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Díli, 26 jul (Lusa) -- O Governo de Timor-Leste decidiu abrir a participação no capital do futuro Banco de Desenvolvimento a outros empresários timorenses, depois de ter sido contestada no Parlamento a inclusão de dois privados por convite.
Esta intenção do executivo timorense foi tornada pública em edital do Ministério da Economia a que a Lusa teve hoje acesso.
As críticas mais fortes ao processo partiram de um dos partidos da Aliança da Maioria Parlamentar (AMP), que suporta o Governo, através do deputado Lucas da Costa, do Partido Democrático.
Apesar de se "congratular" por o Governo ter tomado a iniciativa de criar o Banco, Lucas da Costa lamentou, em maio, que o processo estivesse a ser "decidido nos bastidores" e que só alguns empresários tivessem "a possibilidade de participar no capital", referindo-se aos empresários timorenses Abílio Araújo e Júlio Álfaro.
A FRETILIN, principal partido da oposição, exigiu também que fossem feitos "estudos aprofundados antes de avançar para a criação do banco nacional".
O ministro da Economia e Desenvolvimento, João Gonçalves, em carta enviada ao Parlamento "para esclarecer os deputados", cujos termos geraram polémica, deu conta de que os dois empresários em causa haviam sido convidados diretamente pelo primeiro-ministro, Xanana Gusmão, "como potenciais acionistas fundadores, com base na sua experiência e capacidade financeira".
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