O chefe das Forças Armadas de Timor-Leste, general Taur Matan Ruak, disse esta quinta-feira à agência Lusa que a sua cerimónia de resignação é na quinta-feira e que a 7 de outubro já pode falar sobre o que quiser.
O general falava depois de uma cerimónia de despedida de militares que decorreu no centro de instrução das Forças Armadas de Timor-Leste, em Metinaro, a cerca de 30 quilómetros de Díli. Questionado pela Lusa se era candidato às presidenciais, Taur Matan Ruak afirmou: "Dia 7 de outubro volte, por favor, a falar comigo. Nesse dia serei um homem livre, à civil". "Vou falar sobre o que quiser, expressar-me livremente, hoje não o posso fazer", disse.
Depois de confirmar que a cerimónia de resignação do cargo vai decorrer na próxima quinta-feira, o chefe das Forças Armadas disse que "vai ser um dia importante" e "com uma mistura de sentimentos". "Por um lado, uma missão cumprida, por outro lado, reunir forças, energias para novas batalhas em prol de Timor e do seu povo", afirmou, sem nunca confirmar se era candidato às presidenciais de Março de 2012.
Segundo Taur Matan Ruak, ser civil é abraçar novas causas e novos sonhos. "Nós somos pessoas que nascemos e crescemos com sonhos. Não servia para nada a nossa independência se a miséria domina o nosso país, o desemprego grassa no nosso país", afirmou. Sair das Forças Armadas, para Taur Matan Ruak, vai ser também passar a lutar por uma "nova causa que vai exigir novos esforços, novas energias". "É um povo todo pelo qual se vai ter que lutar para que finalmente consigam aquilo que como cidadãos temos direito e, não só, deveres também para contribuir", referiu.
O general Taur Matan Ruak apresentou a demissão no início do mês de Setembro. Matan Ruak foi o último comandante das Forças Armadas para a Libertação e Independência de Timor-Leste (FALINTIL). Com a restauração da independência, a 20 de maio de 2002, foi promovido a major-general e nomeado chefe das forças armadas timorenses.
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