O presidente da República, Cavaco Silva, falou ao país, comentando o auxílio financeiro a Portugal. As condições do acordo assinado com troika traduzem, no essencial, o diagnóstico da situação actual, sublinhou Cavaco Silva. "Não podemos continuar a viver acima das nossas possibilidades", disse, apelando à poupança das famílias e do Estado.
O Presidente da República afirmou hoje que o programa de ajuda externa "não é o fim de um processo mas o início de um longo caminho", sublinhando que "os riscos de colapso de financiamento" tornaram "inadiável" o pedido de auxílio.
"Nos últimos anos, o endividamento das finanças portuguesas aumentou a um ritmo incomportável", disse Cavaco Silva, sublinhando a dependência do sistema bancário nacional do Banco Centro Europeu.
"Não podemos continuar a viver acima das nossas possibilidades", disse Cavaco Silva, considerando ser esta "uma oportunidade" para o país "mudar de vida". O presidente da República apelou à poupança das famílias, mas também do Estado. "O Estado tem de dar exemplo na contenção dos gastos", disse.
Portugal vai receber um empréstimo de 78 mil milhões de euros nos próximos três anos ao abrigo de um acordo de ajuda financeira com o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, cujos detalhes foram na quinta-feira anunciados publicamente, ficando obrigado a aprovar um conjunto de medidas para reduzir os gastos do Estado que abrangem diversos sectores.
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