Zelensky diz em Bruxelas que "sobreviver no inverno é o maior desafio" dos ucranianos
Stoltenberg quer "mobilizar mais apoio para a Ucrânia", tal como "defesa aérea, artilharia e munições".
O presidente Ucraniano Volodymyr
Zelensky participa esta manhã, quarta-feira, na reunião do grupo de contacto
para a defesa da Ucrânia, na sede da Aliança Atlântica,
A reunião acontece num momento crucial, em que a Ucrânia, que precisa concentrar as atenções dos aliados nas suas capacidades de defesa, numa altura em que o ataque do Hamas a Israel será um tema incontornável nas discussões durante estes dois dias, em Bruxelas.
No entanto, nas primeiras declarações à entrada para a reunião, alguns ministros já marcaram a sua posição, dizendo que esta discussão é centrada na Ucrânia, e que o tópico principal é centrado na ajuda a Kiev.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg afirma que "é preciso mobilizar mais apoio para a Ucrânia", nomeadamente, em relação "à defesa aérea, a artilharia e as munições".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky afirma que se trata de um apoio essencial para enfrentar as consequências da guerra durante o inverno, que é uma das "prioridades para a Ucrânia".
Para Volodymyr Zelensky, as questões que se colocam são "como avançar, como defender e como sobreviver durante o próximo inverno", reconhecendo que este "é um dos maiores desafios, mas, de qualquer forma, estamos a preparar-nos, estamos prontos e agora precisamos do apoio dos líderes".
Mas o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg sublinhou à entrada para o encontro, que a ajuda a Kiev não está em causa. "Estaremos ao vosso lado, daremos apoio à Ucrânia, porque isto é realmente importante para toda a NATO", vincou Stoltenberg.
Para quinta-feira está prevista uma discussão com o ministro israelita da Defesa, sobre os ataques do Hamas a Israel, já condenados pelo secretário-geral da NATO.
Dando como exemplo os primeiros dias da invasão russa à Ucrânia, Volodymyr Zelensky sugeriu aos lideres para não abandonem "as pessoas de Israel".
"Era muito importante não estar sozinho. Muito importante. E pode ajudar a salvar vidas, se as pessoas da vossa nação o fizerem. Por isso, recomendo aos líderes que se desloquem a Israel e que apoiem as pessoas, não estou a falar de nenhuma instituição, mas apenas de apoiar as pessoas que foram vítimas de ataques terroristas e que estão a morrer", afirmou.
Esta reunião em Bruxelas será também a primeira em que participa o novo ministro ucraniano da Defesa, Roustem Oumerov que, no início de setembro, sucedeu a Oleksy Reznikov.
*João Francisco Guerreiro, correspondente da TSF em Bruxelas
* Título PG
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