terça-feira, 30 de abril de 2024

A IMPOTÊNCIA DE ANTONY BLINKEN -- Patrick Lawrence

Com os EUA incapazes de competir no mercado de VE e desesperados na Ucrânia, o Secretário de Estado viajou para a China para falar em Pequim para o seu público interno.

Patrick Lawrence* | Scheer Post | em Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Tony Blinken esteve na China para a sua segunda viagem como secretário de Estado e o seu terceiro encontro com um alto funcionário chinês. Esta é a nossa notícia enquanto abril caminha em direção a maio.

Devo dizer que é uma situação mais estranha do que posso imaginar quando o Departamento de Estado e os meios de comunicação que o administram nos disseram antecipadamente que o principal diplomata da América não conseguirá fazer nada enquanto se prepara para o Congresso do Povo. República.

“Quero deixar claro que somos realistas e perspicazes sobre as perspectivas de avanços em qualquer uma destas questões”, disse um funcionário não identificado do Departamento de Estado ao informar os repórteres na semana passada sobre a agenda de Blinken. É assim que o Estado avisa antecipadamente que o secretário estará desperdiçando o seu tempo e o nosso dinheiro durante os seus encontros em Xangai e Pequim.

O que foi isto senão uma admissão da impotência diplomática do nosso secretário de Estado? Ou quero dizer incompetência? Ou ambos? Afinal, este é o homem que chegou a Israel cinco dias após os acontecimentos de 7 de outubro passado para anunciar: “Venho diante de vocês como judeu”. Esse cara entende de diplomacia ou o quê?

A comunicação social seguiu o exemplo do Departamento de Estado, naturalmente, ao alertar-nos sobre a inutilidade da estada de Blinken na China – isto em ambos os extremos do Pacífico. “Washington é realista quanto às suas expectativas quanto à visita de Blinken na resolução de questões importantes”, disse a CNBC. “Embora seja crucial para manter abertas as linhas de comunicação, é pouco provável que a visita produza grandes avanços”, disse o Japan Times comentou.

Matt Lee, o muito hábil correspondente diplomático da Associated Press (AP), acertou mais do que qualquer um em seu relatório de 22 de abril: O objetivo dos três dias de conversações de Blinken com as principais autoridades chinesas, relatou ele, era ter três dias de conversações com altos funcionários chineses. “O simples facto de Blinken estar a fazer a viagem pode ser visto por alguns como encorajador”, escreveu Lee, “mas os laços entre Washington e Pequim estão tensos e as divergências estão a aumentar”.

Este é o nosso Tony. Como o registro deixa lamentavelmente claro, não há como prever o sucesso quando Blinken embarca em um avião para o grande “lá fora”. Isto é inequivocamente verdade nas suas relações com a extremidade ocidental do Pacífico.

Há uma longa lista de tópicos que Blinken deveria levantar com as autoridades chinesas, entre elas o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi. Taiwan e o Mar da China Meridional, contactos entre militares, aplicações de inteligência artificial, tráfico ilícito de drogas, direitos humanos, comércio: estes são padrões no menu americano quando um funcionário dos EUA se dirige aos seus homólogos chineses.

Este último aspecto é especialmente controverso neste momento, dada a vergonhosa determinação do regime de Biden em subverter as indústrias chinesas com as quais os EUA não podem competir. Com planos para bloquear as importações de veículos elétricos fabricados na China já em andamento, na semana passada o presidente Biden anunciou novas tarifas sobre as importações de aço chinês.

E está agora a “investigar” as indústrias de transporte marítimo e de construção naval da China, o que me parece um prelúdio para ainda mais medidas destinadas a minar os admiráveis ​​avanços económicos da China.

O comércio de diamantes de sangue. O comércio ilegal de “Israel” em África

A indústria diamantífera de “Israel” está pingando sangue. A ocupação israelita está a negociar ilegalmente armas em África com diamantes, uma vez que garantiu a esmagadora maioria dos lucros da indústria diamantífera em vários países africanos, subornando os decisores africanos no processo.

Al Mayadeen | # Traduzido em português do Brasil

Angola | Dos Píncaros da Glória ao Abismo – Artur Queiroz

Otelo Saraiva de Carvalho


Artur Queiroz*, Luanda

Quem ama consente. Quem cala é indecente. Não me calo. Portugal sem o vermelho rubro dos cravos, sem a imensa generosidade de Otelo Saraiva de Carvalho e seus companheiros do Movimento das Forças Armadas é um sítio mal frequentado. A Pátria de meu Pai sem o 25 de Abril mede-se por 50 deputados do partido Chega, racista e xenófobo, 79 da Aliança Democrática, quase todos ressabiados com o MPLA, o PAIGC e a FRELIMO, mais oito da Iniciativa Liberal, filhotes do fascismo. Os colonialistas e fascistas têm tanta força que o Presidente Lula da Silva não participou nas comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos. São a maioria absoluta!

