Mais de 600 pessoas morreram
Conselho de Segurança israelita, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ativou oficialmente o estado de guerra no país, que permite ao Exército realizar "atividades militares significativas" no âmbito da guerra com o Hamas, informaram meios de comunicação social.
Apesar de Netanyahu já ter declarado que o país estava em guerra, assim que começou a ofensiva do Hamas, esta decisão oficial é necessária, segundo a Lei Básica de Israel.
A decisão foi finalmente adotada numa reunião entre o primeiro-ministro e os líderes da segurança israelita, composta, entre outros, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e pelo Chefe do Estado-Maior General, General Herzi Halevi.
Mais de 600 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque surpresa que as milícias do Hamas iniciaram no sábado a partir de Gaza, segundo fontes médicas israelitas citadas hoje pelos meios de comunicação locais.
O número de mortes oficiais duplicou hoje, depois de um número significativo de mortos ter sido encontrado em cidades israelitas perto de Gaza que tinham sido ocupadas por milicianos palestinianos e foram libertadas nas últimas horas pelo exército israelita.
Do lado palestiniano, o número oficial de mortos em Gaza continua a ser de 313, de acordo com o mais recente relatório do Ministério da Saúde de Gaza.
No entanto, o exército israelita afirmou ter matado 400 "terroristas" em Gaza e centenas de outros em território israelita.
Netanyahu já tinha alertado no sábado que Israel embarcou "numa guerra longa e difícil" e que continuará "sem trégua até que os objetivos sejam alcançados".
"Entrámos numa guerra longa e difícil. A guerra foi-nos imposta por um ataque assassino do Hamas", começou por escrever, numa publicação na sua conta na rede social X, antigo Twitter.
O dirigente israelita explicou que "a primeira fase terminará em horas, destruindo a maior parte das forças inimigas que penetraram" no território de Israel.
"Ao mesmo tempo, iniciamos a formação ofensiva e esta continuará sem reservas e sem tréguas até atingirmos os objetivos. Restauraremos a segurança aos cidadãos de Israel e venceremos", concluiu.
Israel contra-ataca e diz que "centenas de terroristas" foram mortos
Um oficial militar israelita disse este domingo que "centenas de terroristas" foram mortos desde sábado e dezenas deles capturados, no âmbito dos combates com militantes do Hamas em Gaza e no sul de Israel.
O contra-almirante Daniel Hagari falou hoje aos jornalistas, mais de 24 horas depois de o grupo militante palestiniano ter lançado um ataque sem precedentes contra Israel, matando centenas de pessoas e sequestrando outras, enquanto eram lançados milhares de foguetes a partir de Gaza.
Israel está a combater militantes no sul do país e a lançar ataques aéreos em Gaza que destruíram edifícios.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Exército lança ataque contra casa de chefe dos serviços secretos do Hamas
O Exército israelita lançou um ataque aéreo contra a residência, na Faixa de Gaza, do chefe dos serviços secretos do Hamas, no âmbito dos bombardeamentos de retaliação, após o ataque de sábado do movimento islâmico.
Nas últimas horas, Israel tem tido como alvos altos cargos da organização, que empreendeu um ataque sem precedentes contra Israel.
"Os aviões de combate atacaram uma infraestrutura militar localizada na residência do chefe do departamento de inteligência da organização terrorista Hamas", informou o Exército israelita nas redes sociais, sem acrescentar mais informações.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram também ataques noturnos contra 10 infraestruturas operacionais, duas sucursais bancárias e um armazém de armas.
Algumas horas antes, as FDI haviam explicado que, "depois da avaliação da situação, foi decidido emitir uma ordem de encerramento de uma zona militar na região da Divisão de Gaza", acrescentando que "entrar na zona está estritamente proibido" e pedem à população para estar atento e não entrar nos lugares.
Exército diz que atacou sul do Líbano em resposta a disparo
A artilharia israelita atacou este domingo o sul do Líbano em resposta a um disparo proveniente dessa zona, anunciou o exército de Israel.
"A artilharia israelita está a atacar a zona do Líbano de onde foi disparado um tiro", referiu o exército num comunicado publicado às 07:30 horas locais (05:30 em Lisboa).
O Hamas e outros movimentos palestinianos envolvidos na luta armada contra Israel estão estabelecidos no sul do Líbano.
O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
Liga Árabe agenda reunião urgente para esta semana
O rei Mohamed VI de Marrocos, país que assume a presidência do Conselho da Liga Árabe, convocou este domingo uma reunião "urgente" desta organização para esta semana, na sequência do ataque lançado no sábado pelo grupo islâmico Hamas contra Israel.
O monarca convocou uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros árabes para "concertar e coordenar, após a deterioração da situação em Gaza e o desencadeamento de ações militares contra civis, e para encontrar meios de travar esta grave escalada", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino.
A mesma fonte acrescenta que atualmente existem "discussões intensas" para a realização desta reunião esta semana na sede da Liga Árabe, no Cairo.
Presidente iraniano falou com os líderes do Hamas e da Jihad Islâmica
O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, manteve hoje conversações telefónicas separadas com os líderes dos movimentos armados palestinianos Hamas e Jihad Islâmica, um dia após o Hamas ter lançado uma grande ofensiva contra Israel, segundo a agência noticiosa oficial Irna.
"O Presidente Raissi falou ao telefone com o secretário-geral da Jihad, Ziad al-Nakhala, sobre a evolução da situação na Palestina", e depois com "o chefe do gabinete político do movimento de Resistência Islâmica Hamas, Ismail Haniyeh", indicou a Irna.
Diário de Notícias | Lusa
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