Na manhã desta quarta-feira começamos com o Expresso Curto de autoria da trabalhadora de notícias e similares Rita Ferreira do jornal mais balsemanista de que há memória com a particularidade de democrata ‘ma non tropo’. Até a social-democracia foi pelos canos abaixo miscigenando-se com as trampas pseudosociaisdemocratas com que a principio nos foram enganando progressivamente. Pós 25 de Abril de 1974 eram quase todos democratas, sociaisdemocratas, socialistas… Tretas. Tudo tretas. Com papas e bolos se enganam os tolos. Olá tolos. Se estão às ‘aranhas’ a culpa é vossa. Foram nas loas desses jagunços do capitalismo selvagem. Agora aguentem-se. Com uma barraquinha clandestina ainda talvez consigam um abrigo mal-amanhado e periclitante. Seus ultrabandos de otários subservientes a competirem para o esclavagismo!
Bem. Esta minha vesícula anda toda afetada. A merda de médicos que apanhei durante nove meses só me fizeram sofrer e piorar. Coitados, andam stressados e à solta. Novinhos e novinhas como as carraças dos meus cães. Inexperientes. Desleixados. Ignorantes. Desumanos. Laxistas e detentores de um ‘canudo’ saído na caixa dos ‘cornosflakles’, talvez com alguns favores em camocas fofas… Pois.
Basta de parlapié e de descarregar a bílis com razões. Felizmente que ao fim de quase nove meses fui brindado com médicos e outros profissionais da saúde competentes, sábios, interessados, resolutos, dignos da profissão e estão a salvarem-me da doença. Muito obrigado, senhores e senhoras profissionais e humanos à séria!
Como tantos outros pacientes arrenego os profissionais de saúde de merda desta leva de incompetentes gemelares dos ministros e séquito Montenegro e anteriores.
Aióóó! Paremos os cavalos. Com ministros da matéria fedorenta aqui citados só podemos ter profissionais disto e daquilo incompetentes convencidos de que são muito capacitados. Nada mais falso e prejudicial para o SNS. Para todos os portugueses. Salvo as excepções.
Avancemos no Curto do Expresso. Hoje passámos das marcas na medição da lauda. Pudera. O sofrimento e a fuligem da trampa de nove meses afeta tudo e todos que são vítimas.
Bom dia, se conseguirem. Muito obrigado pessoal médico e coadjuvantes competentes do SNS!
Eis o Curto da autora jornalista supra citada. Texto saboroso. Liberdade para pensar. Vão nessa.
Mário Motta, redação PG
Obstetrícia em movimento
Rita Ferreira, editora de sociedade | Expresso (curto)
Começo por lhe fazer um convite: hoje, às 14h00, "Junte-se à Conversa" com David Dinis e Eunice Lourenço para falar sobre o "Papa Francisco, a herança e o futuro". Inscreva-se aqui.
O número só peca por defeito:
desde o dia 1 de janeiro até esta terça feira o Expresso contabilizou 21 partos que ocorreram em ambulâncias.
Nem todos os casos resultarão dos constrangimentos provocados pelo fecho de
serviços de urgência de obstetrícia que afetam maioritariamente a região de
Lisboa e Vale do Tejo; todos os que encontrámos tiveram um final feliz: mães e
bebés estavam bem, pelo menos a avaliar pelas fotografias que algumas
corporações de bombeiros colocam nas suas páginas nas redes sociais, sorrisos
rasgados, a festejar o nascimento de mais uma criança, seja
Não sabemos se estes números estão perto ou longe da realidade. Porque nem o
Ministério da Saúde, nem o INEM, têm um registo fidedigno dos locais de
nascimento de crianças fora dos hospitais. Em agosto do ano passado o Expresso tinha contabilizado pelo menos 40 partos desde o
início do ano, quando os dados do INEM apenas referiam 25 nascimentos em
ambulâncias, de janeiro a novembro de 2024.
