SIC NOTÍCIAS - LUSA
Mais de 150 mil pessoas participaram hoje em Hong Kong numa vigília de homenagem às vítimas do massacre de Tiananmen, em Pequim, onde há 22 anos as autoridades chinesas reprimiram uma manifestação pró-democracia.
A iniciativa da homenagem, que se realizou no parque Vitoria, partiu da Aliança de Apoio aos Movimentos Democráticos e Patrióticos na China, que em anteriores declarações à Lusa tinha anunciado que o objetivo era juntar mais de 150 mil pessoas. Não foi possível ainda confirmar junto da polícia da Hong Kong o número avançado pela organização.
A Aliança, constituída em Hong Kong e que organiza há 22 anos naquela Região Administrativa Especial a maior vigília de homenagem às vítimas do massacre de 1989, apoia o grupo Mães de Tiananmen, bem como os ativistas chineses, na luta pela melhoria dos direitos humanos e democracia na China.
Oficialmente, as manifestações pró-democracia da praça Tiananmen, iniciadas por estudantes da Universidade de Pequim após a morte de um líder reformista do Partido Comunista Chinês (PCC), Hu Yaobang, são consideradas uma "rebelião contrarrevolucionária".
No dia 04 de junho de 1989 - após mais de um mês de protestos e do afastamento do sucessor de Hu Yaobang, Zhao Ziyang, considerado também um reformista -- a liderança do PCC chamou o exército para "repor a ordem" e centenas de pessoas morreram e milhares de outras foram presas ou exilaram-se.
O Governo chinês nunca revelou o número exato nem a identidade das vítimas, mas as Mães de Tiananmen já documentaram 203 mortos, estimando, porém, que falta localizar muitas mais vítimas.
Além da revogação do veredito oficial sobre os acontecimentos de há 22 anos, as Mães de Tiananmen reclamam um relato público do que aconteceu durante a intervenção militar.
Sem comentários:
Enviar um comentário