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Madrid, 20 mai (Lusa) -- Centenas de pessoas pernoitaram hoje na cidade improvisada instalada na madrilena Puerta del Sol, no quinto dia de protesto que dá sinais de não parar apesar de, oficialmente, as concentrações ficarem proibidas desde as 00:00 de sábado.
A cidade improvisada, coberta com toldos, despertou hoje com mais gente do que nas duas últimas noites, mantendo as rotinas de organização e distribuição de tarefas dos últimos dias.
Os manifestantes apelam a uma democracia participativa e querem uma alteração no sistema económico e político do país.
Pelas redes sociais e na própria praça continuam a ser pedidos víveres necessários para o trabalho do dia, neste caso com apelos a gasolina para os geradores e renovados apelos aos vizinhos da zona para que 'emprestem' o acesso ás suas redes wifi.
Um ambiente que demonstra algum desafio à decisão da Junta Eleitoral Central (JEC) espanhola que ao final da noite de quinta-feira declarou ilegais todas as mobilizações tanto no sábado, dia de reflexão, como domingo, dia de eleições municipais e regionais em Espanha.
A JEC considerou "contrárias à legislação eleitoral" aquelas "concentrações e reuniões" que decorram a partir das 00:00 de 21 de maio e até ao fim da jornada de votações, no domingo.
Os manifestantes reuniram-se já em duas assembleias para debater a decisão, devendo hoje voltar a faze-lo.
Elementos do movimento "Democracia Real Já", indicam no entanto que as manifestações e concentrações já assumiram uma natureza espontânea e que nem sequer é feita qualquer convocatória.
Cada cidadão, insiste, decide individualmente se vai ou não às praças das cidades espanholas.
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