sexta-feira, 17 de março de 2023

Os presos políticos saharauis, consequência das violações dos Governos de Espanha

Carta ao Ministro das Relações Exteriores da Espanha

Exmo. Senhor Ministro:

Mais uma semana, como todas as segundas-feiras há dois anos, os membros do Movimento dos Presos Políticos Saharauis (MPPS) voltam a reunir-se perante este Ministério dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação para exigir o respeito e a defesa dos Direitos Humanos dos políticos saharauis prisioneiros que estão detidos em prisões marroquinas, longe de sua pátria, o Saara Ocidental, e que foram injustamente condenados por meio de confissões extraídas sob tortura e julgamentos simulados sem garantias processuais. E exigimos também a protecção da população saharaui que sobrevive na prisão ao ar livre em que se transformou o Sahara Ocidental ocupado por Marrocos.

Se as autoridades competentes do nosso país - o poder administrativo de jure do Território Não Autónomo do Sahara Ocidental - não cuidarem, não quiserem cuidar, desta tarefa humanitária, faremos a nossa voz, as nossas reivindicações, a dos presos políticos saharauis e a do povo saharaui em geral às organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e mesmo à Organização das Nações Unidas. Mas não é por isso que deixaremos de insistir junto às autoridades competentes da Espanha.

Talvez os governantes espanhóis tenham esquecido o que significavam prisões e presos políticos em nosso país durante a ditadura de Franco, quanta dor e sofrimento. Neste país de memória fraca, promessas não cumpridas e traições repetidas, recorde-se que a responsabilidade de proteger os legítimos direitos da população saharaui foi publicamente assumida pelo então Príncipe de Espanha e Chefe de Estado interino, Juan Carlos de Borbón,  exatamente a 2 de novembro de 1975, em El Aaiún, capital do que ainda era o Saara Ocidental espanhol. Com a 'Marcha Verde' no horizonte e com  Franco Morrendo, o homem que apenas 20 dias depois (22 de novembro) seria proclamado rei da Espanha fez uma viagem surpresa para justificar-se perante os militares estacionados no Saara Ocidental.

No Casino Militar e perante o Ministro do Exército, o Chefe do Estado-Maior General, o Capitão General das Ilhas Canárias e o governador militar do Saara -entre outras personalidades que atestaram a relevância do ato-, que naqueles momentos decisivos na história da Espanha como Chefe de Estado declararam publicamente:

“Queria assegurar-vos pessoalmente que tudo o que for necessário será feito para que o nosso Exército mantenha intacto o seu prestígio e a sua honra. A Espanha cumprirá seus compromissos e tentará manter a paz, dom preciso que devemos preservar. Nenhuma vida humana deve ser ameaçada quando soluções justas e desinteressadas são oferecidas e a cooperação e o entendimento entre os povos são buscados com entusiasmo.

“Devemos também proteger os direitos legítimos da população civil saharaui, porque a nossa missão no mundo e a nossa história o exigem de nós ”.

Quatro horas depois, o Chefe de Estado interino voltou a Madri. Depois de um mês e meio, a última companhia da Legião deixou El Ayoun; e em 28 de fevereiro de 1976, a bandeira espanhola foi hasteada no Saara.

Como  apontou  o jornalista Fernando J. Muniesa  ( Diario16 , 22/02/2016), as palavras de Juan Carlos de Borbón  em El Aaiún foram repetidamente lembradas, mas o monarca nunca as ouviu diretamente até 31 de março de 2009. Nesse dia ele estava na Universidade de Alcalá de Henares precisamente a presidir à entrega do Prémio Rei de Espanha dos Direitos Humanos, e o que menos esperava era que a mulher que se aproximava para o cumprimentar vestida com uma melfa (traje tradicional saharaui) lhe  dissesse: “Majestade, sou saharaui e recordo-me perfeitamente quando visitou a minha cidade natal, El Ayoun, em novembro de 1975. Vossa Majestade prometeu que defenderia os legítimos direitos do povo saharaui. No entanto, o povo saharaui continua à espera que essa promessa se cumpra, continuamos a sofrer as consequências dessa promessa que não foi cumprida”.  Tratava-se de  Zahra Ramdán , presidente da Associação das Mulheres Saharauis em Espanha (AMSE). Zahra  lembra que o rei ouviu e ficou em silêncio...

