sábado, 28 de maio de 2011

Manifestantes espanhóis garantem que não são problema de segurança ou saúde





Os manifestantes acampados há quase duas semanas na Puerta del Sol, em Madrid, garantiram, este sábado, que o seu protesto não interrompe o trânsito, não afecta o comércio da zona e não cria qualquer problema de segurança ou insalubridade.

Num manifesto distribuído pela Imprensa, os manifestantes dizem que não há qualquer fundamento para justificar os pedidos de sexta-feira do Governo regional de Madrid e da autarquia da capital para que o acampamento fosse desalojado.

Na nota, a Comissão Legal do acampamento responde directamente às declarações efectuadas pelo conselheiro de Presidência, Justiça e Interior, em funções, do Governo regional, Francisco Granados.

Granados exigiu ao Ministério do Interior a retirada imediata dos manifestantes da Puerta del Sol, coração dos protestos em curso em Espanha, porque além de causar graves problemas à circulação, "está a pôr em grave risco a viabilidade de muitos negócios, de pequenos e médios comerciantes".

Também o delegado de Segurança e Mobilidade em funções na autarquia de Madrid, Pedro Calvo, vai hoje entregar à Delegação do Governo um relatório sobre as condições de salubridade na Puerta del Sol.

"A sensação de que estão a limpar a praça não é certa. As condições de salubridade vão conhecer-se amanhã (sábado) para que esta situação não se prolongue mais", disse Calvo.

Reagindo às declarações, os acampados afirmam que "não se está a interromper o trânsito, não consta que de modo algum a acampada esteja a afectar o pequeno comércio da zona" e "não se criou nenhum problema de insalubridade".

E recordam ainda que na manhã de sexta-feira "os serviços municipais de limpeza confirmaram que não existe problema algum de salubridade na praça".

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