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Viana do Castelo 29 jun (Lusa) - O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu hoje a "rejeição e simultaneamente combate" ao Programa do Governo, por representar "mais do mesmo", mas ainda "pondera" a possibilidade de apresentar uma moção de rejeição.
Segundo Jerónimo de Sousa o partido ainda "está a ponderar" se esta oposição passará pela apresentação de uma moção de rejeição no Parlamento, no entanto garante que "todos os portugueses" vão "perceber" a posição adotada.
"Será [uma posição] de rejeição e, simultaneamente combate. É um plano profundamente inadequado, vamos a assistir a mais do mesmo", afirmou.
Garante que o Programa do Governo PSD/CDS-PP apresenta "medidas contra quem vive do seu trabalho", mas "sem tocar no poder económico".
Jerónimo de Sousa sublinha a preocupação, nomeadamente, com "novos impostos" e alterações à legislação laboral.
"Há também uma tentativa clara de começar a mutilar a Segurança Social, com os maiores descontos para a especulação financeira", afirmou, dizendo que o plano "confirma o projeto da 'troika'", apenas com uma "alteração de ritmo e de estilo" em relação ao último Plano de Estabilidade e Crescimento.
"É uma política de continuidade que só vai aumentar a injustiça e a recessão económica", afirmou o líder comunista.
Jerónimo de Sousa falava aos jornalistas em Viana do Castelo, onde marcou presença no protesto dos trabalhadores dos estaleiros da cidade contra o despedimento de 380 dos 720 funcionários da empresa.
"Os estaleiros são um exemplo do caminho alternativo que existe, valorizando a produção nacional e a aposta na economia do mar. A empresa tem encomendas e valor e o que temos aqui é uma tentativa de despedimento coletivo", comentou Jerónimo de Sousa.
*Foto em Lusa
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