MUITOS CASOS DE POLÍCIA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Agora é oficial, Teixeira Cândido faz da defesa do lixo mediático o combate da sua vida. O presidente do Sindicato dos Jornalistas vive bem com os atentados à honra e ao bom-nome dos cidadãos. Está de acordo com a especulação desenfreada. Sabe que um crime de abuso de liberdade de Imprensa é antes do mais um crime contra o jornalismo, mas aplaude. 

Teixeira Cândido passou-se para o lado dos falsos jornalistas. A vitória do lixo mediático significa a destruição da credibilidade do Jornalismo Angolano que já foi uma actividade séria e a sério. A vitória deste jornalismo de sarjeta é enlamear pessoas e instituições. Teixeira Cândido fica feliz nessa trincheira e põe ao peito essa medalha.

O falso jornalista tem-se numa conta tão elevada que considera os pasquins e as “redes sociais” pagos com dinheiros sabe-se lá de quem como “imprensa independente” e a sua missão nesse grandioso combate é a democratização. 

Estes pândegos acham que os jornalistas podem ser tudo neste país. É por isso que depois, quando chega a hora de fazerem o que lhes compete, notícias, reportagens, entrevistas, não são nada.

Teixeira Cândido sabe pouco destas coisas porque optou por ser falso jornalista e viver à custa dessa falsidade. Os ódios dessa gente contra Angola só serão apaziguados quando regressarem os colonialistas às costas da associação de malfeitores UNITA. Jamais perdoarão ao MPLA ter derrotado o colonial-fascismo. Ter liquidado o poder branco. Ter resgatado a honra e a dignidade de todo um povo. 

O presidente do Sindicato dos Jornalistas larga um bafo mais velho que a mais velha profissão do mundo. Está vendido a ideias e tempos que já não voltam. Hipotecou-se aos donos de sempre. Um homem com dono vale apenas aquilo que o dono quiser que ele valha. 

Teixeira Cândido não tem legitimidade para falar de democracia nem de nada que tenha a ver com o nosso regime. Porque não pôs nem um simples prego na construção do nosso país. Andou sempre voando sobre os ninhos dos cucos e quando lhe dão uma oportunidade, vira sanguessuga e enche a pança.

O apoio do presidente do Sindicato dos Jornalistas às suas redes sociais de estimação e aos seus pasquins infectos é um exercício despudorado de demagogia. A classe não precisa disso. Num momento em que a credibilidade do Jornalismo e dos jornalistas caiu na lama, apoiar falsários, manipuladores, mentirosos e vendidos é arrastar todos os profissionais para o lixo. Ninguém tem esse direito.

Enquanto o jornalismo de sarjeta ganha asas e voa alto, Ismael Mateus anda a dar formação no Bengo sobre “gabinetes de crise” e truques de comunicação. Assim se brinca com toda uma classe profissional e se ajuda ao bloqueio político provocado pela UNITA com a bipolarização que até agora deu zero. 

A tal frente patriótica unida só serviu para acomodar uns quantos oportunistas e quem ficou fora dos tachos já começa a rosnar vinganças e ameaça cobrar aos enganadores. Vamos ver o que acontece nos próximos capítulos. Adalberto, Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes que se cuidem. Um dia podem ter de pagar caro as aldrabices e as falsas promessas.

SANÇÕES DÃO FALÊNCIAS EM CATADUPA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O estado terrorista mais perigoso do mundo impôs sanções â Federação Russa e exigiu que todos os seus vassalos cometessem o mesmo crime. O objectivo era por os russos de joelhos, semear a fome no país, estimular revoltas de rua ou mesmo armadas. Um ano depois o balanço é verdadeiramente empolgante. Os bancos nos EUA vão à falência como quem se despede da vida. A inflação sobe sem parar. Os preços dos bens essenciais atingem números proibitivos. Para animar o baile, Joe Biden e sua quadrilha “desnatam” biliões à custa dos nazis de Kiev e engordam o tráfico der armas como nunca se viu. Porque o armamento destinado à Ucrânia fica nas mãos das mafias organizadas.

