quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Polícia do Rio de Janeiro detem elementos de uma quadrilha liderada por ex-deputado




GL - LUSA

São Paulo, 01 set (Lusa) - Cerca de 150 efetivos da Polícia Civil e da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, no Brasil, estão a realizar hoje uma operação na cidade para deter elementos de um grupo comandado por um ex-deputado e um ex-vereador.

Durante a manhã, foram cumpridos nove mandados de prisão de elementos do grupo conhecido como "Liga da Justiça", considerado uma das mais perigosas milícias da cidade do Rio de Janeiro, noticia o Globo.

A operação está a decorrer nas comunidades da Zona Oeste do Rio de Janeiro e envolve também mandados de busca e apreensão.

Ao todo, o Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) denunciou 18 pessoas ligadas aquela quadrilha, entre elas ex-polícias. Cinco dos denunciados já estavam presos.

O ex-deputado estadual Natalino Guimarães e o seu irmão, o ex-vereador Jerónimo Guimarães, o "Jerominho", são apontados como os mentores deste grupo. Por isso cumprem pena no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande desde 2008.

Os elementos do grupo são acusados pelo Gaeco de crimes de homicídio, extorsão, posse e porte ilegal de armas. O objetivo do grupo, segundo a acusação, é a "dominação (domínio) territorial e económica de toda a região através da violência e da imposição do terror".

Segundo a polícia, o grupo explora os moradores da área, controlando o transporte alternativo, a exploração de jogos de azar e o monopólio da venda de gás a preços acima dos praticados no mercado e ainda cobra taxas de segurança, entre outras atividades ilícitas.

Esta é a segunda operação contra milícias em menos de um mês. No dia 19, pelo menos 60 pessoas foram presas durante uma operação em Santa Cruz, também na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O grupo desmantelado também era formado por polícias, que são acusados de invadir uma área de mais de um milhão de metros quadrados há três anos, onde faziam a extração ilegal de argila, barro e areia.

Os detidos serão indiciados por crime ambiental, formação de quadrilha e usurpação de património.

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