quarta-feira, 29 de junho de 2011

Guiné-Bissau: GOVERNO PREPARA “VERDADEIRA REFORMA FISCAL” PARA AUMENTAR RECEITAS




ANGOLA PRESS

Bissau - O director-geral das Contribuições e Impostos da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, disse hoje (quarta-feira) à agência Lusa que está em curso uma "verdadeira reforma fiscal" no país para alargar a base tributária e aumentar as receitas fiscais. 
 
Segundo Suleimane Seidi, o Ministério das Finanças mandatou a sua direcção-geral para identificar um conjunto de medidas visando a reforma fiscal, estando algumas já na fase de implementação e outras em estudo ou em vias de serem implementadas.  
   
Actualmente, e no âmbito da reforma, a direcção-geral dos impostos está a proceder a um inventário dos prédios alugados em Bissau e que vão passar a pagar imposto. 
    
Os contribuintes que se dedicam à área do negócio vão passar também a ser classificados entre pequenos, médios e grandes contribuintes, conforme o volume de negócios que realizam anualmente.  
     
Suleimane Seidi lembrou que até agora, muitos comerciantes pagavam impostos consoante aquilo que declarassem ao Estado. 
     
Segundo o Seidi, os comerciantes que têm um volume de negócios até 10 milhões de francos/ano serão considerados pequenos contribuintes, os que tiverem um volume de negócio entre 10 milhões e 40 milhões serão taxados como contribuintes médios e os que tiverem um volume de negócio anual superior a 40 milhões de francos serão considerados grandes contribuintes. 
 
O director-geral acredita que essa fórmula "rapidamente irá ajudar a melhorar a receita fiscal", porque passa a ser o Estado a dizer o que cada comerciante deve pagar ao fisco. 
     
Para acompanhar essas medidas, Suleimane Seidi explicou que está em curso um processo de modernização de todo o sistema fiscal da Guiné-Bissau, com entrada em funcionamento para breve de novas regras de colecta dos impostos.
   
O Governo guineense pretende também montar um sistema integrado do controlo de todos os impostos cobrados no país. 
 
Na Guiné-Bissau, a carga fiscal situa-se entre os seis e os sete porcento, enquanto nos restantes países da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA) está entre 12 e 17 porcento.

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