quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Lere Anan Timur assume quinta-feira comando das Forças Armadas timorenses




ARA - LUSA

Lisboa, 04 out (Lusa) -- O major-general Lere Anan Timur rende na quinta-feira o major-general Taur Matan Ruak no comando das Falintil-Forças de Defesa de Timor Leste (F-FDTL), numa cerimónia em que será também apresentado o novo Plano de Desenvolvimento das F-FDTL 2011-2017.

Taur Matan Ruak demitiu-se de comandante das Forças Armada a 31 de agosto passado e, na qualidade de "homem livre", como se classificou em entrevista à Lusa, admite a possibilidade de se candidatar às eleições presidenciais de 2012.

O militar tiomorense foi o último comandante das Forças Armadas para a Libertação e Independência de Timor-Leste (FALINTIL), com a restauração da independência, a 20 de maio de 2002, foi promovido a major-general e nomeado chefe das forças armadas regulares timorenses.

Na cerimónia de rendição, presidida pelo Chefe de Estado timorense, Ramos Horta, será entregue oficialmente por Taurt Matan Ruak ao seu sucessor o Plano de Desenvolvimento (PDF), "documento estruturante das F-FDTL" considerado "prioridade nacional para 2011".

Uma nota oficial e enviada hoje à agência Lusa pelo Ministério da Defesa e Segurança, tutelado pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão, refere que o PDF "constitui uma oportunidade para valorizar e modernizar as F-FDTL, tendo sempre presente que a independência de Timor-Leste é simplesmente tributária da vontade coletiva de defesa e dos valores das FALINTIL, que são o legado das F-FDTL".

O Plano de Desenvolvimento, previsto na Lei de Defesa Nacional e alinhado com prioridades nacionais de defesa e objetivos do PED (2011-2030), "tem como principal finalidade constituir o adequado enquadramento para o desenvolvimento sustentado das Força, considerando o novo modelo adotado para as F-FDTL resultante da opção recomendada pelo Estudo Estratégico "Força 2020" e foi promulgado pelo Chefe do Estado-Maior General das F-FDTL e homologado pelo secretário de Estado da Defesa, Júlio Tomás Pinto.

Segundo a nota oficial, o Plano "contribuiu ainda para dar orientações na elaboração dos Planos Sectoriais e para uma adequada gestão estratégica, relacionando o desempenho organizacional com o planeamento por capacidades, a estrutura organizacional, o orçamento e a gestão de projetos". Servirá também para os parceiros de desenvolvimento poderem orientar o seu esforço no apoio ao sector da Defesa e às F-FDTL".

"O alinhamento dos Programas e Projetos de Defesa com os objetivos estratégicos das F-FDTL, nas áreas dos Recursos Humanos, Reequipamento e Infra-estruturas, permitirão a edificação e manutenção das capacidades militares das F-FDTL de forma sustentada, de acordo com o modelo de Planeamento de Forças adotado, mais flexível, e para fazer face à imprevisibilidade das ameaças, sendo orientado em função das missões", adianta.

O Estado timorense pretende, com base naquele plano estratégico, "ser capaz de avaliar o impacto das necessidades de financiamento no Orçamento Geral do Estado".

"O PDF estará sempre associado ao respetivo planeamento orçamental relacionado com as iniciativas estratégicas, sendo determinante para o processo de tomada de decisão e para a atribuição de prioridades de investimento, tendo em conta a avaliação de custo-benefício".

O Governo considera que "a reestruturação e o esforço de modernização das F-FDTL são do interesse nacional, porque Timor-Leste tem de assumir as suas responsabilidades na segurança coletiva, ao lado da Comunidade Internacional e dos seus Parceiros de desenvolvimento, contribuindo para a produção da estabilidade internacional, regional e da paz no mundo".

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