Artur Queiroz*, Luanda
O Irão tem 90 milhões de
habitantes e 1.648.000 quilómetros quadrados. Israel tem menos de dez
milhões de habitantes e
O Irão é a velha Pérsia e parte da velhíssima Suméria que nasceu 5.000 anos antes de Cristo. Os sumérios inventaram a roda. Começaram a escrever 3.500 anos antes de Cristo. Iraque e Irão continuam sob a mira do estado terrorista mais perigoso do mundo. A Casa dos Brancos quer destruir o berço da dita civilização ocidental. Querem fazer passar a ideia que antes dos EUA, o mundo não existia. Antes de 2017 Angola também não.
Israel nasceu numa noite de bebedeira
entre franceses e britânicos, com vinho tinto e uísque, no final da II Guerra
Mundial, 14 de Maio de 1948. Até eu sou mais velho, mas com e muito mais
esperança de vida. Os vapores etílicos levaram à confusão entre nacionalidade e
religião. Quem é contra o sionismo os judeus. Quem é contra os nazis de
Telavive é “anti-semita”. Quem compara o governo de Telavive ao governo de
Hitler contra os judeus Os nazis de Telavive acabam de proibir a entrada do
secretário-geral da ONU, António Guterres,
A Imprensa nasceu como a mais forte componente da Liberdade de Expressão n o advento do Liberalismo. Os primeiros jornais eram espaços de Liberdade. Os jornalistas eram ao mesmo tempo operários gráficos e ardinas! O Jornalismo tinha uma fortíssima componente doutrinária. Foi assim que nasceu a ideia da Autonomia e Independência de Angola. Graças ao Jornalismo Angolano, designado Imprensa Livre, em oposição ao Boletim Oficial do governador. Pela Autonomia. Pela República. Antero de Quental serviu nas trincheiras do Jornalismo Doutrinário e foi o arauto do Socialismo.
Um dia os conselhos de administração decidiram que a publicidade estava para a vida dos jornais como o vapor estava para as máquinas. Angola resistiu à comercialização da notícia até ao primeiro quartel do Século XX. Mas a Imprensa Livre também sucumbiu com o nascimento do Jornalismo Industrial, cujo marco é o nosso Jornal de Angola, nascido “Província de Angola”, em 16 de agosto de 1923.
A notícia passou a ser uma mercadoria e os jornalistas empregados de balcão. Assalariados de abastados comerciantes, João Martins do Ambriz, Farinha Leitão de Luanda, João Feliciano Pederneira, Pungo Andongo, Feliciano da Silva Oliveira, Cambambe e muitos outros. Cavalheiros da indústria como Jacinto Ferreira da Cruz (FTU) ou banqueiros que só chegaram a Angola em meados do Século XX como Cupertino de Miranda (Banco Comercial de Angola), Manoel Vinhas e António Champalimaud, também industriais. Vinhas era o dono da revista “Notícia” e Champalimaud do diário “O Comércio”.
As notícias são mercadoria. A
saúde é mercadoria. A Educação é mercadoria. A Habitação é mercadoria. O
sistema começou de mansinho, comercializando o direito a informar, informar-se
e ser informado. Depois avançou e confiscaram-nos todos os direitos
fundamentais. Para ninguém dar por isso, puseram a circular que o importante é
lutar pelos “direitos humanos”
Uma grande amiga criticou-me por estar contra a visita de Joe Biden a Angola. E diz, com toda a razão, que o Presidente José Eduardo dos Santos teve relações estreitas com todos os presidentes dos EUA enquanto esteve no poder.
Angola deve ter as portas abertas a todos os países do mundo e seus mandatários. Disso não há qualquer dúvida. No dia 11 de Novembro de 1975, Agostinho Neto disse na Proclamação da Independência Nacional que a República Popular de Angola ia desenvolver relações amistosas com todos os países do mundo. Declarou o Não Alinhamento em relação aos blocos existentes. A diplomacia angolana estabeleceu contactos bem-sucedidos com a Administração Carter.
Até ao genocídio na Palestina,
executado pelos nazis de Telavive, Israel era o sargento mauzão do estado
terrorista mais perigoso do mundo no Médio Oriente. Há um ano tudo se inverteu.
O sargento está na Casa dos Brancos e quem manda são os nazis de Telavive. Quem
está a exterminar palestinos, libaneses e sírios são Joe Biden, Blinken e
Austin. Este trio assassino já matou na Faixa de Gaza, corpos contados, 49.000
seres humanos dos quais mais de 20.000 crianças. O genocida Biden não pode pôr
os pés
Logo nos primeiros dias da Independência Nacional acompanhei às instalações do Malongo, em Cabinda, uma delegação constituída pelo Presidente Agostinho Neto e o ministro Carlos Rocha (Dilolwa). Os dirigentes angolanos conferenciaram longamente com a administração da Cabinda Gulf. Um sector maioritário do MPLA queria que os norte-americanos fossem expulsos, dada a posição dos EUA durante a Guerra Colonial e na Guerra de Transição depois do 25 de Abril de 1974. Neto e Dilolwa pensavam o contrário. Eles tinham que ficar e pagar o Orçamento Geral do Estado. E assim aconteceu.
O genocida Joe Biden não pode pôr
os pés
A esperança de vida em Angola é de 61 anos. Já foi mais baixa. Subiu mas tudo leva a crer que esteja de novo a descer. Quem está na casa dos 60 anos, mais hora menos hora, embarca. A não ser que tenha a sorte de viver duas décadas de borla como eu. Obrigado à vida que me tem dado tanto!
A Venezuela propôs uma conferência internacional parlamentar contra o fascismo. Os nazis começam a ter menos margem de manobra. Mas na Europa continuam a ganhar eleições! Vejam o que aconteceu na Áustria. Os fascistas em Angola estão abrigados na UNITA e na sua “frente patriótica unida”. Nas eleições de 2027 os eleitores têm que mandá-los para o caixote do lixo da História.
* Jornalista
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