O Presidente Spínola, Mário Soares e a CIA fizeram tudo para afastar o MPLA do processo de descolonização. Sabiam que se conseguissem, Angola nunca seria um país independente. A FNLA foi a aposta para defender os interesses neocolonialistas. A UNITA de nada servia porque lutou contra a Independência Nacional, ao lado dos colonialistas portugueses. Apesar de terem criado a aliança mais agressiva e reaccionária que alguma vez se formou no planeta, desconseguiram. Foram derrotados em todas as frentes!

O líder do MPLA, Agostinho Neto, era tão forte e competente que conseguiu mobilizar o Povo Angolano para a Resistência Popular Generalizada. O Zaire de Mobutu foi derrotado no Norte logo no primeiro embate. Militares zairenses, portugueses, mercenários de várias nacionalidades e oficiais da CIA foram escorraçados desde Kifangondo ao Soyo, do Uíje a Maquela do Zombo, do Ambriz a Banza Congo. As forças armadas sul-africanas e seu biombo UNITA foram esmagados desde o Ebo ao Luena, de Benguela a Namacunde, do Bailundo e Andulo ao Triângulo do Tumpo. No Lucusse, ponto final.

Em 11 de Novembro de 1975 Portugal podia ser um parceiro estratégico para Angola. Tinha massa crítica para nos ajudar a construir um país próspero e moderno, pelo menos durante 50 anos. Tinha mão-de-obra especializada para nos ajudar a criar uma Indústria potente. Experiência e técnica para o desenvolvimento da Agricultura a um nível que desse de comida em abundância sem necessidade de importar. Tinha professores em número suficiente para criar em Angola um sistema de Educação do qual ninguém ficava fora. Portugal, dominado pelos spinolistas, Mário Soares e pela CIA rejeitou essa aliança. Ostensivamente. O governo de Lisboa nem reconheceu a República Popular de Angola em cima da independência!

Angola | A Criada para Todo o Serviço – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Os vencedores do 25 de Novembro de 1975 em Portugal “dispensaram-me” de correspondente em Angola do jornal “Diário de Notícias” alegando que eu não sou pluralista. A carta era assinada por Vítor da Cunha Rego e Mário Mesquita. Respondi pedindo aos signatários para pensarem melhor, porque fui contratado como jornalista e não como pluralista. Não tive resposta.

Além de mim, foram despedidos outros jornalistas, entre os quais Mário Rosendo, Jorge Feio, Luís de Barros e José Saramago. Consideraram os despedimentos ilegais e puseram uma acção contra a empresa. Convidado a fazer parte dos queixosos, não aceitei. Disse que um dia havia de esclarecer tudo com Vítor da Cunha Rego e Mário Mesquita, cara a cara. Há coisas que os Tribunais não podem resolver. Nunca consegui falar com os dois despedidores. Morreram sem que chegasse à fala com eles. A morte resolveu o diferendo. Como escreveu o poeta e mornista cabo-verdiano Eugénio Tavares, se deus é grande o amor é ainda maior.

Antes desse crime contra a liberdade de imprensa, um grupo de jornalistas saiu do Diário de Notícias para fundar o semanário O Jornal. No início eu colaborava a partir de Luanda. Entre os fundadores estavam alguns amigos do peito. Uns anos mais tarde fui surpreendido com uma notícia que me deixou em estado de choque. Publicaram a ficha clínica de Leonor Beleza, então ministra da Saúde do Governo Português. O “material” até incluía dados da última consulta que fez na especialidade de ginecologia. Quis saber como foi possível aquela enormidade. Responderam-me que a publicação foi movida pelo interesse público. Desilusão total.

Defendo que o Jornalismo não precisa desse truque. Nada justifica que um jornalista viole a esfera pessoal, a esfera do segredo e a história pessoal seja de quem for. Nada. Isso do interesse público é uma criada para todo o serviço. Para atropelar o Direito à Inviolabilidade Pessoal na sua projecção vital. Os jornalistas passam bem sem a criada. O público não precisa de espreitar para a vida pessoal de ninguém. Não tem que penetrar nos jardins secretos seja de quem for. Violar Direitos Fundamentais não é Jornalismo.