Um míssil hipersónico rebentou com o comando secreto da OTAN (ou NATO) em Kiev e ninguém deu um ai. Nem notícia de um parágrafo. Nem uma imagem. Nada. Helicópteros e tanques fornecidos pelo ocidente alargado entraram em território ucraniano e foram queimados na hora. Um festival de fogo deixou todo o armamento em cinzas. Só um canal de televisão chinês passou as imagens. A censura tem muitos tentáculos e o ocidente alargado é perito a censurar, manipular, intoxicar, mentir descaradamente. 

O poderoso banco Credit Suisse está nas lonas. Perdeu 24 por cento de valor em bolsa mas chegou a perder mais de 30 por cento. Um “crash” como falam os brancos finos alinhados com o estado terrorista mais perigoso do mundo. Falindo o gigante suíço vai tudo na enxurrada. As bolsas dos países da União Europeia perderam mais hoje do que as bolsas dos EUA na Grande Depressão (1929-1939). Uma tragédia financeira. Lágrimas de cifrões escorrem das letras douradas das instituições financeiras na Europa falida. 

Só em Lisboa a Bolsa perdeu hoje 1,4 mil milhões de euros! António Costa vai ficar sem receber até final do mandato. Deputados e deputadas ficam na miséria. Só lhes resta a droga e a prostituição. Os patrões analfabetos e ignorantes vão para França viver nos bidonville e trabalhar como ajudantes de pedreiros. A inflação está descontrolada, Os preços dos bens essenciais subiram mais alto do que o “drone” norte-americano que caiu no Mar Negro. Na Ucrânia vai tudo à vida com os mísseis da Federação Russa. Em Portugal desmorona-se tudo só com o efeito contrário das sanções impostas à Federação Russa.

Biden e Úrsula von der Leyen gabaram-se em Washington de que tinham conseguido superar o problema da energia. O estado terrorista mais perigoso do mundo forneceu o dobro do gás que estava previsto. O problema é que venderam o produto por quatro vezes mais. Tudo falido. A banca está por terra. A indústria está com falta de ar e muita tosse convulsiva. As grandes superfícies da distribuição roubam à mão armada. A civilização ocidental está a dar as últimas. E os russos, dizem os “analistas” internacionais, perderam a guerra. 

EUA-UE | A revolução colorida está em marcha: o que está acontecendo na Geórgia?

Os ativistas apoiados pelo Ocidente, que saíram às ruas com bandeiras da UE contra o projeto de lei dos “agentes estrangeiros”, estavam na verdade marchando contra a versão georgiana de uma lei promulgada pelos EUA em 1939.

Erkin Öncan | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

A Geórgia experimentou dias históricos esta semana - novamente. Protestos antigovernamentais foram realizados em todo o país, especialmente na capital Tbilisi, e violentos confrontos ocorreram com as forças de segurança.

Foi notável que os ativistas cantaram slogans anti-russos junto com slogans antigovernamentais e usaram as bandeiras dos Estados Unidos, da União Européia e da Ucrânia.

O gatilho para todas essas ações foi o projeto de lei “Sobre a transparência da influência estrangeira” adotado pelo parlamento georgiano. A lei estipula que as organizações que recebem mais de 20% de seus fundos no exterior serão registradas como “agentes estrangeiros” ou enfrentarão multas pesadas.

Quando essa lei foi aprovada, a presidente Salome Zurabishvili estava nos Estados Unidos e anunciou que era contra a lei, estava do lado dos ativistas e a vetaria.

Enquanto os ativistas marchavam contra a lei sob os slogans “Não à lei russa”, o Coletivo Ocidental reagiu rapidamente à lei em questão. O alto representante da UE, Josep Borrell, disse que a lei é “incompatível com os valores da UE e com a meta da Geórgia para a UE”.

OS EUA E A UE ESTÃO SEMEANDO SÉRIA DISCÓRDIA POLÍTICA NA SÉRVIA

A questão do Kosovo será resolvida em outro conjunto de circunstâncias geopolíticas, que se concretizará após o fim do conflito entre o Coletivo Ocidente e a Rússia.

Tatiana Obrenovic | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Este artigo é baseado no artigo e em um vídeo complementar de um renomado jornalista sérvio Nikola Vrzic para RT Balkans. Fica aqui traduzido e minimamente adaptado para a devida tradução das referências culturais.

