NUNO SÁ LOURENÇO – PÚBLICO
O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou hoje o primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, de ser “cúmplice” de Alberto João Jardim a propósito do desvio nas contas da Madeira.
As declarações do líder socialista foram proferidas à entrada da reunião da comissão nacional do PS, em Santarém, onde serão eleitos os órgãos internos do partido.
Reagindo a declarações do líder social-democrata que considerou a permanência de Jardim como um assunto para resolver pelos madeirenses e pelo PSD regional, Seguro acusou Passos Coelho de se estar a “esconder” e de ser “cúmplice numa situação muito grave para a imagem externa do país”: “Tem que dizer com clareza se assume as suas responsabilidades enquanto presidente do PSD”, nomeadamente se aceitava manter Jardim como candidato do seu partido.
Seguro assegurou ainda que teria um comportamento caso se tratasse de um candidato socialista: “Se ele fosse candidato do PS, naturalmente que lhe teria retirado a confiança política.”
O novo líder do PS escusou-se, no entanto, a defender qual a posição que deveria ser tomada pelo Presidente da República. “Vou esperar pelas conclusões da reunião de segunda-feira”, afirmou, referindo ao encontro que Cavaco Silva terá com Passos Coelho sobre o tema.
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