E se não sabemos quantos são, muito menos sabemos o que lhes aconteceu, aos
bebés e às mães. Também não sabemos afirmar se estes números subiram muito
desde que há fecho de maternidades, ou que regiões são mais afetadas. Porque,
mais uma vez, não há dados.
Mas há coisas que sabemos. Sabemos que as urgências de obstetrícia na Margem
Sul têm estado constantemente encerradas nos três hospitais, que as
maternidades que permanecem abertas têm de receber mais grávidas que o
habitual, que há mais mulheres em trânsito entre hospitais, que faltam médicos
obstetras para fazer escalas.
Confrontado com o encerramento de serviços no fim de semana da Páscoa (e nos
fins de semana que se avizinham), o diretor-executivo do SNS, Álvaro Almeida,
disse: “Quando vemos no Portal do SNS que há oito ou dez urgências
fechadas, não significa que o SNS está fechado. Significa apenas uma coisa: das
168 portas de entrada que a rede de urgências do SNS tem, dez portas estão
fechadas”.
Significa mais, na verdade. Significa que se essas dez portas estão
concentradas numa região, que por acaso é a mais populosa do país, vai haver
falta de resposta a tempo e horas para uma emergência e vai haver sobrecarga
dos serviços mais próximos, que estarão a receber todas as pessoas que eram
servidas pelos hospitais encerrados; significa que as mulheres grávidas não vão
sequer ter a tranquilidade de saber onde poderão ter os seus bebés se de
repente chegar a hora do nascimento; significa que haverá ambulâncias paradas
sem saber para onde ir; significa que um pai, um companheiro ou uma companheira
pode ficar a
Significa, por fim, que o problema da falta de médicos para completar escalas
de urgência na obstetrícia e na pediatria continua sem solução.
Os fechos de serviços de urgência nas maternidades de Lisboa começaram em 2019,
antes da pandemia, durante o primeiro governo de António Costa, era Marta
Temido ministra da Saúde.
Um grupo de trabalho formado por médicos especialistas redesenhou a rede de
cuidados de saúde materna e infantil.
Houve eleições em 2022, mudou o ministro - entrou Manuel Pizarro - Fernando
Araújo foi escolhido para Diretor Executivo (DE) do SNS. As propostas do grupo
de trabalho ficaram numa gaveta.
Caiu o Governo. Foi eleito o Governo da AD, chegou a ministra Ana Paula Martins
e mudou o DE-SNS - António Gandra D’Almeida. Criou-se um novo grupo de trabalho
com médicos especialistas. Caiu o DE-SNS e entrou um novo - Álvaro Almeida.
A linha SNS Grávida começou a funcionar e as urgências passaram a ser referenciadas. Mas os fechos
continuam por resolver.
Estamos a caminho do sétimo verão com serviços de urgência encerrados. A 18 de
maio os portugueses escolherão um novo Governo. Que escolherá um novo ministro
da Saúde. Que escolherá um diretor executivo do SNS. Eventualmente resolverão o
problema das urgências de obstetrícia na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Eventualmente, não.
Outras notícias:
A morte do Papa Francisco continua a dominar o espaço noticioso e o
Expresso traz-lhe alguns trabalhos que vale a pena ler:
- Papa Francisco (1936-2025): dor e agradecimento na maior favela
de Buenos Aires e no bairro onde Jorge Mario Bergoglio cresceu
- “Em Lisboa, o Papa viveu um momento de triunfo, conseguindo
conectar-se com uma sociedade mais secularizada”, diz biógrafo de Francisco
- Reformas internas, refazer pontes, combater os abusos sexuais:
que perfil precisa de ter o próximo Papa? E quais os candidatos?
-O intelectual, o teólogo, o europeísta e o organizador: os
quatro portugueses que vão votar para a eleição do sucessor do Papa Francisco
- Papa Francisco (1936-2025): o líder espiritual que a Igreja foi
buscar “quase ao fim do mundo”
Leia ainda a opinião de Pedro Mexia, Daniel Oliveira, Henrique Raposo e Francisco Goiana da Silva.
