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Pequim, 08 out (Lusa) - Dois jovens tibetanos tentaram imolar-se pelo fogo, no sudoeste da China, em protesto contra a repressão da sua etnia, tratando-se do sétimo incidente do género em apenas meio ano.
Os dois jovens, de 18 e 20 anos, tentaram suicidar-se esta sexta-feira como forma de protesto contra o clima de tensões étnicas no mosteiro de Kirti - um dos mais importantes para o budismo tibetano -, segundo informaram hoje as autoridades locais e grupos de defesa dos direitos humanos.
Thongan e Tenzin, que tinham sido monges daquele mosteiro, no qual nos últimos meses outros cinco monges se tentaram suicidar, tentaram imolar-se na localidade tibetana de Aba, na província de Sichuan.
A agência oficial Xinhua refere que os dois antigos monges, que não envergavam a caraterística túnica ficaram ligeiramente feridos, tendo sido "salvos de imediato e recebido tratamento médico num hospital".
Dos sete monges tibetanos que tentaram o suicídio, dois morreram.
A morte do primeiro, chamado llamado Phuntsog, desencadeou em março confrontos entre os monges de Kirti e as autoridades chinesas que desde então mantêm centenas de outros religiosos em campos de reeducação.
Segundo a organização Free Tibet, sedeada em Londres, "é evidente que há muitos jovens tibetanos corajosos decididos a chamar atenção para uma das crises de direitos humanos de maior duração, sem se importarem com o facto de isso lhes custar a vida".
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