Antes de ser insignificante, Federica Mogherini costumava ser o que Joseph Borell é hoje. Ela costumava expressar seu otimismo da mesma forma que Joseph Borell está fazendo agora, e os mesmos são seus pagadores, que o oficial Belgrado e Pristina logo chegarão a um acordo exigido por aqueles (corruptos) pagadores deles. Tem a ver com o acordo, que Mogherini não parava de anunciar, que deveria resolver todas as questões em aberto, incluindo o reconhecimento do Kosovo. O cronograma é bastante ambicioso – comentou o portal do jornal alemão Deutsche Welle na ocasião, porque Federica Mogherini esperava o sucesso, nos próximos meses, até o final do ano, enfim.

No espírito do mesmo entusiasmo, Hashim Thachi , que costumava liderar Kosovo na época da mesma forma que Albin Kurti está fazendo agora, costumava enviar uma mensagem de que o momento certo para um acordo juridicamente vinculativo entre Kosovo e a Sérvia é o certo. agora, e então, que o principal objetivo desse acordo era (é) o reconhecimento de Kosovo pela Sérvia e sua adesão à UE, OTAN e ONU. O prazo acima mencionado até o final do ano expirou no final daquele ano de 2019 (não esqueçamos), Hashim Thaci está na prisão agora. Federica Mogherini ainda não está na prisão, mas entregou sua renúncia ao cargo de membro do conselho de uma organização não governamental fortemente envolvida na corrupção Qatar-gate escândalo, que durante meses sacudiu a jaula de Bruxelas. Ainda estamos para ver o que vai sair disso.

FALAR DE PAZ? O QUE É QUE É ISSO?

Daniel Pinéu: “Deixámos literalmente de falar de paz, fomos normalizando que a guerra é normal e desejável"

Olá,

Lê-se e ouve-se sobre uma vitória da Ucrânia contra a invasão russa, mas pouco se reflete sobre o que significa, e principalmente como se chega a uma solução política que ponha fim a uma guerra que já causou milhares de mortos e milhões de refugiados. Não há uma estratégia para negociações e uma solução militar parece cada vez mais improvável. Entretanto, os números de civis mortos sobem todos os dias, ao mesmo tempo que se registam crimes de guerra e violações dos direitos humanos.

Entretanto, a Europa rearma-se, o militarismo político entranha-se socialmente e as retóricas radicalizam-se, transformando o conflito regional num combate entre civilizações e sistemas político-ideológicos: a NATO contra a Rússia. Além de isolar o espaço euro-atlântico do resto do mundo, onde grassa a indiferença sobre o conflito, é um discurso “perigoso a vários níveis: prolonga muito mais o conflito, torna-o mais intratável, torna a solução política menos provável, torna o tipo de concessões a serem feitas mais difíceis”, analisa em entrevista ao Setenta e Quatro Daniel Pinéu, professor de Relações Internacionais no Colégio Universitário de Amsterdão, na Holanda, e comentador na SIC.

"DECLARAÇÕES LAMENTÁVEIS". DEFESA DE MARINHEIROS CRITICA GOUVEIA MELO

O advogado dos 13 militares que recusaram embarcar no navio Mondego lamentou que estes tenham sido "enxovalhados perante todo o país".

Paulo Graça, um dos advogados dos 13 militares que se recusaram a embarcar no navio Mondego, condenou, esta sexta-feira, as “declarações lamentáveis” do chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo.

O almirante, recorde-se, considerou ontem que se tratava de um caso de “gravidade muito grande” e que a Marinha “não pode esquecer, ignorar, ou perdoar os atos de indisciplina”.

Questionado pela SIC Notícias, antes da chegada dos militares ao Aeroporto de Lisboa, sobre como descreveria as declarações de Gouveia e Melo, Paulo Graça foi taxativo: “Lamentáveis”.

"A comparação do que se passou com a Revolta na Bounty é perfeitamente lamentável. O que se passou nada tem a ver com a Revolta na Bounty. É bom que os portugueses saibam", disse.

"Acho também lamentável que, em praça pública, estes homens - que são pais de família e alguns deles condecorados e com muitos anos na Marinha - tenham sido enxovalhados perante todo o país, sem serem sequer previamente ouvidos", acrescentou ainda.

