nenhuma dessas simulações de drones e continua comprometido com o uso ético e responsável da tecnologia de Inteligência Artificial", acrescentou Stefanek.

No ano passado, o coronel Hamilton declarou numa entrevista para o "Defense IQ" - "um dos maiores eventos de defesa e organizações de pesquisa do mundo", como é descrito no site do evento - que: "A IA (Inteligência Artificial) não é uma moda passageira, a IA está a mudar para sempre a sociedade e as forças armadas".

 Beatriz Motta | Jornal de Notícias

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