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Maputo, 22 set (Lusa) -- A construção da segunda maior ponte sobre o Rio Zambeze, centro de Moçambique, sofreu "um atraso insignificante" por ter sido encontrado carvão no traçado da infraestrutura, disse hoje à Lusa fonte do consórcio luso-moçambicano responsável pela obra.
A segunda maior ponte sobre o Rio Zambeze será crucial para responder à crescente demanda de tráfego gerada pela produção das minas de carvão da província de Tete, que estão entre as maiores do mundo, e pelo comércio internacional dos países vizinhos de Moçambique que não tem acesso ao mar.
Em declarações à Lusa, Jorge Valeriano, diretor-geral da empresa Estradas do Zambeze, que inclui Mota Engil, Soares da Costa, Opway e acionistas moçambicanos, afirmou que as obras sofreram "um pequeno atraso pela existência de camadas de carvão compacto e fraturado" em alguns troços do traçado da ponte.
"É natural que numa região rica em carvão apareçam camadas de carvão compacto ou fraturado misturado com outros minérios, mas não há nada que dramatizar", enfatizou Jorge Valeriano.
A ocorrência de carvão mineral ao longo do trajeto onde está a ser erguida a ponte, adiantou Jorge Valeriano, obrigou o consórcio construtor a realizar sondagens e ensaios complementares para definir com clareza o tipo de intervenções necessárias à continuação do empreendimento.
"É um atraso insignificante, que não terá influência sobre o prazo das obras. O tempo de construção mantém-se em cerca de 42 meses, até setembro de 2014, mais coisa, menos coisa", afirmou o diretor-geral da Estradas do Zambeze.
Durante a empreitada da segunda ponte do Rio Zambeze tem sido encontrado carvão a uma profundidade de 16 metros numa das margens do rio, a 36 metros na margem que está do lado da cidade de Tete, e entre 25 e 30 metros ao longo do leito do rio.
"Como é um solo raro, temos especialistas, um técnico português e um técnico francês, a ajudar nos ensaios e sondagens que estão em curso", acrescentou Jorge Valeriano.
A maior ponte sobre o Rio Zambeze, batizada Armando Emílio Guebuza, atual chefe de Estado moçambicano, foi inaugurada em agosto de 2009 e tem 2,5 quilómetros de comprimento.
*Foto em Lusa
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