Ambas do Tea Party, a facção mais à direita no Partido Republicano, Palin ainda não decidiu se será candidata, enquanto Bachmann já sobe na preferência dos radicais norte-americanos |
CORREIO DO BRASIL, com BBC - de Des Moines, EUA
Tim Pawlenty, ex-governador de Minnesota e um dos principais pré-candidatos republicanos à eleição presidencial de 2012 nos Estados Unidos, anunciou neste domingo que não pretende mais disputar o cargo. Depois de ficar em um distante terceiro lugar, na véspera, em uma votação no Estado de Iowa – votação informal, mas considerada um importante indicativo do humor do eleitorado conservador –, Pawlenty disse à TV ABC que “o caminho adiante não existe para mim”.
– Acho que poderia ser um grande presidente, mas obviamente esse caminho não está aí. Ainda acho que teremos um forte candidato que derrotará (o presidente e candidato à reeleição pelo Partido Democrata) Barack Obama – disse.
No sábado, a votação informal em Iowa foi vencida pela pré-candidata do grupo ultraconservador Tea Party, Michele Bachmann. No mesmo dia, o governador do Texas, Rick Perry, anunciou que também disputará a vaga republicana na corrida eleitoral. Até o momento, o candidato republicano tido como mais forte é o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney.
Fundos
Pawlenty havia passado cerca de dois anos preparando sua campanha presidencial e arrecadando fundos. Muito do dinheiro obtido foi gasto nos preparativos para a votação em Iowa. Acredita-se que o candidato já tenha perdido força quando Michele Bachmann entrou na disputa, e seu discurso em Iowa foi considerado “pouco inspirador” por parte dos espectadores.
Cerca de 17 mil simpatizantes republicanos participaram da votação de sábado, tida como o primeiro grande teste da corrida eleitoral de 2012. Bachmann obteve 4.823 mil votos – apenas 152 a mais do que o pré-candidato Ron Paul, mas mais do dobro dos votos dados a Pawlenty.
Romney e Perry não participaram ativamente da votação. Sarah Palin, outra possível candidata republicana, ainda não anunciou se concorrerá ou não. As primárias republicanas para definir o candidato presidencial do partido começarão oficialmente dentro de cinco meses.
Radicais em alta
A parlamentar norte-americana Michele Bachmann é uma das líderes do movimento conservador Tea Party. A vitória dela na primeira disputa informal para a nomeação do Partido Republicano para a eleição presidencial de 2012 mostra a força da facção mais à direita nos EUA.
A corrente ultradireitista levou à derrota o congressista Ron Paul e o governador Pawlenty e, com eles, um discurso mais ponderado no Partido Republicano. Ela deve se tornar uma forte concorrente para atrair os votos mais conservadores, junto do governador do Texas, Rick Perry, que já anunciou sua pré-candidatura à Casa Branca, com o apoio do Tea Party.
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