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Díli, 16 set (Lusa) -- O consulado do México em Timor-Leste inaugurou hoje uma mostra de artesanato mexicano com o objetivo de difundir a sua cultura no país e lembrar a ligação entre os dois países, que data do século XVI através do comércio.
"Esta ligação é antiga. Mais antiga do que muita gente pensa. O México não chegou aqui em 1999 com a ONU. O México chegou aqui no século XVI quando o galeão de Acapulco saiu do México com prata para levar produtos daquele país para as Filipinas", explicou à agência Lusa o cônsul honorário mexicano, Ivanildo Quirino do Nascimento.
Segundo o cônsul mexicano, o "México chegou até Timor através da busca sândalo", tendo deixado em Timor-Leste o chili, o chocolate, o abacate, a abóbora e a flor de calabaça.
Outras das presenças mexicanas bem visíveis em Timor-Leste são as moedas de prata mexicana, as patacas que ainda hoje são utilizadas em roupas tradicionais timorenses.
"A ligação de Timor com o México é muito antiga. Até 1950 a moeda de prata mexicana, conhecida como pataca mexicana, circulou em Timor e até hoje encontra-se em diferentes pontos, principalmente na decoração de roupas dos liurais (régulos), que eles usam para cinturões, bolsa, enfeites de cabeça", disse.
A cooperação entre os dois países assenta principalmente na difusão cultural e no apoio eleitoral.
A 01 de novembro, o consulado do México em Díli organiza também a feira mexicana, dedicada ao artesanato, gastronomia e cinema do país.
A mostra termina no próximo domingo.
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