Angola | Os Dentistas Emboscados – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O Manecas, crioulo da Ilha do Fogo, tinha familiares no Bairro Operário. Ele vivia na CAOP e eu na Vila Clotilde. Aos sábados visitávamos os parentes e assaltávamos, à pato, as farras nos quintalões. À medida que a soldadesca chegava a Angola, as meninas eram importunadas porque os tropozoides achavam que ali todas as mulheres eram prostitutas. O qual não. Um dia as primas Xandó e Guiduxa queixaram-se de abusos. Tomamos uma medida radical. Vamos atacar os abusadores, de emboscada!

Ao lado do Colégio dos Maristas, na Avenida dos Combatentes (Comandante Valódia), existia um barbeiro que foi ciclista. Até ganhou uma Volta a Portugal. O homem vendia uns “boxes de ferro” que se metiam nos dedos e cada borno era sangue a jorrar. Comprámos quatro, um para cada mão. No primeiro sábado a seguir à transacção comercial fomos visitar os parentes cabo-verdianos. E montámos a emboscada. Guiduxa e Xandó ficavam à porta, conversando. E nós escondidos atrás da porta do quintalão. Se chegasse alguém que incomodasse as meninas, nós saíamos e atacávamos com as mãos de ferro.

Todos os sábados, à noitinha, partíamos para as emboscadas. A cada murro com os punhos de ferro os tropozoides cuspiam sangue e dentes. Foi assim que ganhámos a fama de Dentistas da CAOP. Ficámos tão famosos que até fomos entrevistados para a rádio da Rua Fernão Lopes que falava para o mundo.

Nas férias escolares ia com meu Pai ao Puri, Kimbele, Kangola, Macocola, Kalandula e Malanje. Era a rota da permuta de mercadoria por salalas de bombô, classificado como o melhor do mundo. Nesse tempo Malanje era um círculo sanitário, como Congo, Bié, Benguela e Huíla. Também existia o Círculo Autónomo de Luanda. Em toda a colónia existiam 85 médicos exercendo as funções de delegados de saúde. No Congo Português o chefe dos Serviços Sanitários residia na cidade do Uíje, era Jacinto Vasconcelos. Foi substituído por Manuel Martins E existia um enfermeiro, o senhor Alberto Nunes que tinha três auxiliares. 

Na vila do Songo trabalhava o enfermeiro Paulo Bunga que também tinha três auxiliares. No Bembe o enfermeiro era António Pereira da Silva mais três auxiliares. No Lucunga trabalhava o enfermeiro Domingos Santos e um auxiliar. No Negage tínhamos o enfermeiro Cordeiro, à frente da leprosaria. Um dia foi transferido e nunca mais apareceu um substituto. 

Higiene oral era coisa que não existia. Truque de branco. E dentistas contavam-se pelos dedos das mãos em toda a colónia. Por isso o meu dentista foi o Velho Tuma, pastor de cabras, que me extraía os dentes de leite com um fio de sisal. Poucos quimbandas aceitavam prestar esse serviço, doloroso, porque não existia anestesia. Para extrair um dente era necessário manietar os pacientes.

O país está indo bem’ porque jovens indianos desempregados ainda apoiam Modi

As pesquisas mostram que a inflação e a falta de empregos preocupam a maioria dos jovens indianos. Também mostra que o apoio a Modi permanece intacto.

Ishadrita Lahiri | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Patna, Bihar – Sanjeev Kumar tem 27 anos e está desempregado – uma situação desesperadora agravada pela aposentadoria iminente de seu pai, vendedor de carros, dentro de alguns anos.

O graduado em administração de empresas em Patna, capital do estado de Bihar, no leste da Índia, votou no Partido Bharatiya Janata (BJP) do primeiro-ministro Narendra Modi em 2019, na esperança de conseguir um dos milhões de novos empregos prometidos pelo partido que governa o país e seus líder.

Kumar fez dois exames para empregos nos chamados cargos do Grupo D nas Ferrovias Indianas. Esta categoria profissional é a mais baixa na hierarquia do emprego no setor público na Índia, mas traz consigo benefícios e segurança no emprego, ambos atrativos.

Ele não passou em nenhum dos testes e reclama que há muito menos empregos anunciados como disponíveis do que o número realmente disponível.

