quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Portugal | MARCELO SINCERO OU PROCURA REDIMIR-SE? O MAL ESTÁ FEITO...

Marcelo revela que tem um "favorito" entre os socialistas: "Era o doutor António Costa"

Cláudia Alves Mendes | TSF

O chefe de Estado reconhece no primeiro-ministro demissionário "um prestígio europeu excecional" e assegura que Costa tem "condições" para liderar o Conselho Europeu.

Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta quinta-feira que tem estado a acompanhar as eleições no PS e revela que tem um "favorito" entre os socialistas: "Era o doutor António Costa."

Questionado pelos jornalistas à margem do Natal dos Hospitais, em Alcoitão, Marcelo Rebelo de Sousa rejeita comentar a atual situação política, sublinhando que terá de ser "Presidente com qualquer um dos primeiros-ministros".

"Um daqueles candidatos virá a ser líder do PS e, sendo líder do PS, pode vir a ser primeiro-ministro de Portugal. Passa a haver dois principais candidatos a primeiro-ministro de Portugal, que é o líder do PS e o líder do PS", destaca.

Ainda assim, perante a insistência dos jornalistas, o chefe do Executivo reconhece que a sua preferência recai sobre António Costa: "Era minha preferência ele ter ficado."

Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que a demissão de Costa foi uma decisão pessoal e que era "impossível" demovê-lo dessa ideia.

"Como é que se dissuade uma pessoa que tem uma convicção muito profunda de que aquilo era a única saída correta? Era impossível", atira, acrescentando que o mesmo afirmou que, sabendo o que sabe hoje, "provavelmente tomaria a mesma decisão".

O chefe de Estado reconhece no primeiro-ministro demissionário "um prestígio europeu excecional" e assegura que este "condições" para liderar o Conselho Europeu.

"[António Costa] tem condições para vir a ser presidente do Concelho Europeu", aponta, vincando que se daqui a dois anos não tiver assumido estas funções, o primeiro-ministro seria também um bom sucessor para Belém.

Para a sucessão de António Costa na liderança do PS, estão já no terreno três candidaturas: a do ex-secretário-geral adjunto e atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a do deputado socialista e ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação Pedro Nuno Santos, e a do dirigente Daniel Adrião.

Imagem: © AFP

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