PNE – LUSA
Tóquio, 11 mai (Lusa) – O número de mortos causados pelo sismo e tsunami de 11 de março no Japão foi hoje elevado para 14.949, enquanto continuam desaparecidas 9.880 pessoas, segundo o último balanço da polícia nipónica.
De acordo com os dados da polícia japonesa citados pela cadeia de televisão local NHK, foram registados 8.941 mortos na província de Miyagi, 4.400 em Iwate e 1.544 em Fukushima, as três províncias do nordeste do Japão mais afetadas pelo sismo e tsunami de 11 de março.
De acordo com a polícia nipónica, o número de vítimas, que ascende a cerca de 25 mil entre mortos e desaparecidos, não deverá aumentar de forma significativa.
O número de pessoas desaparecidas, que chegou a alcançar as 17.600, foi reduzida para menos de 10.000 com uma nova contagem.
Cerca de 117 mil pessoas permanecem em centros de abrigo temporários dois meses depois de terem perdido as suas casas. Calcula-se que cerca de 68 mil casas tenham sido destruídas pelo tsunami.
Os cerca de 33 mil milhões de euros destinados à reconstrução do nordeste do Japão serão destinados à construção de infraestruturas e habitações temporárias, sendo que 30 mil deverão estar prontas no final do mês, bem como à retirada das toneladas de escombros, pagamento de indemnizações às vítimas e promoção da atividade económica.
Os imperadores do Japão, Akihito e Michiko, vão visitar hoje duas cidades de Fukushima, que enfrenta uma crise nuclear causada pelo sismo e tsunami de 11 de março e que é a mais grave desde a que afetou a central de Chernobyl, em 1986.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, poderá efetuar mudanças no Governo em finais de junho para criar pastas específicas para potenciar a reconstrução, segundo a agência Kyodo.
Kan, que renunciou ao seu salário até terminar a crise, considerou necessária uma revisão da política energética do Japão depois da paralisação da central de Hamaoka por razões de segurança.
O governo japonês vai rever o seu objetivo de fazer com que a energia nuclear represente 50 por cento da produção elétrica do país até 2030 face aos atuais 30 por cento.
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