“As coisas estão ficando um pouco difíceis agora. Meu pai vai se aposentar em breve e há pressão sobre mim para conseguir um emprego. Somos uma família de classe média”, disse Kumar à Al Jazeera.

Biden aprovou lei que liberta US$ 8,1 biliões para o Indo-Pacífico, incluindo a ilha Taiwan

Iara Vidal | Revista Fórum | # Publicado em português do Brasil

China reagiu com indignação à nova lei dos EUA que liberou um pacote de ajuda militar para Taiwan. De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, a legislação infringe gravemente a soberania do país asiático e é uma forma de 'bullying' de Washington contra Pequim.

A declaração foi feita nesta segunda-feira (29) durante coletiva regular de imprensa em Pequim. Lin ressaltou que o auxílio militar concedido à ilha chinesa viola seriamente o princípio de Uma Só China, os três comunicados conjuntos China-EUA (leia abaixo) e envia um sinal gravemente equivocado às forças separatistas da "independência de Taiwan".

"A legislação mina os princípios da economia de mercado e da concorrência justa ao perseguir descaradamente empresas de outros países em nome da 'segurança nacional', o que mais uma vez revela a natureza hegemônica e de bullying dos Estados Unidos", afirmou.

O porta-voz ressaltou ainda que a nova lei advoga por sanções à China, ignorando a enorme quantidade de trabalho que a China fez para ajudar os Estados Unidos a lidar com sua crise de fentanil.

"A legislação também ameaça impor sanções unilaterais e jurisdição de longo alcance sobre trocas econômicas e comerciais normais entre a China e o Irã sob o arcabouço do direito internacional, o que cria sérios obstáculos para a cooperação sino-estadunidense em áreas relevantes", destacou Lin.

Lin reforçou que a China insta os Estados Unidos a respeitar os interesses centrais e as preocupações principais da China, e a não implementar esses artigos negativos relativos à China.

"Caso contrário, a China tomará medidas fortes e resolutas para salvaguardar nossa soberania, segurança e interesses de desenvolvimento", alertou.

São os EUA que estão a atirar “água a ferver” na Ásia-Pacífico

Global Times | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Numa entrevista ao Financial Times, o comandante das forças dos EUA na região Indo-Pacífico, almirante John "Lung" Aquilino, acusou a China de intensificar a sua conduta agressiva através de uma estratégia de "rã fervente" na região.

Chamando o comportamento da China de “desestabilizador”, o comandante dos EUA limitou-se a formular outra formulação para exaltar a “ameaça chinesa” na Ásia-Pacífico. Mas será a China realmente uma ameaça? Os fatos falam mais alto que as palavras. Recentemente, a Pesquisa sobre o Estado do Sudeste Asiático 2024 realizada pelo Centro de Estudos da ASEAN no ISEAS - Instituto Yusof Ishak - revelou que a China ultrapassou os EUA para se tornar a escolha predominante se a região fosse forçada a alinhar-se no atual acordo EUA-China. rivalidade.

Aquilino apontou as "ações agressivas" da guarda costeira chinesa no Mar da China Meridional contra as Filipinas, mas manteve silêncio sobre a violação da soberania territorial chinesa pelo lado filipino, a violação da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar da China Meridional e a perturbação de paz e estabilidade no Mar da China Meridional, embora todos estes tivessem o apoio dos EUA. Ele falou sobre aviões de guerra chineses sobrevoando a chamada linha mediana no Estreito de Taiwan, mas não mencionou as vendas de armas dos EUA para a ilha chinesa de Taiwan e a exploração de Taiwan pelos EUA como um peão para minar os esforços da China de reunificação e busca de desenvolvimento pacífico. . Ele afirmou que a China gradualmente "aumentou a temperatura", mas vale a pena mencionar que, com as suas bases no exterior em todo o mundo, os EUA continuam a ser o maior gastador mundial em defesa, desembolsando 916 mil milhões de dólares no ano passado, enquanto os gastos da China com defesa foram quatro vezes menores do que Da América.

Esta é a segunda vez nos últimos dias que Aquilino pronuncia palavras duras contra a China. Em Tóquio, na semana passada, ele disse que a retórica e as ações da China na região asiática são cada vez mais agressivas e exaltou que a China pretende ter a capacidade de “invadir Taiwan até 2027”.

