O REFORÇO da cooperação entre Moçambique e o Brasil, particularmente o incremento das relações empresarias, vai estar no centro das conversações que o Chefe do Estado, Armando Guebuza, vai manter hoje em Maputo com a sua homóloga brasileira, Dilma Roussef, que desde ontem se encontra de visita de dois dias ao nosso país.
Dilma Roussef desembarcou no Aeroporto Internacional de Maputo ao princípio da noite, proveniente da África do Sul, onde se encontrava desde a passada segunda-feira, para participar no Fórum que reúne Índia, Brasil e África do Sul, para discutir temas como segurança e desenvolvimento sustentável, além de parcerias comerciais.
Falando a jornalistas à chegada da Presidente do Brasil, o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, disse que existe entre as duas nações uma relação profunda, cordial e a componente política e económica está em alta, sendo por isso que as expectativas de reforço desses laços são grandes.
Tratando-se do primeiro contacto da nova estadista com a realidade moçambicana, segundo Balói, serão passados em revista, duma forma breve, os diferentes projectos existentes que estão bem encaminhados. “Alguns, por uma razão ou outra, conheceram alguma lentidão, mas a nossa expectativa é que ganhem agora mais dinamismo”, disse.
Durante a sua estada, a visitante deverá manter ainda contactos de natureza empresarial com as diversas partes interessadas no assunto.
Além de patrocinar a construção de uma fábrica de retrovirais, que deve ser inaugurada em 2012, o Brasil desenvolve com Moçambique programas de cooperação agrícola e uma linha de crédito de perto de 300 milhões de dólares.
A visita ocorre num momento de incremento das relações empresariais que tiveram o ponto mais alto em Julho, quando a mineradora brasileira Vale inaugurou a sua maior operação no exterior – a mina de carvão em Tete, que já é considerada a segunda maior mina de carvão a céu aberto do mundo.
Empresas brasileiras estão igualmente envolvidas na construção de uma central térmica a operar com recurso a carvão, para além do projecto da linha férrea ligando Moatize/Nacala e a transformação da base aérea de Nacala em aeroporto internacional.
Dilma deverá partir ainda hoje para uma visita a Angola, que se inicia amanhã, quinta-feira.
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