O Governo da Guiné-Bissau recuou na sua decisão de suspender o jornal "Última Hora" e apelou os órgãos de comunicação social do país a adequarem a sua linha editorial "aos superiores interesses" da nação guineense.
A informação foi transmitida aos jornalistas pela ministra da Comunicação Social e porta-voz do Governo, Adiatu Nandigna, numa conferência de imprensa.
"Em nome do Governo e em meu nome pessoal, lanço um vibrante apelo aos órgãos de comunicação social e particularmente ao jornal 'Última Hora' no sentido de adequarem a sua linha editorial aos superiores interesses" da Guiné-Bissau "sob pena de o Executivo fazer uso das suas prerrogativas legais para cancelar definitivamente as licenças" entretanto concedidas, disse Adiatu Nandigna.
A ministra que também tutela a pasta do Conselho de Ministros lembrou que o caso foi objecto de análise a nível do Governo e do Conselho da Comunicação Social e ainda a nível do Sindicato dos Jornalistas guineenses.
Adiatu Nandigna enumerou para os jornalistas presentes na conferência de imprensa um conjunto de artigos que na opinião do Governo o jornal "Última Hora" noticiou sem respeitar o código deontológico.
Na sua reunião de Conselho de Ministros de sexta-feira, o Governo guineense mandatou a ministra da Comunicação Social a tomar todas as medidas necessárias à suspensão do jornal "Última Hora", que acusa de atitudes deliberadas e reiteradas quando publica notícias que colocam em causa a estabilidade do país.
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