segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Brincadeira Dá Fogo – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os jornalistas produzem mensagens e comunicam. Informação é vida. Sem comunicação os seres vivos não existem, são abaixo de nada. Em Angola temos um problema, há pouca gente que acredita nisto. E os que acreditam, fazem tudo para entregar o sector da comunicação social aos acomodados, quanto mais incompetentes, melhor. Não é um problema de hoje, vem dos primórdios da Independência Nacional. Então como o MPLA ganhou a batalha da informação? Muito simples: Em 1974 e 1975 os jornalistas do movimento exerciam a profissão numa lógica de contrapoder e a Liberdade de Imprensa sem interferências políticas.

A adulteração das mensagens informativas, as redacções únicas, instaladas no perímetro dos serviços secretos do ocidente alargado, a censura em forma de bombardeamentos informativos são problemas da Humanidade e não apenas dos angolanos. Num quadro de catástrofe planetária, Angola é um oásis no que diz respeito à Liberdade de Imprensa. 

Se fizerem questão nisso, posso explicar porquê. Mas basta referir que nunca o Governo Angolano censurou os Media de um país, mesmo dos que faziam parte da coligação mais agressiva e reaccionária que alguma vez se formou na Terra contra Angola: EUA, Zaire, África do Sul racista, Alemanha, França, Reino Unido e na fase da rebelião armada de Jonas Savimbi, a Ucrânia “independente”. Os karkamanos andavam a matar e destruir nas províncias do Cunene, Huíla, Cuando Cubango, Bié, Huambo, Moxico, Benguela e Cuanza Sul. Mas saíam em Luanda notícias do jornal “Século de Joanesburgo” ou mesmo da rádio sul-africana.

Já ninguém no ocidente alargado produz mensagens informativas com conteúdos comunicacionais suportados pelos critérios que as autenticam e legitimam: rigor, actualidade (hoje “quando” ´é o tempo real), verdade dos factos, imparcialidade. Os Media deixaram de ser espaços de liberdade, quando a notícia se tornou uma mercadoria e os jornalistas assalariados de um qualquer patrão que fez fortuna à custa de um conluio criminoso com o Estado. Por isso o nosso sector público da comunicação social é indubitavelmente o mal menor. Onde chegou a Liberdade de Imprensa!

Joe Biden não tem condições físicas e mentais para ser candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata. Mas pode ser Presidente da República. E esse kiambi ambulante visita Angola em Outubro. Cuidado! Se nos morre em casa vai dar uma maka mundial. E tudo indica que o genocida está encaminhado para morrer longe. 

A notícia foi dada com a capa de propaganda. É o primeiro país africano que Biden vai visitar! Já não são capazes de comunicar sem manipular. Nenhum país africano está disponível para receber os chefes do estado terrorista mais perigoso do mundo. Só mesmo o filho de enfermeiro cai nesse engano de alma. Ajudem-no a chegar a 2027 com dignidade É um dever patriótico porque até final do mandato é o presidente de todos os angolanos.

EUA e União Europeia impuseram censura aos Media da Federação Russa e nem um ai de protesto se ouviu. Angola tornou-se um desafinado megafone da propaganda do ocidente alargado. Quem te viu e quem te vê. Em Londres, Washington, Paris, Bruxelas e Berlim saem uns vómitos de propaganda. As tropas russas não têm botas. Os russos não têm munições, andam a ser municiados pelo Irão e a Coreia do Norte. Os russos não têm combustíveis para as viaturas. Os destinatários acreditam, amplificam e chancelam essas aldrabices. 

Os nazis de Kiev invadiram Kursk e bombardeiam Belgorod, regiões da Federação Russa. Washington, Londres e Bruxelas fingem que não percebem a gravidade destas operações militares. Mas a situação é gravíssima. Moscovo está a desarmar e desnazificar a Ucrânia. E os nazis atacam e ocupam territórios russos!

Como já esqueceram vou lembrar alguns factos históricos. A União Soviética na II Guerra Mundial foi invadida pelos nazis da Alemanha, que mataram 27 milhões de soviéticos. Só nos territórios ocupados, as tropas nazis exterminaram 12 milhões, dos quais sete milhões eram civis. No início da invasão, as “unidades móveis de extermínio” ( Einsatzgruppen) dos nazis fuzilaram judeus soviéticos, membros do Partido Comunista da URSS e ciganos. Em 6 de Dezembro de 1941, a União Soviética lançou uma ofensiva maciça contra o centro da frente de guerra. Os alemães cercavam Moscovo e tiveram de fugir caoticamente. Foi o princípio do fim.

Entre 8 de Setembro de 1941 e 27 de Janeiro de 1944 cercaram Leninegrado. Em Setembro de 1942, os alemães chegaram a Estalinegrado e a Grozny. Foi a mais longa extensão geográfica de dominação alemã na Europa, durante a II Guerra Mundial. Depois de milhões de mortos, o Exército Vermelho desalojou os invasores nazis nas suas Batalhas do Cuito Cuanavale.

 Em 12 de Janeiro de 1945 as tropas soviéticas entraram vitoriosamente na Alemanha nazi. No dia 14 de Abril (o nosso Dia da Juventude Angolana) o Exército Vermelho entrou em  Berlim. Dois dias depois acabou a batalha final da guerra na Europa. Em 2 de Maio de 1945, a BBC interrompeu a emissão normal para anunciar o fim. Um locutor emocionado, apoiado por um edifício sonoro construído com música clássica, leu a notícia: “Berlim caiu. O Marechal Josef Stalin acaba de anunciar a ocupação completa da capital da Alemanha.”

A União Soviética derrotou os nazis quando outros capitularam e hoje enchem o peito no apoio aos nazis de Kiev, inclusive os herdeiros do fascismo português e espanhol. Nesse tempo o país ainda não era uma potência nuclear. Hoje é a maior do planeta. O moribundo Biden, o assassino Blinken, o genocida Austin e toda a criadagem europeia do estado terrorista mais perigoso do mundo estão a brincar com o fogo. Ainda não perceberam que até agora, oficialmente só morrerem ucranianos e russos. Mas a morte toca a todos.

A Ordem dos Advogados vai requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização da Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos porque entende que “fere alguns princípios do Direito e limita o direito à greve e à manifestação”. Aguardemos. Uma coisa é certa, os sicários da UNITA não podem continuar a recorrer ao banditismo para fazer política. Se alguém pensa que estou a apoiar a Lei, está certo. Apoio mesmo, ainda que considere as penas demasiado pesadas.

A TPA anunciou que vai entrevistar, pela enésima vez, um tal Tulinabo Mushingi, representante em Angola do estado terrorista mais perigoso do mundo. Um frete vergonhoso! O filho de enfermeiro está a dar sinais errados a África e ao Mundo.

* Jornalista

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