terça-feira, 17 de maio de 2011

China-UE: Direitos Humanos afetam "influência internacional" do regime chinês




AC - LUSA

Pequim, 17 mai (Lusa) -- O Presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, considerou os direitos humanos "uma profunda preocupação dos cidadãos europeus" que afeta também a "influência internacional" da China.

"A imagem pública e a reputação da China, assim com a sua influência, serão moldaddos por factores que vão além do seu desempenho económico", disse Van Rompuy num comunicado difundido pela Embaixada da União Europeia em Pequim após o seu encontro com o presidente chinês, Hu Jintao, na segunda-feira.

Van Rompuy disse que a China e a União são ambos signatários de convenções internacionais que consagram os direitos humanos como "valores universais" e "partilham a responsabilidade de os defender".

"Esta tarefa está no âmago dos valores em que a União Europeia assenta (...) A contribuição da China será um importante elemento para moldar a sua reputação e influência", afirma o comunicado.

Van Rompuy não abordou, contudo, "casos específicos", nomeadamente o do artista plástico Ai Weiwei, detido desde 03 de abril e que no passado fim de semana, pela primeira vez, foi autorizado a receber a visita da mulher, disseram fontes europeias.

"Não era o local apropriado para levantar casos específicos (de alegadas violações dos direitos humanos)", comentaram as mesmas fontes acerca das conversações entre Van Rompuy e Hu Jintao.

Van Rompuy iniciou domingo uma visita de cinco dias à China, na sua primeira viagem oficial fora da Europa desde que assumiu o atual cargo, em novembro de 2009.

"Venho a Pequim como um amigo da China, com respeito e confiança, com um espírito aberto e uma forte convicção no diálogo honesto", afirmou o Presidente do Conselho Europeu.

A UE é o maior parceiro comercial da China e este país é o segundo mercado dos "27", a seguir aos Estados Unidos.

Pelas estatísticas chinesas, em 2010, o comércio bilateral aumentou trinta por cento em relação ao ano anterior, somando quase 400.000 milhões de euros.

Van Rompuy vai também encontrar-se com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o vice-presidente, Xi Jinping.

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