No entanto, segundo o advogado, o “estado moral” dos militares é “muito bom”, apesar de existir a “possibilidade” de suspensão, “tendo em conta a repercussão pública que a Marinha deu a este caso”.

O NRP (Navio da República Portuguesa) Mondego não cumpriu no sábado à noite uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha do Porto Santo, na Madeira, porque 13 dos militares da guarnição (quatro sargentos e nove praças) se recusaram embarcar por razões de segurança.

Entre as várias limitações técnicas invocadas pelos militares para se recusarem a embarcar no navio constava o facto de um motor e um gerador de energia elétrica estarem inoperacionais.

A Marinha confirmou que o NRP Mondego estava com "uma avaria num dos motores", mas referiu que os navios de guerra "podem operar em modo bastante degradado sem impacto na segurança", uma vez que têm "sistemas muito complexos e muito redundantes".

Márcia Guimaro Rodrigues | Notícias ao Minuto | Imagem: © Marinha Portuguesa

Leia em Notícias ao Minuto:

Gouveia e Melo admite descontentamento com o estado dos navios da Marinha

QUEM QUER UM ALMIRANTE MANIPULADOR E ABSOLUTO PARA PR EM BELÉM?

O QUE VÊEM OS SEUS OLHOS, ALMIRANTE?

Manuel Molinos* | Jornal de Notícias | opinião

Mais do que dirigir-se às suas tropas, o almirante Gouveia e Melo pretendeu falar ao país. Quem manda sou eu, eu é que decido, não admito tentativas de insubordinação, de desobediência, de indisciplina. Se o barco está podre, mas navega, então navegue-se.

Esta é a conclusão que se pode retirar das intervenções públicas do chefe do Estado-Maior da Armada a propósito do caso dos quatro sargentos e nove praças que se recusaram a embarcar numa missão de acompanhamento de um navio russo, por considerarem que não existiam condições de segurança para a efetuar.

Independentemente da legitimidade da reprimenda aos militares e do evidente exercício da sua autoridade, resta saber se esta postura contribui mais para a unidade e confiança militar ou mais para uma possível candidatura presidencial.

É evidente que as palavras duras do almirante, assim como a decisão rápida de afastar aqueles militares da guarnição onde estavam inseridos, caem bem na maioria da opinião pública portuguesa, numa altura em que o país assiste ao descontrolo de vários setores vitais da sociedade, que navegam à vista, como a saúde, a educação, os transportes, a habitação, entre outros.

Mas mais importante do que uma ensaboadela pública aos seus marinheiros, não era pior saber em que estado está de facto a frota da Marinha. Olhos nos olhos, tal como Gouveia e Melo fez ao puxar as orelhas aos seus militares. É que há denúncias de um cemitério de corvetas, fragatas e navios inoperacionais há muito tempo. Além de motores avariados, peças danificadas, etc. E o Governo anunciou que vai gastar 39 milhões de euros em reparações. Dinheiro que é de todos os portugueses.

Sobre o estado da arte, Gouveia e Melo diz que faz o seu trabalho no "silêncio dos gabinetes". Já sobre os seus homens, o almirante prefere castigar "olhos nos olhos"... de todos os portugueses.

*Diretor-adjunto

Imagem: Almirante Melo, em Expresso / Homem de Gouveia

GREVE EM SERVIÇOS PÚBLICOS DO PORTUGAL "XUXIALISTA" DE COSTA E PS

Greve na função pública fecha muitas escolas e deixa hospitais em mínimos

A adesão à greve desta sexta-feira na função pública está a ser elevada, com muitas escolas encerradas e hospitais a funcionar em mínimos, segundo a Frente Comum, que convocou a paralisação.

"A esta hora ainda não há muitos dados concretos, mas a informação que temos é que os hospitais estão a cumprir os serviços mínimos, nomeadamente nos internamentos e urgências. Algumas escolas estão encerradas e uma Loja do Cidadão no Porto está encerrada", disse aos jornalistas o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, pouco depois das 9 horas.

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O sindicalista, que falava aos jornalistas junto à entrada do edifício da Segurança Social em Lisboa, sublinhou que esta adesão "mostra o descontentamento dos trabalhadores" com toda a situação laboral.

