ANGOLA PRESS
Maputo - Pelo menos 200 mil crianças moçambicanas vivem sem os cuidados de um adulto ou da família, incluindo as que estão na rua, denunciou hoje (terça-feira) o UNICEF em Moçambique.
O alerta foi lançado pela agência da ONU a propósito do Dia da Criança Africana, que se comemora quinta-feira, data que o Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) considera ser "uma oportunidade quer para a celebração quer para a reflexão" sobre a situação dos meninos de rua em Moçambique.
"As crianças moçambicanas enfrentam muitos desafios, mas o país está a realizar progressos nos direitos das crianças", diz a instituição. O UNICEF sublinha, porém, que "as (...) que vivem na rua são mais vulneráveis à exploração, prostituição e abuso do que as (...) que vivem com os seus pais ou outros membros da sua família".
"O Dia da Criança Africana é um dia de celebração do progresso realizado na área do bem-estar infantil e também um momento de reflexão sobre os desafios que ainda existem para se enfrentar", refere a UNICEF.
O Dia da Criança Africana é celebrado em memória de milhares de estudantes negros do Soweto, África do Sul, mortos a 16 de Junho de 1976, durante manifestações pacíficas pelo direito a uma educação melhor e na língua nativa em vez do Inglês e do Afrikaans que aprendiam nas escolas.
Durante a marcha, a polícia sul-africana abriu fogo contra centenas de crianças do Soweto e, nos dias seguintes, continuou a reprimir de forma violenta.
O dia 16 de Junho passou a ser celebrado anualmente desde 1991.
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