Prossegue a campanha eleitoral. Ontem debateram Inês Sousa Real
e Rui Tavares, procuraram o pouco que os distingue e no fim ganhou o Livre. Pedro Nuno Santos pôs a hipótese
de deixar cair a comissão de inquérito ao caso
Spinumviva, que envolve Luís Montenegro, e o atual primeiro-ministro,
em campanha na Madeira, pediu estabilidade para governar. André Ventura mais
do que duplicou o tamanho do seu apartamento num condomínio de luxo no
Parque das Nações, em apenas umas horas. O Vítor Matos resume o dia no Índice do Citacionismo.
TC chumba lei da eutanásia… outra vez. Juízes conselheiros julgaram pedido de inconstitucionalidade formulado por
um grupo de deputados do PSD e pela Provedora de Justiça e declararam três
normas inconstitucionais.
PSP deixa passar manif da extrema-direita. Movimentos de extrema-direita
marcaram uma concentração para a Praça do Martim Moniz, em Lisboa, no feriado
do 25 de Abril. "Neste momento, não há indícios de que possa haver
desordem pública"
Lucros da Tesla afundam 71%: o veículo da ambição de Elon Musk está a ficar sem bateria?
Passaram 40 anos da primeira vitória de Ayrton Senna no Estoril. E até a chuva abençoou a data.
Frases
“Em 1976, nunca imaginaria que o centro do caos económico e
político seria o meu país. Mas é"- Paul Krugman, economista, Nobel da
Economia
“Muitos vieram com ESTA [visto de turista] e ultrapassaram o
tempo. Vivem neste país há 20 anos, 15 anos, há bastante tempo. São pessoas que
lançaram negócios, compraram casa, criaram vidas boas e pagam impostos. O ICE
está sobretudo à procura de pessoas da América Central, devido ao perfil
racial, mas a nossa comunidade também está em risco”, Helena da Silva
Hughes, presidente do Centro de Apoio aos Imigrantes,
Os nossos podcasts:
Expresso da Manhã. O último encontro do líder da Igreja Católica
foi com o vice-presidente dos Estados Unidos da América. Paulo Baldaia conversa com Henrique Burnay, colunista do
Expresso
O Mundo a Seus Pés conta
com a presença de Isabel Mões, a autora de um podcast narrativo sobre os estrangeiros que
vieram para Portugal durante os anos agitados da Reforma Agrária. Pelos
olhos de pessoas que tinham vivido os movimentos cívicos do maio de 68, vemos
um país ainda escuro, conservador, avesso à mudança e enganado vezes sem conta
por aqueles que lhes prometeram progresso. Isabel Mões, atriz, dramaturga e investigadora social foi atrás
de alguns destes estrangeiros que nunca mais esqueceram Portugal
Contas Poupança. Acha que faz muita retenção na fonte e não recebe o que devia
do Estado? Pedro Andersson ajuda-o a perceber porquê
Assim vamos ter de falar de
outra maneira. “O padel parece ténis da prisão. Estou sempre a torcer para que
um jogador serre as grades e fuja dali para um sítio onde haja mesmo ténis”
O que ando a ouvir:
Na semana em que morreu o Papa, deixo aqui a sugestão de um episódio do podcast Plain
English, de Derek Thompson, jornalista e editor da revista Atlantic, no qual
fala de religião com Ross Douthat, colunista do New York Times.
Chama-se “Is there a Scientific Case for Believing in God” e a
parte mais interessante da conversa é quando Ross conta a descoberta da fé, já
na idade adulta, e de quão racionais são as razões que invoca para acreditar em
Deus.
Tenha uma boa semana, aproveite o sol e o calor, e continue a acompanhar-nos no
site do Expresso, na Tribuna e na Blitz.
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