SOFIA LORENA - PÚBLICO
A espiral de violência não pára de aumentar no Iémen. Enquanto os combates entre forças leais ao Presidente Ali Abdullah Saleh e membros de uma tribo que apoia a oposição regressam às ruas da capital, Sanaa, a ONU diz que desde domingo “mais de 50 pessoas foram mortas às mãos do Exército” em Taiz, no Sul do país.
Os protestos contra o regime de Saleh, no poder há 33 anos, começaram em Fevereiro, inspirados pelas revoltas na Tunísia e no Egipto. Desde então, o Presidente já aceitou três acordos para se afastar e de todas as vezes recuou. Taiz tem sido um dos principais palcos dos protestos.
De acordo com a ONU, nos últimos dias “Exército, Guardas Republicanos e elementos leais ao Governo destruíram à força o campo de protesto na Praça Horriya usando canhões de água, bulldozers e munições reais”. “Esta violência contra civis desarmados tem de parar”, disse a comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, que denunciou ainda ataques aos hospitais que trataram as “centenas” de feridos provocados pelos militares.
A chefe da UE para a diplomacia, Catherine Ashton, afirmou-se “chocada” com o uso de munições reais e descreveu os ataques a centros médicos como “atrozes”.
“Mais de 52 pessoas foram mortas, incluindo 15 que foram queimadas vivas”, afirmou ao jornal "Yemen Post" Bushra Maktati, activista pró-democracia. Sem conseguirem dispersar o acampamento na praça de Taiz, os soldados incendiaram as tendas enquanto disparavam e lançavam gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
A oposição reagiu apelando a mais manifestações e ao final do dia, mais de 100 mulheres tinham-se concentrado noutra praça, disse ao "New York Times" um activista da cidade.
De Sanaa chegou a confirmação do fim da trégua entre Saleh e Sadiq al-Ahmar, um poderoso líder tribal. A trégua fora alcançada depois de morrerem 115 pessoas em combates, a semana passada. Mas os confrontos voltaram na noite de segunda para terça-feira e, de acordo com um jornalista ouvido pela Al-Jazira, “foram os mais ferozes até agora”.
Há mais frentes de batalha: Zinjibar, cidade costeira, foi tomada por islamistas no fim-de-semana, no que a oposição denuncia como uma manobra de Saleh para mostrar que sem ele a Al-Qaeda vai instalar o caos no país – foi no Iémen que renasceu a Al-Qaeda na Península Arábica, depois de ter sido expulsa da Arábia Saudita.
Segundo a agência oficial Saba, 21 soldados morreram nos combates em Zinjibar na segunda-feira; já na terça-feira, de acordo com a AFP, morreram mais 13.
De acordo com a ONU, nos últimos dias “Exército, Guardas Republicanos e elementos leais ao Governo destruíram à força o campo de protesto na Praça Horriya usando canhões de água, bulldozers e munições reais”. “Esta violência contra civis desarmados tem de parar”, disse a comissária para os Direitos Humanos, Navi Pillay, que denunciou ainda ataques aos hospitais que trataram as “centenas” de feridos provocados pelos militares.
A chefe da UE para a diplomacia, Catherine Ashton, afirmou-se “chocada” com o uso de munições reais e descreveu os ataques a centros médicos como “atrozes”.
“Mais de 52 pessoas foram mortas, incluindo 15 que foram queimadas vivas”, afirmou ao jornal "Yemen Post" Bushra Maktati, activista pró-democracia. Sem conseguirem dispersar o acampamento na praça de Taiz, os soldados incendiaram as tendas enquanto disparavam e lançavam gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
A oposição reagiu apelando a mais manifestações e ao final do dia, mais de 100 mulheres tinham-se concentrado noutra praça, disse ao "New York Times" um activista da cidade.
De Sanaa chegou a confirmação do fim da trégua entre Saleh e Sadiq al-Ahmar, um poderoso líder tribal. A trégua fora alcançada depois de morrerem 115 pessoas em combates, a semana passada. Mas os confrontos voltaram na noite de segunda para terça-feira e, de acordo com um jornalista ouvido pela Al-Jazira, “foram os mais ferozes até agora”.
Há mais frentes de batalha: Zinjibar, cidade costeira, foi tomada por islamistas no fim-de-semana, no que a oposição denuncia como uma manobra de Saleh para mostrar que sem ele a Al-Qaeda vai instalar o caos no país – foi no Iémen que renasceu a Al-Qaeda na Península Arábica, depois de ter sido expulsa da Arábia Saudita.
Segundo a agência oficial Saba, 21 soldados morreram nos combates em Zinjibar na segunda-feira; já na terça-feira, de acordo com a AFP, morreram mais 13.
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