ROBERT BILLYARD | History's Parrot, em Substack | # Traduzido em português do Brasil
A Terceira Guerra Mundial está se transformando em uma sequência da Segunda Guerra Mundial. O fascismo metastatizou-se e pode haver um toque de finalidade nele. O que as bombas não matarem será o inverno nuclear.
“Os países da NATO estão a discutir a possibilidade de implantar mais ogivas nucleares e colocá-las em prontidão de combate como factor de dissuasão, disse o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
“Não entrarei em detalhes operacionais sobre quantas ogivas nucleares deveriam estar operacionais e quais deveriam ser armazenadas, mas precisamos consultar sobre essas questões. É exatamente isso que estamos fazendo”, disse Stoltenberg ao jornal The Telegraph no domingo.
Stoltenberg acrescentou que a China está a investir ativamente no seu arsenal nuclear, que crescerá para 1.000 ogivas no início da década de 2030.
“E isso significa que num futuro não muito distante a NATO terá algo que nunca enfrentou antes, que são dois adversários potenciais com energia nuclear – a China e a Rússia. É claro que isso tem consequências”, disse ele.” — Defend Democracy Press
Aqueles de nós que vivem na Fortaleza da América do Norte têm uma existência muito complacente. Acreditamos que as guerras e os acontecimentos do outro lado do mundo têm pouco ou nenhum efeito nas nossas vidas. O mundo está agora mais integrado, mais vulnerável e frágil do que nunca, e posso assegurar-vos que sim.
Quantos de vocês têm familiares e amigos que vivem na Europa? Sim, e estou a ficar muito preocupado com a loucura de Jens Stotlenberg como principal responsável pela OTAN nas guerras de Washington.
Stoltenberg é o mentiroso-chefe ao fazer as suas afirmações ridículas que a NATO defende a paz; quando é coreógrafo global da ambição delirante do império de hegemonia global total. Seu mandato acaba de ser prorrogado pela terceira vez; provavelmente porque nenhuma pessoa sã aceitará o trabalho. Curiosamente, a vice-primeira-ministra e ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland, foi, há alguns anos, apontada como a sua possível sucessora.
Stoltenberg é um autômato para a guerra. Para ele, a NATO é a pacificadora num mundo maligno, com inimigos debaixo de cada rocha e árvore. Na verdade, o inverso é verdadeiro. A NATO é o maléfico belicista imperialista num mundo refém das suas guerras e da depravação moral. A OTAN é o agente do caos que trava a guerra por diversão e lucro. Ele é o mercenário, o traidor patético, vendendo sua alma aos espantalhos das guerras estrangeiras e das aquisições sangrentas.
No primeiro parágrafo acima ele diz que irão utilizar “mais” armas nucleares. É claro que já sabemos que o arsenal dos EUA tem mais de 5000 armas e que a Europa está repleta de armas apontadas à Rússia e à China. Sabemos que Obama aprovou uma despesa de um bilião de dólares para actualizar e expandir o arsenal nuclear da América. Sabemos que há megatonagem suficiente para explodir o mundo várias vezes. Também sabemos que as bombas de hoje fazem as bombas de Hiroshima e Nagasaki dispararem ervilhas em comparação com a tecnologia atual.
No segundo parágrafo ele não entrará em “detalhes operacionais”. Ele não precisa, chama-se: Operação Pura Insanidade.
No terceiro, ele aponta a China como o vilão que constrói todas aquelas armas nucleares. Quando na verdade a China é a campeã indiscutível da paz, do progresso e da civilidade. Tal como a Rússia, também não quer a guerra e enfrenta um inimigo insano que está excessivamente investido na guerra e no militarismo e que tem uma satisfação infantil em explodir outros países, e agora o mundo. O inimigo insano dos povos ficou muito estranho, sem amor pela Humanidade, enquanto as bombas estão sendo preparadas para entrega.
No quarto, ele afirma que a NATO enfrenta “ algo que nunca enfrentou”, que é a verdade da sua mentirosa existência fascista travando guerra no mundo.
A Terceira Guerra Mundial está se transformando em uma sequência da Segunda Guerra Mundial, onde o fascismo se metastatizou e pode haver um certo toque de finalidade nele. O que as bombas não matarem será o inverno nuclear.
Já se fala que alguns líderes ocidentais serão acusados de crimes de guerra e a fila aumenta a cada dia.
