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Díli, 30 out (Lusa) - O hipódromo de Batugadé, vila de Timor-Leste próxima da fronteira com Timor Ocidental, foi inaugurado este fim de semana em mais um passo de promoção do hipismo naquele país.
Promovido pela Associação de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida Timorense (ACPCC-TL), o novo hipódromo é um projeto que teve início em 2009 mas só agora concretizado, depois de o governo timorense ter apoiado financeiramente aquela estrutura e a população de Batugadé ter cedido gratuitamente o terreno.
O "hipódromo é o primeiro passo no sentido de desenvolver o desporto equino aqui em Timor-Leste", afirmou Fernando Encarnação, presidente da ACPCC-TL, salientando que as corridas de cavalo são "tradicionalmente muito famosas e importante em Timor-Leste".
Segundo o presidente da ACPCC-TL, o hipódromo foi uma iniciativa da associação com o objetivo de "criar uma indústria".
Questionado pela agência Lusa se Batugadé poderá ser a Ascot, famoso local onde decorrem as corridas de cavalos inglesas, de Timor-Leste, Fernando Encarnação respondeu: "Batugadé é a Ascot timorense".
Para desenvolver o desporto equino no país, o hipódromo de Batugadé vai ter ainda acomodações para visitantes, estábulos e bancadas de cimento.
Está também prevista a criação de uma escola para formar jóqueis desde crianças, com ensino oficial paralelo.
O cavalo timorense é uma raça equina especial, chamada Timor, e é conhecida pela "sua resistência" e não tanto pela sua velocidade, explicou Fernando Encarnação.
Fernando Encarnação disse também que a associação pretende manter as corridas tradicionais, limitadas aos 13 distritos de Timor-Leste.
Nas corridas tradicionais timorenses, os jóqueis correm sem cela e utilizam apenas uma corda para uma corda para agarrar o cavalo.
"Por questões de segurança dos jóqueis é exigido um capacete de proteção", explicou, sublinhando que as corridas tradicionais vão continuar sem manta e sem cela.
1 comentário:
Boa Fernando,
Continua a trabalhar assim, as corridas de cavalo são tradicionais em Timor e bem mais interessantes que o futebol, uma estrangeirice que não tem nada a ver com Timor.
O fomento das corridas cria postos de trabalho, trás visitantes e dinamiza a agricultura. Ficar fora de Dili descentraliza o investimento, pode ser que o Sr. Alexandre Gusmão se anime e mande arranjar a estrada.
Tacitolo terá que ser no futuro o parque da cidade, não tem espaço para as corridas de cavalos.
Beijinhos da Querida Lucrécia
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