sábado, 24 de setembro de 2011

XANANA GUSMÃO - HONORIS CAUSA… DE HONRA SUJA?




BEATRIZ GAMBOA

O inacreditável acontece e cada vez mais me convenço de que não deve suceder por acaso, refiro-me a muito daquilo que acontece na política global e também na de Portugal e na de Timor-Leste.

Desta vez o inacreditável tem por origem a Universidade de Coimbra e o PM timorense Xanana Gusmão. No entender dos doutorados daquela universidade o que é que Xanana Gusmão tem feito para merecer com toda a legitimidade o título honorífico de doutor honoris causa (Dr. h.c.)?

Como se sabe “honoris causa” é uma locução latina com relação a “causa de honra”. Que causa de honra em Xanana Gusmão no passado próximo ou na atualidade? Pela corrupção à solta no regime timorense? Pela fome que o seu governo instila no povo timorense? Pelo enriquecimento ilícito que galopa no país? Pelo golpe de estado em 2006? Pela destruição e assassinatos desse ano no território timorense? Pela intentona de Março de 2008 em que o anunciado laureado por Coimbra é apontado como “contraditório, incólume e estranha vítima”? Daí resultando a agressão intencionalmente mortífera do PR Ramos Horta? Será pelo facto de ser um PM alcoólatra de modos mesquinhos e irascíveis, como denuncia Ramos Horta? Porquê honoris causa?

Provavelmente ainda mais grave é que seja pelo fato de Gusmão ser um honrado defensor da lusofonia – uma causa de honra, sem dúvida. Mas isso é um embuste que demonstra quanto tardiamente a Universidade de Coimbra se decidiu a oferecer muitíssimo imerecidamente aquele título honorífico a Xanana Gusmão. É que ele e o seu governo ainda há pouco mais de um mês decidiu eliminar o ensino do português no ensino básico de Timor-Leste! Fê-lo em conluio com o lóbi anglófono representado pela apontada, sua mulher, Kirsty Sword Gusmão. Assim, causa de honra não existe em Xanana Gusmão para que mereça tal título da prestigiada (por enquanto) universidade portuguesa.

Ressalta de tudo isto que facilmente se prevê a completa erradicação do português no ensino em Timor-Leste em termos práticos e logo que possível uma reviravolta constitucional, conforme desejo e interesse da Austrália. Kirsty Gusmão é australiana. Se teve as intensas atividades conhecidas em 2006, quando do golpe de estado em que os serviços secretos portugueses apontaram o envolvimento da Austrália, porque havia ela de agora agir de modo diferente e adstrita aos interesses da Nação Timorense?

Será a conceituada universidade de Coimbra capaz de explicar por que razão distingue tão tenebrosa figura em Causa de Honra? Que honra? Que defensor da lusofonia? Que qualidades presentes se vislumbram que possibilitem credibilidade e merecimento àquele título honorifico?

Como estamos à espera que aconteça: será de toda a utilidade para o esclarecimento público e continuidade da boa reputação da Universidade de Coimbra que tudo seja muito bem explicado. Portugueses e timorenses merecem-no. Causa de honra… Honra suja? Esperemos que também os jornalistas honrem a sua profissão e saibam contribuir para o esclarecimento e denuncia deste tão badalado embuste.


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3 comentários:

Anónimo disse...

Quanta bobagem...Deve ser dor de cotovelo.

Anónimo disse...

Vergonhoso. Os catedráticos de Coimbra são uns sem-vergonha que obedecem a interesses que nada têm que ver com Questão de Honra. Demonstram que sua honra está igualmente inquinada. Esta é uma opção política que aceitaram cumprir e assim galardoar um dos maiores individuos prejudiciais a Timor Leste que está entalado com uma mulher ao serviço da Austrália e da anglofonia, talvez da CIA. Nada nos devemos admirar. Vergonha senhores de Coimbra.

Anónimo disse...

Eu acho é que foi uma inteligente «chapada de luva branca»...

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