Já é suficientemente mau que a OTAN covarde tenha usado a Ucrânia como área de preparação, base operacional avançada e proxy para uma guerra contra a Rússia. Onde a OTAN se recusou arrogantemente a negociar as garantias de segurança solicitadas pela Rússia, Putin foi forçado a intervir quando as províncias secessionistas do leste da Ucrânia estavam em guerra civil contra as milícias neo-nazistas ucranianas. Mais de 14.000 civis de etnia russa foram mortos.
A máquina de propaganda ocidental enlouqueceu imediatamente, alegando que esta era a guerra da Rússia, o “imperialismo nu”, onde iriam varrer a Ucrânia e a Europa. Exceto que a Rússia declarou claramente os seus objetivos, limitados à Ucrânia, e chamou-a de Operação Militar Especial (SMO). Com meio milhão de ucranianos mortos e milhões de refugiados que fugiram do país, a guerra está agora perdida:
Não se pode ver que o Ocidente perde uma guerra para o seu bode expiatório e bode expiatório designado, por isso está a escalar para o que poderá ser um confronto nuclear. A NATO não pode “arcar com os custos” de um acordo negociado, uma vez que a Rússia declarou publicamente as suas condições antes do início da guerra e sempre se colocou à disposição para negociações.
A OTAN ficou presa numa guerra que nunca deveria ter acontecido. Arruinou a economia da Europa e os termos de paz bastante razoáveis estão aí para serem assinados. A NATO é demasiado cobarde para aceitar a humilhação que merece. Se tivessem estado abertos à diplomacia, as preocupações de segurança da Rússia poderiam ter sido resolvidas pacificamente em Janeiro de 2022.
Tal como a NATO utilizou a Ucrânia como palco para a guerra contra a Rússia, toda a Europa Ocidental é agora um palco. Realisticamente, essas têm sido as intenções de Washington desde o início - como disse Henry Kissinger, “pode ser perigoso ser inimigo da América, mas ser amigo da América é fatal”. Sempre se afirma que a OTAN é uma aliança de defesa originalmente para dissuadir a agressão da URSS. contra a Europa; exceto que a URSS deixou de existir em 1989. Pouco depois a NATO avançou para as fronteiras da Rússia, anexando países do antigo Pacto de Varsóvia como membros da NATO, baseando-os e instalando bases de mísseis.
Durante décadas, desde a crise dos mísseis cubanos de 1962, a OTAN/EUA mantiveram a Rússia e a China sitiadas com mísseis e bases até às suas fronteiras. 1
A arrogância e a ousadia imprudente da OTAN nascem da sua vontade de usar as populações europeias como escudo humano; apostando que a Rússia poderia capitular em vez de visar a Europa .
O perigo aparente não é a Rússia ou a China, mas sim a OTAN, pois ela investiu muito em militarismo e guerra: a guerra é a única linguagem que ela fala.
A guerra é sempre uma psicose. Na “Fortaleza”, a máquina de propaganda ocidental, a psicose é aguda, pois os belicistas querem desesperadamente mais guerra; a sua histeria desesperada está a convencer-se a entrar na guerra, enquanto o bom senso racional e a diplomacia são assassinados nos corredores escuros do poder.
No mundo real, as populações de todo o mundo estão chocadas com a barbárie que testemunham. Incluindo tanto a Rússia como a China, a ONU e os tribunais internacionais, todos falam pela paz à sua maneira, enquanto a NATO mantém o mundo refém das suas ambições ilusórias. A razão pela qual a China e a Rússia formaram uma aliança tão estreita é para se defenderem contra a beligerância contínua da NATO, que tem o objectivo declarado de destruir ambos os países, de acordo com a Doutrina Wolfowitz de 1992 .
Após a Segunda Guerra Mundial, o fascista norueguês Conde Von Quisling foi julgado e condenado por traição contra seu país. Agora Stoltenberg, um ex-primeiro-ministro (com quem Vladimir Putin, na época, afirma ter tido uma boa relação de trabalho). Agora Stoltenberg está a trair toda a Europa enquanto é cafetão das guerras imperialistas de Washington.
Os versos citados de Auden acima são de um poema em que ele prestou homenagem a um amigo e colega poeta. Também foi escrito na véspera da Segunda Guerra Mundial. Auden acrescentou várias estrofes ao ver a Europa presa na psicose de uma guerra inevitável, tal como estamos hoje, com consequências muito mais devastadoras.
No rescaldo da Segunda Guerra Mundial, havia falcões de guerra em Washington que queriam realizar ataques nucleares tanto contra a URSS como contra a China. Leia mais aqui .
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Por Robert Billyard · Lançado há 2 anos By Robert Billyard · Launched 2 years ago
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