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Cairo, 03 mai (Lusa) - Os movimentos rivais palestinianos Fatah e Hamas vão hoje ratificar no Cairo um acordo de reconciliação que prevê a formação de um governo não partidário até às eleições presidenciais e legislativas no prazo de um ano.
No Egito, que assumiu o papel de mediador, estarão o presidente da Autoridade Palestiniana e principal representante do Fatah, Mahmud Abbas, e o chefe no exílio do movimento radical palestiniano Hamas, Khaled Mechaal, que chegou no domingo à capital egípcia.
O acordo, alcançado na quarta-feira passada, prevê, entre outros aspetos, a formação de um governo interino composto por personalidades independentes, aprovadas pelos dois movimentos, até às eleições presidenciais e legislativas simultâneas no prazo de um ano.
Outros movimentos palestinianos, como a Jihad islâmica (radical), a Frente popular de libertação da Palestina (esquerda), a Frente democrática de libertação da Palestina (esquerda) e o Partido do povo palestiniano (ex-comunista) foram também convidados a ratificar o acordo.
O acordo de reconciliação entre o Fatah e o Hamas, que assumiu o controlo da Faixa de Gaza em junho de 2007, foi aplaudido pelos palestinianos, mas foi fortemente criticado pelos dirigentes israelitas.
Israel anunciou no domingo a suspensão da transferência de fundos para a Autoridade Palestiniana.
O ministro israelita das Finanças, Youval Steinitz, afirmou ter ordenado o adiamento de um encontro, previsto também para domingo, que iria tratar da transferência dos fundos devidos à Autoridade Palestiniana e detidos por Israel.
Durante esse encontro, os peritos deveriam ratificar a transferência para a Autoridade Palestiniana de uma tranche equivalente a 59,6 milhões de euros, segundo o jornal Yediot Aharonot.
O mesmo jornal avançou que o ministro das Finanças tomou a decisão de adiar o encontro após consultar o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.
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