terça-feira, 27 de setembro de 2011

Timor-Leste: FRETILIN GARANTIU PAZ E ESTABILIDADE NOS ÚLTIMOS ANOS - Mari Alkatiri




MSE - LUSA

Díli, 27 set (Lusa) -- O secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN), Mari Alkatiri, disse hoje que deve haver "algumas preocupações" com a segurança, mas sublinhou que o país mudou porque o seu partido garantiu paz e estabilidade ao Governo.

"Num país como o nosso, que passou por uma crise recentemente, é bom que haja algumas preocupações para que se possam tomar medidas de contingência caso haja qualquer coisa", disse Mari Alkatiri, em declarações à Agência Lusa.

O secretário-geral da FRETILIN salientou, contudo, que o "país também mudou muito desde 2006 para cá, particularmente desde 2007/2008, porque no fundo quem está a governar governou com uma situação de paz e estabilidade porque a FRETILIN garantiu essa paz e estabilidade".

Para Mari Alkatiri, é fundamental que "os resultados eleitorais sejam respeitados e quem ganhar as eleições governe mesmo e que quem ficar na oposição continue a fazer uma oposição a favor da paz e da estabilidade".

"Estando na oposição ou no Governo todos devem trabalhar no sentido de consolidar as situações absolutamente necessárias para o arranque e desenvolvimento do país", referiu.

"Àqueles que usaram a violência em 2006 como instrumento político e que agora estão no poder é que só peço que continuem a ser coerentes e que não voltem a fazer o mesmo que fizeram em 2006 e 2007 caso venham a perder as eleições em 2012", disse, sem referir nomes.

Mari Alkatiri sublinhou não acreditar que "haja clima para isso".

"Não acredito que haja condições objetivas para se fazer isso porque o povo está cansado de violência, o povo está cansado de conflitos, o povo quer um conflito saudável com competição a nível político e com valores democráticos", disse.

As eleições legislativas e presidenciais realizam-se em 2012.

Alkatiri disse ainda que o seu partido concorda com a saída da Missão Integrada da ONU e das forças australianas e neo-zelandesas no final do próximo ano.

"Achamos que em dezembro de 2012 não só as forças das Nações Unidas, como as forças de paz australianas e neo-zelandesas devem deixar o país e deixar que o país se governe por si próprio na área da defesa e da segurança", afirmou.

Mas, segundo o secretário-geral da FRETILIN, para "que isto aconteça é preciso que todos os timorenses saibam ter uma postura de cidadãos de um país independente".

Alkatiri salientou que esta saída deve ser feita com um "certo cuidado".

"É bom que o novo Governo confirme esta assinatura. Porque quem assinou agora restam-lhe poucos meses no poder", disse.

O Governo, a Presidência da República e a ONU assinaram na semana passada o Plano de Transição, que prevê o fim da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste.

Segundo o plano, cabe ao novo Governo, a eleger em junho de 2012, decidir sobre o tipo de missão das Nações Unidas presente no país a partir de 2013.

Sem comentários:

Mais lidas da semana