DENISE FERNANDES - ECONÓMICO
CGTP marcou ontem o primeiro protesto nacional, desde a entrada do FMI em Portugal.
Portugal tem sido visto como um dos países de menor contestação social, entre os que atravessam a crise das dívidas soberanas, como a Grécia ou Espanha. Mas esta situação vai mudar. A CGTP marcou ontem duas manifestações nacionais, a realizar em Lisboa e no Porto, a 1 de Outubro, tal como o Diário Económico já tinha avançado. Este é o primeiro protesto nacional desde a entrada do FMI em Portugal, mas a contestação não vai ficar por aqui. Carvalho da Silva deixou o aviso de que "a greve é uma arma importantíssima que provavelmente vai ter de ser usada imensas vezes nos próximos anos".
"Decidimos realizar duas grandes manifestações, em Lisboa e no Porto, contra o empobrecimento e as injustiças", disse ontem o líder da CGTP, Carvalho da Silva, em conferência de imprensa, considerando que "só há saída para os problemas se houver uma afirmação do colectivo".
Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de uma greve geral, Carvalho da Silva começou por dizer que a CGTP "não faz lutas por pré-anúncios" e que "nenhum sindicalista experimentado fala em greve sem ela estar definida". Porém, o líder da intersindical acabou por admitir que esta forma de protesto será praticamente uma inevitabilidade, tendo em conta os planos de austeridade do Governo que, na sua opinião, "colocam Portugal numa situação de dificuldade cada vez pior".
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