"No turno da noite houve uma adesão quase total nos resíduos sólidos um pouco por todo o país, com os hospitais a trabalhar em serviços mínimos, com muitas consultas fechadas, blocos operatórios com cirurgias adiadas a realizar só os serviços urgentes", referiu.

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL.... QUEM DIRIA?

"Super Adán" e "golo de loucos". A exibição do Sporting na imprensa internacional

A exibição memorável dos leões em Londres foi muito elogiada pela imprensa estrangeira.

O Sporting viveu na quinta-feira à noite uma das noites mais memoráveis em provas europeias, ao eliminar o Arsenal, líder da Liga inglesa, no desempate por grandes penalidades, num jogo marcado por um golaço de Pote e por uma enorme exibição do guarda-redes Adán.

A imprensa internacional não ficou indiferente ao grande feito dos leões, que assim estão nos quartos de final da Liga Europa, e os elogios sucederam-se.

"SuperAdán trava Arsenal e coloca os Sporting nos quartos de final da Liga Europa", escreveu o jornal espanhol Marca, nao esquecendo o golaço de Pote: "O que foi isto? Pedro Gonçalves decidiu fazer o golo da temporada em Londres. O médio empatou um jogo com um tiro a mais de 50 metros que desnorteou o Arsenal."

BISPOS CÚMPLICES DA PEDOFILIA, CORRIDA A BELÉM DITA POR "UM SABÃO" ...

Os bispos que “sabem muita coisa” sobre abusos, Marques Mendes avalia candidatura a Belém e o fantasma da crise: o Expresso nas bancas

Paula Santos, diretora-adjunta | Expresso

Bom dia!

Começo pelas palavras que marcam esta edição do Expresso já nas bancas: “os senhores bispos sabem que nós sabemos que eles sabem muita coisa”.

A citação, a fazer lembrar outra frase de Maria José Nogueira Pinto que ficou célebre na política portuguesa, é de Daniel Sampaio, psiquiatra e membro da Comissão Independente que estudou os abusos sexuais na Igreja Católica.

Em entrevista ao Expresso, Daniel Sampaio admite que não encontrou empatia na reação da Conferência Episcospal perante os dados do relatório e diz que existe uma cisão na Igreja entre quem rejeita a mudança e quem procura a renovação.

É uma reflexão para ler nas páginas do seu jornal, com versão mais completa no Podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”.

Sobre o andamento do processo que envolve os testemunhos recolhidos pela comissão, fique ainda a saber que apenas 13 padres, entre cerca de uma centena de denuncias, já foram investigados pela hierarquia da Igreja.

O tema está em destaque na primeira página do seu jornal onde não faltam outras manchetes.

Marques Mendes abre a porta a uma candidatura à presidência da República. O momento político é prematuro para uma decisão que o comentador da SIC e ex-presidente do PSD não quer antecipar, mas Mendes admite que essa avaliação vai estar em cima da mesa no final do ano que vem. Ana Gomes também não afasta a possibilidade. Ideias trocadas por ocasião dos 50 anos do Expresso no podcast “Liberdade para Pensar”.

Há cada vez menos militares na MarinhaO número de efetivos tem vindo a diminuir. O problema não é novo mas ganhou visibilidade numa semana marcada pela polémica e pelas acusações de indisciplina de 13 militares. O Chefe do Estado-Maior da Armada só teve conhecimento do motim quando a punição já era inevitável.

E há cada vez mais portugueses a recorrer a lares ilegais sem condições para os seus familiares, por causa da subida dos preços. Nos últimos 3 anos, os valores das mensalidades subiram quase 20% a nível nacional, o que se tornou incomportável para muitas famílias. É o retrato de um país envelhecido sem politica para a velhice.

A crise chegou ao comércio. Há 18 lojas a fecharem por dia em Portugal e entre novembro e janeiro os encerramentos praticamente triplicaram em comparação com o ano passado.

25 blocos de partos vão ser alvo de obras. A renovação vai custar 20 milhões de euros e arranca ainda este ano.

Cimenteira na ArrábidaSecil quer alterar a lei para ampliar a pedreira. O atual regulamento do parque natural proíbe a expansão.

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