O ministro da Educação, Nuno Crato, defendeu hoje, em Coimbra, que é preciso "continuar a trabalhar" para desenvolver o ensino da matemática, melhorando o grau de exigência dos programas escolares.
"Nós, em Portugal, passámos quase três décadas até conseguirmos uma medalha de ouro nas olimpíadas internacionais. Portanto, há muito trabalho a fazer. Isto faz-se com experiência, com o apoio de professores dedicados, das sociedades de matemática e com mais horas letivas", afirmou aos jornalistas.
Falando à margem das primeiras Olimpíadas de Matemática da Lusofonia, que decorreram quarta e quinta-feira em Coimbra, Crato considerou que é preciso "continuar a trabalhar para desenvolver a matemática" em Portugal.
Questionado sobre se os manuais escolares são de fraca qualidade, como considerou um dos professores do projeto Delfos (escola de matemática para jovens), o ministro da Educação respondeu que, em primeiro lugar, é preciso "melhorar o grau de exigência dos programas".
Sublinhou que "os manuais escolares têm vindo a ser revistos por comissões independentes, que têm ajudado a melhorá-los" e disse que pensa "que é preciso prosseguir esse caminho".
Confrontado com as preocupações da Associação Nacional de Municípios sobre os cerca de 1500 auxiliares educativos que terminam contrato no final deste mês, Nuno Crato disse esperar que o problema se resolva e que o Ministério estará atento ao caso, mas serão os municípios a responder "caso a caso".
O ministro preside esta noite, no Palácio de São Marcos, à entrega dos prémios das primeiras Olimpíadas de Matemática da Lusofonia, em que participaram vinte e três alunos de seis países.
À competição não compareceram alunos da Guiné-Bissau e de S. Tomé e Príncipe, mas apenas um professor observador, tendo em vista a presença desses países em olimpíadas futuras.
Angola, Moçambique, Cabo Verde, Brasil, Timor-Leste e Portugal estão representados na primeira edição desta iniciativa, que para o ano se realiza no Brasil, de acordo com a organização.
*Foto em SIC NOTÍCIAS
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