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Hong Kong, 04 jun (Lusa) -- O presidente do Partido Democrático de Hong Kong disse hoje que há um longo caminho a percorrer, mas a democracia é um "movimento incontornável na China".
Alberto Ho falava à agência Lusa durante a vigília com que foi assinalado em Hong Kong o 22.º aniversário sobre o massacre na praça de Tiananmen, na capital chinesa.
Ao considerar que "a China está no lado errado mostrando-se contra valores universais", Albert Ho, também deputado, declarou que todo o controlo por parte de Pequim evidencia "insegurança".
Até à democracia é preciso incutir valores e princípios e construir uma mentalidade, explicou o líder do segundo maior partido do Conselho Legislativo de Hong Kong, para justificar a demora no processo de transição no país.
Embora admitindo uma longa marcha, Alberto Ho vê como "muito encorajadora" a forte presença de uma nova geração interessada em saber o que realmente aconteceu a 4 de junho de 1989, quando o exército carregou sobre manifestantes em Tiananmen, causando centenas de mortos.
"É muito interessante ver que muitos jovens se sentem parte do movimento e que sentem a obrigação de lhe dar continuidade", realçou.
Para o líder do Partido Democrático, os jovens precisam de continuar na busca pela verdade e pela democracia, sendo "estimulante ver esta adesão mesmo passados mais de 20 anos sobre o movimento estudantil".
"Hong Kong tem um papel único, de coragem, onde se ouve uma voz que ainda é silenciosa na China", conclui Albert Ho.
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