São Tomé assina memorando de cooperação na área petrolífera com Timor-Leste

MYB - LUSA

São Tomé 18 mai (Lusa) -- São Tomé e Príncipe e Timor-leste assinaram hoje um memorando de entendimento que permite "alargar a cooperação entre os dois países", particularmente no domínio petrolífero.

O documento foi assinado pelos ministros são-tomense das infraestruturas e dos recursos naturais, Carlos Vila Nova e o secretário de Estado dos Recursos Naturais timorense, Alfredo Pires.

O memorando estabelece a cooperação "nos domínios dos recursos naturais, nomeadamente nas áreas do petróleo e gás", da formação de quadros são-tomenses inseridos na indústria petrolífera e da assistência técnica e institucional de Timor-Leste ao Ministério dos Recursos Naturais e Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe.

Ainda no âmbito deste memorando serão efetuadas "visitas e trocas de experiências de quadros técnicos das agências de petróleo de ambos os países" e definida a "colaboração entre os comités nacionais de iniciativa e transparência na indústria petrolífera".

"A fim de se assegurar a boa execução do memorando, deverá ser constituído um comité de trabalho que seguirá a implementação dos trabalhos previstos no memorando de entendimento", refere o documento assinado esta tarde.

Alfredo Pires chefia uma delegação do seu país que termina hoje uma visita de trabalho a são Tomé e Príncipe.

Durante a sua estadia o secretário de Estado timorense dos Recursos Naturais e sua delegação tiveram sessões de trabalho com o ministro das Obras Públicas e Recursos Naturais e a sua equipa técnica e realizaram dois workshops e uma palestra durante os quais apresentaram a evolução e experiência da indústria petrolífera timorense.

A indústria petrolífera e a gestão do fundo soberano estiveram esta terça-feira em debate numa conferência realizada no centro cultural português.

A intenção foi partilhar conhecimentos, tendo em conta a experiência de Timor na gestão petrolífera.

"Timor produz cerca de 100 barris de petróleo por dia e já dispõe de um fundo petrolífero, isto à custa de uma governação transparente", explicou Alfredo Pires.

Alfredo Pires manteve também contactos com as mais altas entidades do governo são-tomense, tendo de igual modo sido recebido pelos membros da quarta comissão da Assembleia Nacional, pela direção executiva da Agência Nacional de Petróleo, pela representação da autoridade conjunta São Tomé e Príncipe/Nigéria.