China - Filipinas: Não é sensato que Manila rasgue o 'acordo de cavalheiros'

Global Times | editorial | # Traduzido em português do Brasil

Recentemente, as Filipinas negaram mais uma vez que a China e as Filipinas tenham chegado a um "acordo de cavalheiros" sobre a questão do Mar do Sul da China. O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, afirmou no sábado que desde que o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr, assumiu o cargo em 2022, o Departamento de Defesa das Filipinas "não tem conhecimento, nem é parte de qualquer acordo interno com a China". 

No entanto, a posição de Manila não só ignora os esforços conjuntos envidados pela China e pelas Filipinas na manutenção da estabilidade e da paz regionais, mas também terá um impacto negativo no futuro das relações China-Filipinas e na situação de segurança no Mar da China Meridional.

Como é bem sabido, um “acordo de cavalheiros” é um acordo informal e não vinculativo que depende da credibilidade e integridade das partes envolvidas para ser implementado, em vez de ser aplicado através de meios legais. Comparado aos tratados formais, o “acordo de cavalheiros” é mais flexível para manter a ordem social ou objetivos políticos específicos. Em outras palavras, pode ser visto como uma espécie de consenso e “entendimento”. Num ambiente internacional complexo, isto permite aos países coordenar rapidamente posições e ações e lidar com emergências.

Anteriormente, quando a situação no Mar da China Meridional era extremamente grave, a paz e a estabilidade regionais estavam gravemente ameaçadas. O governo chinês e o governo Duterte chegaram a um “acordo de cavalheiros” com o objectivo de manter a paz regional e evitar a escalada das disputas no Mar da China Meridional em conflitos regionais. Isto não só serve os interesses nacionais de ambos os lados, mas também os interesses a longo prazo e os padrões morais da comunidade internacional. A China e as Filipinas chegaram a consenso sobre a restrição das atividades militares em áreas sensíveis e a compreensão mútua nos intercâmbios humanitários e materiais. Na verdade, foi precisamente porque ambas as partes aderiram a este acordo até ao início de Fevereiro do ano passado que ajudaram efectivamente ambas as partes a controlar a situação e a evitar potenciais conflitos militares.

GUERRA: A UCRÂNIA MOVIDA A MERCENÁRIOS

São mais de 13 mil. A maioria vem da Polônia e EUA. Operam armas sofisticadas. São atraídos por altos salários. Empresas especializam-se em recrutá-los, em “cursos de cinco dias”. E há indícios de que até oficiais de carreira da Otan estejam entre eles

Rodolfo Queiroz Laterza* | Outras Palavras | # Publicado em português do Brasil

Após o início da guerra russo-ucraniana, mercenários estrangeiros começaram a migrar para lá, seja em busca de ganhos elevados, seja por razões políticas e ideológicas – desde ex-militares profissionais e combatentes experientes de empresas militares privadas que conseguiram lutar na África e o Médio Oriente, até estudantes ingênuos, sem treinamento e preparo com armas.

O mercenário não serve nas forças armadas de nenhum Estado – seja participante do conflito ou não participante. Os cidadãos mobilizados legalmente para os  exércitos, marinhas e da aeronáuticas, formados de forma voluntária, não são considerados mercenários. Desde o século XX, os mercenários têm sido cada vez mais vistos como tendo menos direitos à proteção ao abrigo das leis da guerra do que os não-mercenários. Na verdade, as Convenções de Genebra declaram que os mercenários não são reconhecidos como combatentes legais e não precisam ter a mesma proteção legal que o pessoal do exército regular capturado.

Segundo o Ministério da Defesa russo, em março deste ano, o número total de mercenários estrangeiros que participam nas hostilidades ao lado das Forças Armadas da Ucrânia desde 2022 ultrapassou 13,5 mil pessoas. A maioria deles veio da Polônia – quase 3 mil. Mais de mil vieram da Geórgia e contingentes semelhantes chegaram dos EUA, Canadá e Grã-Bretanha. Os próximos nesta lista são mercenários da Romênia, Alemanha e França. Existem também mercenários da África, Ásia e Oriente Médio.

Existem mercenários na Ucrânia que assinaram contratos com a embaixada ucraniana no seu respectivo país. De acordo com os dados disponíveis, as missões diplomáticas e consulares da Ucrânia no estrangeiro estão empenhadas no recrutamento de mercenários em todo o mundo. Segundo o jornal colombiano Espectador, missões diplomáticas de vários países europeus também prestam assistência aos ucranianos nesta matéria. À chegada ao território ucraniano, o “quartel-general de coordenação regional” da chamada Legião Internacional de Defesa da Ucrânia distribui mercenários estrangeiros de acordo com as necessidades para várias áreas de combate.

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