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Bissau, 25 jun (Lusa) -- Os empresários portugueses estão a demorar a chegar à Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa Baltazar Cardoso, vice-presidente da Câmara do Comércio guineense.
"Estão a demorar. O nosso mercado está aberto e os empresários portugueses podem vir que o país está virgem e tem tudo por explorar, especialmente no turismo", afirmou Baltazar Cardoso, também deputado do Partido da Renovação Social (PRS), na oposição.
Segundo aquele responsável, os chineses e os libaneses estão na Guiné-Bissau e a "dominar um mercado tradicionalmente português".
"Aqui todo o mundo consome produto português. É o costume, é a cultura. Nós habituamo-nos a isso", lembrou Baltazar Cardoso, sublinhando ainda que a Guiné-Bissau é hoje uma porta para um mercado de mais de 200 milhões de habitantes e com uma moeda estável, o da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"Por causa dos Descobrimentos (...) há cultura portuguesa no Senegal, na Guiné-Conacry, no Benim", sublinhou.
Questionado sobre se a instabilidade que se tem registado no país não tem desmotivado o interesse económico português, Baltazar Cardoso responde que hoje existe outra mentalidade na Guiné-Bissau e que as pessoas sabem que só com a paz há desenvolvimento.
"A Guiné-Bissau tem sofrido muito, mas a classe política e castrense já têm outra mentalidade e nós sabemos que só com a paz é que o país vai para a frente", realçou.
"O mercado guineense é de Portugal e (os empresários) devem deixar de ter medo", disse.
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