quarta-feira, 29 de junho de 2011

GRÉCIA APROVA PLANO-CHAVE PARA GARANTIR FINANCIAMENTO EUROPEU




PEDRO CRISÓSTOMO – PÚBLICO

“Sim” no Parlamento ao novo pacote de austeridade

O Parlamento grego aprovou, na globalidade, o novo plano de correcção orçamental que a União Europeia e o FMI exigiam como contrapartida para Atenas continuar a receber financiamento externo.

O “sim” dos deputados permitiu ao primeiro-ministro grego, George Papandreou, fazer aprovar as medidas de correcção orçamental que acordou com os responsáveis internacionais para encaixar 28 mil milhões de euros até 2015.

Um membro do PASOK (o partido liderado por Papandreou que tem, desde 2009, maioria absoluta no Parlamento) recusou votar favoravelmente o pacote, mas, em contra partida, houve um deputado da oposição que deu o “sim” ao plano de contenção.

“Podemos escolher entre o défice e a prosperidade. Este [voto] é apenas uma forma de ganharmos tempo para fazer mudanças que precisamos de realizar”, dramatizara Papandreou antes de os deputados fazerem aprovar as medidas.

Em frente ao Parlamento, em Atenas, a praça Syntagma voltou a transformar-se numa verdadeira batalha campal, durante a madrugada, horas antes de começar a discussão parlamentar. As agências internacionais descreveram violentos confrontos entre os manifestantes e a polícia. Tentando controlar os que tentavam abalroar as grades metálicas de segurança que limitam o acesso à escadaria do edifício parlamentar, as autoridades dispararam gás lacrimogéneo sobre os manifestantes.

Mercados antecipam voto positivo

Na Europa, já várias vozes tinham avisado não haver plano B para um eventual chumbo às medidas de austeridade adicionais que Bruxelas exige serem implementadas até 2015. Já a discussão parlamentar decorria, Jim O'Neill, economista-chefe do banco Goldman Sachs dizia à Bloomberg: “O plano B é rezar [para que o pacote passe]”.

Tal como na semana passada, quando os deputados votaram a moção de confiança ao executivo remodelado, os mercados reagiram por antecipação. Na expectativa de que a maioria socialista se unisse em torno da aprovação das medidas acordadas com Bruxelas, as bolsas de referência na Europa estavam ao início da tarde a reagir em alta.

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