PAULO FARIA, Washington – VOA NEWS
As Nações Unidas disseram que estão em curso planos para terminar em 2012 a sua missão de manutenção de paz em Timor Leste. As Nações Unidas tomaram as funções da polícia timorense em 2006 depois dos motins e lutas faccionais que levaram o país à beira da guerra civil.
As Nações Unidas têm estado estreitamente envolvidas no desenvolvimento de Timor Leste desde que a antiga colónia portuguesa, posteriormente anexada pela Indonésia, se tornou independente em 2002. As Nações Unidas enviaram forças para restaurar a ordem em 2006 quando motins e lutas faccionais forçaram 155 mil pessoas – ou seja 15 por cento da sua população – fugiram de suas casas.
Gary Gray, director político da Missão das Nações Unidas em Timor Leste, disse que as operações estão previstas para terminar depois das eleições presidenciais de 2012, referindo que a situação estabilizou-se basicamente desde os problemas de 2006 e que por isso estava confiante de que as coisas iam continuar bem.
Em Março, as Nações Unidas entregaram o controlo operacional da força policial às autoridades de Timor Leste, mas mais de 1200 polícias das Nações Unidas ainda patrulham as ruas.
O governo de Timor Leste tem beneficiado de um crescimento económico de dois dígitos baseado maioritariamente no desenvolvimento de vastas reservas “offshore” de petróleo e gás natural. O projecto acrescentou mais de mil milhões de dólares ao orçamento timorense. Funcionários do governo disseram também que se registou uma diminuição de nove por cento na pobreza enquanto melhoraram as condições económicas e novos programas governamentais oferecem educação para todas as crianças e a expansão dos cuidados de saúde.
O restabelecimento de boas relações com a Indonésia retirou uma potencial fonte externa de fricção. A Indonésia é o principal parceiro comercial de Timor Leste. Ambos os países continuam a trabalhar para resolver os agravos e investigar reclamações de atrocidades e crimes que ocorreram durante os anos de luta pela independência através de uma comissão conjunta de verdade e amizade.
Apenas um índice elevado de desemprego e tensões ainda latentes poderão abalar a frágil paz em Timor Leste.
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