Os manifestantes acampados há quase duas semanas na Puerta del Sol, em Madrid, garantiram, este sábado, que o seu protesto não interrompe o trânsito, não afecta o comércio da zona e não cria qualquer problema de segurança ou insalubridade.
Num manifesto distribuído pela Imprensa, os manifestantes dizem que não há qualquer fundamento para justificar os pedidos de sexta-feira do Governo regional de Madrid e da autarquia da capital para que o acampamento fosse desalojado.
Na nota, a Comissão Legal do acampamento responde directamente às declarações efectuadas pelo conselheiro de Presidência, Justiça e Interior, em funções, do Governo regional, Francisco Granados.
Granados exigiu ao Ministério do Interior a retirada imediata dos manifestantes da Puerta del Sol, coração dos protestos em curso em Espanha, porque além de causar graves problemas à circulação, "está a pôr em grave risco a viabilidade de muitos negócios, de pequenos e médios comerciantes".
Também o delegado de Segurança e Mobilidade em funções na autarquia de Madrid, Pedro Calvo, vai hoje entregar à Delegação do Governo um relatório sobre as condições de salubridade na Puerta del Sol.
"A sensação de que estão a limpar a praça não é certa. As condições de salubridade vão conhecer-se amanhã (sábado) para que esta situação não se prolongue mais", disse Calvo.
Reagindo às declarações, os acampados afirmam que "não se está a interromper o trânsito, não consta que de modo algum a acampada esteja a afectar o pequeno comércio da zona" e "não se criou nenhum problema de insalubridade".
E recordam ainda que na manhã de sexta-feira "os serviços municipais de limpeza confirmaram que não existe problema algum de salubridade na praça".
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